A LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – IV Internacional) foi fundada há 40 anos, embora seja a continuidade de uma corrente que começou a ser construída na Argentina, na década de 1940.
Por Martín Hernández
Ao lutar pela Internacional, os que hoje fazemos parte da LIT, com muitas debilidades e erros, não fazemos mais do que continuar a principal tarefa dos nossos mestres, Marx, Engels, Lênin e Trotsky, que sempre privilegiaram a construção da Internacional, acima dos partidos nacionais, como única forma de construir esses mesmos partidos nacionais.
Mas nem todas as Internacionais foram construídas em condições iguais. Lênin e Trotsky encararam a construção da III Internacional depois da maior vitória do proletariado: a vitória da Revolução Russa. Trotsky, pelo contrário, viu-se obrigado a construir a IV Internacional depois de sua maior derrota, infligida pelo fascismo e pelo estalinismo.
A Quarta Internacional
Antes de ser assassinado, Trotsky previu que a Quarta Internacional agruparia milhões, em alguns poucos anos. Porém, por razões objetivas, isso não ocorreu. O estalinismo, pelo papel que a URSS cumpriu na derrota do nazifascismo, e pela expropriação do capitalismo em vários países, se fortaleceu de tal forma que impediu que o prognóstico de Trotsky se cumprisse.
Entretanto, a luta de classes mostrou que as previsões e o programa dos trotskistas foi se confirmando. Isso é o que explica que, atualmente, em todo o mundo, à diferença do que ocorria na época de Trotsky, dezenas de milhares de pessoas o reivindicam, enquanto que o estalinismo, de crise em crise, sofreu uma derrota histórica com os processos do Leste europeu.
Mas é necessário explicar: por que a IV Internacional, também de crise em crise, chegou à sua completa destruição? Como explicar que hoje, havendo em todo o mundo centenas de partidos, grupos e intelectuais que se reivindicam trotskistas, não exista uma IV Internacional, com 15 ou 20.000 militantes?
Como dizíamos anteriormente, a IV Internacional foi construída em condições muito desfavoráveis, mas é preciso ver as consequências dessas condições no processo concreto da construção da IV Internacional.
As centenas de quadros trotskistas mais experientes, que dirigiram a Revolução Russa, não puderam se integrar à IV porque estavam nos campos de concentração de Stalin, onde foram exterminados.
Como parte do mesmo processo, alguns meses antes da Conferência de fundação da IV, o “braço direito” de Trotsky, seu filho León Sedov, foi assassinado pelo estalinismo.
Da mesma forma, Rudolf Klement, que era o responsável pela organização da Conferência , também foi assassinado pelos estalinistas.
Por estas circunstâncias, a conferência de fundação e a IV Internacional foram realizadas em total clandestinidade, em um só dia e da mesma não pode participar seu principal dirigente, León Trotsky, que foi assassinado, por ordem de Stalin, dois anos depois.
Além disso, durante a Segunda Guerra Mundial, dezenas de dirigentes trotskistas foram mortos pelo nazismo, enquanto que muitos mais foram assassinados também durante a guerra e durante as revoluções espanhola, chinesa e vietnamita pelo estalinismo.
Stalin, com estes assassinatos, particularmente o de Trotsky, decapitou a nova Internacional e, desta forma, esta sofreu uma derrota histórica da qual nunca se recuperou. Sem entender esta tragédia, é impossível entender a crise, quase que permanente, e a destruição da IV Internacional.
Com os assassinatos e a Segunda Guerra Mundial, a IV Internacional ficou bastante desorganizada, mas, com o fim da contenda, começou, com muitas dificuldades, a ser reorganizada. Mas esta tarefa enfrentou uma grave contradição. A nova Internacional tinha uma acumulação programática muito grande, mas não tinha uma direção à altura desse programa e dos novos desafios que a realidade do grande ascenso revolucionário do pós-guerra exigia, já que a reorganização foi encarada, centralmente, por um grupo de dirigentes europeus, entre os quais se destacavam o grego Michel Pablo, o alemão/belga Ernest Mandel e o francês Pierre Frank.
