sáb abr 20, 2024
sábado, abril 20, 2024

Não há um novo normal. Chega de naturalizar a morte!

Em um artigo recente, denunciamos a campanha de diversos governos de países imperialistas e outros países de que a pandemia do coronavírus estaria chegando ao seu fim e alertamos que isso era uma mentira. Lamentavelmente, tanto a realidade como as avaliações dos especialistas mais sérios confirmaram este prognóstico.

Por: Alejandro Iturbe

No artigo ao qual nos referimos, apontamos que a grande desigualdade dos níveis e ritmos de vacinação entre os países imperialistas e o resto do mundo (uma evidente expressão da desigualdade na hierarquia econômico social dos países) determinava uma forte persistência da pandemia em grande parte do mundo (por exemplo, em países muito populosos como a Índia e o Brasil). Nesse marco, pelo seu processo natural de mutação genética, surgiram novas cepas do vírus (como a variante delta) que mostravam um processo mais acelerado de contágio e disseminação que o vírus original e, além disso, cuja ação patológica sobre o organismo humano era mais forte e mais resistente aos tratamentos já experimentados. Ao mesmo tempo, alertamos que “na dinâmica atual de transporte de mercadorias e de viagens de pessoas pelo mundo, é inevitável que estas novas cepas voltem como bumerangue e entrem nos próprios países imperialistas”[1].

Esta análise coincide com a realizada por Larry Brilliant, um epidemiologista que integrou as equipes da OMS que erradicaram a varíola, e combateram a gripe e a pólio. Em declarações recentes, considerou a escassa porcentagem de pessoas vacinadas contra a Covid-19: “Só 15% das pessoas no mundo foram imunizadas e alguns países nem sequer vacinaram cinco por cento de seus habitantes. Não há vacinas disponíveis em todos os países. Acredito que estamos mais próximos do começo que do fim da pandemia”. Acrescentou que “a variante delta é talvez o vírus mais contagioso jamais registrado” e, ao mesmo tempo, expressou que, embora esta cepa desapareça, ou seja controlada, haverá “o surgimento de novas linhagens”[2].

Sobre esta questão das novas linhagens ou cepas de coronavírus, cabe acrescentar que já foi identificada uma nova “variante lambda”, inicialmente no Peru, mas que também começa a se expandir nos EUA onde, a partir de um caso inicial no Texas, em um mês, ocorreram mais de 1.000, segundo dados da organização independente especializada GISAID[3].

Uma tendência à mudança de perfil da pandemia

Tal como antecipamos, a persistência da pandemia “voltou como um bumerangue” sobre os próprios países imperialistas cujos governos consideravam que já “tinham ganhado a batalha”. Sobre este marco de fundo, existe uma questão muito importante a considerar: há uma tendência à mudança de perfil etário dos novos pacientes contagiados.

Em um artigo recente referente aos EUA, o jornal New York Times informa: “Muitos dos pacientes com COVID-19 que agora chegam ao hospital não apenas não estão vacinados, como têm muito menos de 50 anos, uma evidente diferença em relação aos pacientes frágeis e mais idosos contagiados quando a pandemia surgiu pela primeira vez no ano passado. Os médicos dizem que os pacientes não vacinados entre 20 e 30 anos adoecem mais gravemente e com maior rapidez”. Segundo alguns especialistas, isto não só se deve à maior periculosidade das novas cepas, mas também