Tratava-se de valentes e talentosos dirigentes, porém muito jovens e sem experiência na luta de classes que se mostraram incapazes de resistir às enormes pressões (cederam a elas) que as direções contrarrevolucionárias exerciam sobre a Internacional, centralmente o estalinismo, que aparecia à frente do ascenso revolucionário nessa etapa.
As pressões da contrarrevolução
Desde seu nascimento, a IV Internacional teve que enfrentar poderosas pressões da contrarrevolução. Já vimos o papel do fascismo e do estalinismo que, com suas políticas de extermínio, se transformaram em um poderoso obstáculo para construir partidos trotskistas. Entretanto, não foram as únicas pressões, nem sequer as mais destrutivas. Houve outras pressões da contrarrevolução, e de seus agentes, de caráter ideológico e político que foram muito mais destrutivas.
Nos primeiros momentos da IV, os crimes de Stalin serviram como pretexto para que a burguesia e a socialdemocracia levassem adiante uma dura campanha contra a URSS. Isso causou muito impacto nas fileiras do trotskismo. Assim, dentro do SWP dos EUA surgiu uma corrente que chegou à conclusão de que não havia motivo para defender a URSS frente aos ataques do capitalismo, porque não era mais um Estado operário, ainda que degenerado, como sustentava Trotsky.
Trotsky se colocou na liderança do combate contra essa corrente, minoritária, do SWP, mas a pressão da burguesia e da socialdemocracia era tão grande que isso não impediu que 40% dos militantes do SWP rompessem com o partido e com a IV.
O combate contra este setor revisionista, que Trotsky iniciou, se manteve dentro da IV até o II Congresso, de 1948, quando os “antidefensistas” foram finalmente derrotados. Entretanto, pouco tempo depois, um novo setor revisionista, o “pablismo”, surgiria dentro da IV Internacional, capitulando às direções contrarrevolucionárias, particularmente ao estalinismo.
O combate contra esse setor revisionista foi muito mais difícil de enfrentar que o anterior. Em primeiro lugar, porque não se tratava de uma minoria, mas da maioria da direção da IV e, em segundo lugar, porque Trotsky já não estava presente para enfrentá-lo. Foi esta situação que levou à ruptura da IV, na década de 50 e à sua destruição na década de 70.
A capitulação às direções contrarrevolucionárias do movimento de massas
A maioria da direção da IV, entre os quais se destacavam Michel Pablo e Ernest Mandel, ao não ver que a nível mundial o que primava era o acordo contrarrevolucionário entre o imperialismo e a burocracia soviética, chegaram à conclusão, equivocada, de que a III Guerra Mundial se aproximava. Era uma caracterização errada, mas isso não era o mais grave. O mais grave eram as conclusões que tiravam: 1) que o estalinismo se veria obrigado a colocar-se à frente dessa guerra contra o imperialismo; 2) que por isso adotaria uma postura revolucionária; 3) que as organizações trotskistas teriam que entrar nos partidos comunistas, para fazer um “entrismo sui generis”.
Chamava-se “entrismo sui generis” porque, à diferença do entrismo proposto em um momento por Trotsky, não era para destruir o estalinismo por dentro, mas para acompanhá-lo em seu suposto “curso revolucionário”.
A essência da política do “pablismo” surgia da consideração de que as direções burocráticas, pequeno burguesas ou inclusive burguesas, que estavam à frente de um processo revolucionário, ou de uma revolução, se tornariam revolucionárias e, por isso, devia-se apoiá-las.
A política de Pablo e Mandel significou uma tragédia para a IV Internacional: “Este ‘entrismo sui generis’ durou praticamente 18 anos e transformou o trotskismo europeu em pequenos grupúsculos cada vez mais débeis”[1] Mas, essa política do pablismo teve consequências ainda mais graves durante a Revolução Boliviana de 1952. Nessa revolução, com a classe operária na liderança, com organismo de duplo poder (a COB e as milícias armadas), e com o trotskismo com influência de massas, o pablismo, ao invés de defender o poder da COB, defendeu o apoio crítico ao nacionalismo burguês, o governo do MNR. “Esta foi uma das traições mais espetaculares do século”[2] Desta forma, a crise de direção da IV, impediu que a classe operária boliviana, dirigida pelo trotskismo, tomasse o poder ou, no mínimo, o disputasse, algo que havia provocado a entrada de milhares de novos militantes na IV.
Esta política de capitulação às direções contrarrevolucionárias se combinou com a introdução, dentro da Internacional, dos métodos do estalinismo. A seção francesa, resolveu não entrar no Partido Comunista e, por isso, o Secretariado da IV interviu na sua direção. Inclusive sua sede foi invadida, bem como o pablismo organizou uma fração secreta, dentro do SWP estadunidense. Toda esta situação levou à ruptura da IV Internacional em 1953.
O papel do SWP americano na crise e destruição da IV Internacional
A maioria das seções da IV romperam com o pablismo e formaram o Comitê Internacional (CI) da IV Internacional. A ruptura com o pablismo e a formação do Comitê Internacional abriu a possibilidade de derrotá-lo e de recuperar a Internacional para o programa trotskista, e assim poder intervir no poderoso ascenso do pós-guerra. Isso era possível porque dentro do Comitê Internacional estavam a maioria do trotskismo francês, inglês, latinoamericano e, fundamentalmente, estava o SWP, que tinha a direção mais testada na luta de classes, que havia construído o maior partido da IV com a importante ajuda de Trotsky, e que tinha James Cannon na liderança, que havia sido membro do Comitê Executivo da III Internacional.
O SWP dos EUA demorou muito para enfrentar o pablismo, mas, quando o fez, demonstrou, naquele momento, ter muita clareza sobre o conteúdo revisionista e liquidatário dessa corrente. Isto se pode ver na carta redigida por Cannon dirigida “Aos trotskistas de todo o mundo” onde, entre outras coisas, assinalava: “Pablo considera ol Estalinismo ― ou uma parte decisiva dele ― capaz de mudar sob a pressão das massas, até aceitar as “ideias” e o “programa” do trotskismo…
Seria necessário vencer o pablismo até o final para salvar a IV Internacional da corrupção interna…
Resumindo: o abismo que separa o revisionismo pablista do trotskismo ortodoxo é tão profundo, que não há compromisso político nem orgânico possível…”[3]
Entretanto, a partir da formação do Comitê Internacional, o comportamento da direção do SWP entrou em contradição com esta declaração muito correta de Cannon, o que indica que a ruptura da direção do SWP com o pablismo era, no mínimo, incompleta.
Em primeiro lugar, o Comitê Internacional não se transformou em uma alternativa ao pablismo, que continuou atuando como IV Internacional, mantendo seu funcionamento orgânico, com seus congressos e publicações, enquanto que o CI, apesar de agrupar a maioria do trotskismo, não se transformou em uma Internacional. Em 10 anos de existência, não realizou nenhum Congresso, dando-lhe assim uma sobrevida e permitindo o crescimento do revisionismo pablista, que agia solitariamente como IV Internacional.
Pior ainda, no início dos anos 1960, apesar de Cannon ter dito que não era possível nenhum “…compromisso político nem orgânico…” com o pablismo, ocorreu um processo de aproximação entre o SWP e o neopablismo (Pablo havia se afastado) de Mandel e Pierre Frank, que culminou na chamada “reunificação de 1963” que originou o Secretariado Unificado da IV Internacional.
A unificação foi feita sem nenhum tipo de balanço, apesar do neopablismo continuar com a mesma política que originou a ruptura de 1953, tal como o “entrismo sui generis” nos partidos comunistas e o apoio às direções pequeno burguesas ou burocráticas que estavam à frente das revoluções, como era o caso do maoísmo e do castrismo.
Para dar esse passo, o SWP dissolveu o CI e rompeu com a maioria de seus integrantes, as seções inglesas, francesas e com o partido argentino, que se negaram a unificar-se com o pablismo sem um prévio balanço da ruptura de 1953.
Essa unificação sem balanço, foi possível porque, na realidade, frente ao debate central, que era a Revolução Cubana, o SWP estava de acordo com o pablismo.
As seções inglesas e francesas opinavam que Cuba não era um Estado operário. Pelo contrário, tanto o SWP como o pablismo não só opinavam que era um Estado operário, mas que apoiavam, incondicionalmente, a direção castrista. Mais ainda, o SWP, com o mesmo critério do pablismo, opinava que a direção pequeno burguesa, castrista, se transformava em revolucionária por ter dirigido a revolução e, para piorar, opinava que era com esses dirigentes que teríamos que tentar construir os partidos e a IV Internacional. Foi isso que o próprio Cannon passou a opinar:
“Felizmente, o problema agora em discussão não é acadêmico. Se concentra neste momento, em Cuba e na Revolução Cubana e nos líderes dessa revolução. Em circunstâncias excepcionais, essas pessoas mudaram Cuba e mudaram a si. Eles realizaram uma verdadeira revolução socialista …”
“Se essas pessoas não são consideradas participantes de direito em uma discussão e possíveis colaboradores em um novo partido e uma nova internacional, onde encontraremos melhores candidatos?”[4].
Na década de 1970, os pablistas, impressionados a partir da Europa com vários focos guerrilheiros, guevaristas, que surgiram na América Latina, chegaram à conclusão de que as seções da IV deviam se integrar a esses grupos ou formar seus próprios.
O SWP não foi tão longe e, questionando essa política, uniu-se ao PST argentino, dirigido por Moreno, para formar a Tendência Leninista-Trotskista (TLT) e depois uma fração (a FLT) contra a política da maioria. Entretanto, o afastamento do SWP das concepções pablistas durou pouco tempo.
O PST argentino, assim como várias seções latinoamericanas e europeias, romperam com a FLT em torno aos debates sobre Angola e sobre a Revolução Portuguesa para formar a Tendência Bolchevique, enquanto que o SWP dissolveu a FLT para unir-se, mais uma vez, sem nenhum balanço intermediário, com o neopablismo de Mandel e, juntos, passaram a apoiar incondicionalmente não apenas a direção cubana, mas também o sandinismo na Nicarágua e a Frente Farabundo Martí de El Salvador, a tal ponto que a nova maioria da IV votou uma resolução proibindo construir partidos trotskistas em Cuba, Nicarágua e El Salvador.
Finalmente, a revolução nicaraguense levou à explosão da IV reunificada em 1963. A Fração Bolchevique (FB) construiu a Brigada Simón Bolívar que participou, junto ao sandinismo, da luta militar contra Somoza. Terminada a guerra, o sandinismo formou um governo burguês, enquanto que a Brigada se dedicou centralmente a construir sindicatos por isso foi perseguida e presa, pelo governo sandinista, enviada ao Panamá, onde seus membros foram torturados pela sua polícia.
A direção da IV Internacional não só se negou a defender os brigadistas da Simón Bolívar, mas enviou uma delegação à Nicarágua para respaldar a repressão de seu governo contra a brigada dirigida pelos trotskistas da FB.
Esta situação levou a Fração Bolchevique a romper com o SU, o que significou, na prática, o fim da IV Internacional.
Nahuel Moreno na IV Internacional
A LIT-QI existe, como corrente internacional, desde 1953, embora tenha nascido como um pequeno grupo, na Argentina, em 1944. A questão é que só se incorporou à IV Internacional em seu Segundo Congresso mundial de 1948.
A partir daquele ano, o grupo argentino iniciou uma relação muito estreita, e por sua vez, muito conflituosa, com o SWP dos EUA, fundamentalmente pela resistência da direção do SWP para levar até o final a luta contra o “pablismo”.
Assim, durante a existência do Comitê Internacional, liderado pelo SWP, Moreno batalhou duramente para que o SWP se colocasse à frente, a partir do CI, da reorganização da IV como única forma de avançar na construção dos partidos e de terminar por derrotar o pablismo.
Mas Moreno não se limitou a criticar seus mestres. Com sua pequena organização levou adiante, a nível regional, o que o SWP americano teria que ter feito a nível mundial. Em 1957 impulsionou a construção do Secretariado Latinoamericano do Trotskismo Ortodoxo (SLATO) agrupando os trotskistas da Argentina, Peru, Bolívia, Chile e Uruguai, o qual desempenhou um papel muito importante no processo revolucionário do Peru liderado por Hugo Blanco.
Por essa mesma questão, a luta contra o pablismo, surgiu um novo conflito com o SWP quando este dissolveu o CI para levar adiante a chamada reunificação de 1963 com o pablismo. Moreno, tal como a seção francesa e inglesa, exigia que, antes de fazer tal unificação, era necessário fazer um balanço da ruptura de 1953, mas sua reivindicação, mais uma vez, não foi ouvida, por isso só entrou no SU em 1964, sem renunciar às suas críticas, para não ficar isolado do movimento trotskista e porque concordava, à diferença dos franceses e ingleses, que sim Cuba era um Estado operário e também defendia e apoiava a direção castrista, o que era evidentemente um erro do qual, a posteriori, Moreno se autocriticou e passou a combater, duramente, a direção castrista e aqueles que, dentro e fora da IV, a defendiam.
O combate de Moreno contra o pablismo, sob diferentes formas, foi permanente e também contra o SWP quando, depois de capitular ao pablismo, se dissolveu dentro dele.
Qual era o conteúdo desse combate? Era o combate contra os “trotskistas” que de fato atuaram, a maior parte do tempo, como uma colateral do estalinismo. Era o combate para retomar o programa trotskista. Era o combate para construir uma verdadeira Internacional. Era o combate para reconstruir a IV Internacional. Por isso, quando a Fração Bolchevique rompeu com o SU, esse combate continuou com outras formas.
Primeiro, buscando reconstruir a IV Internacional junto com o CORCI, a organização internacional dirigida pelo francês Pierre Lambert, projeto que fracassou pelos métodos de Lambert, semelhantes aos de Pablo e pelo seu apoio ao governo de Mitterrand. Depois, esse combate continuou impulsionando a construção da LIT-QI, com o mesmo objetivo de sempre: reconstruir a IV Internacional.
Sabemos que é uma tarefa difícil porque, no contexto do movimento trotskista, não temos conseguido derrotar o pablismo ou, para sermos mais precisos, não temos conseguido derrotar a nefasta influência do estalinismo no interior da vanguarda operária e popular. Essa é a razão de fundo do porquê a IV Internacional não existe, e seu embrião é tão débil.
Sabemos que a reconstrução da IV é uma tarefa muito difícil, mas nós explorados e oprimidos não temos outra alternativa porque, sem construir a Internacional não será possível construir partidos revolucionários e, sem partidos revolucionários, não será possível que a classe operária tome o poder em escala dos países e, sem isso, a revolução mundial será impossível e o socialismo também.
Tradução: Lilian Enck
[1] Nahuel Moreno, no prólogo de “O Partido e a Revolução”. Editora Antídoto, pág. 14.
[2] Idem, pág. 15.
[3] Carta aberta do Comitê Nacional do SWP redigida por Cannon de 16 de novembro de 1953.
[4] J. Cannon, “Novas forças revolucionárias estão surgindo” Carta ao Comitê Político do SWP.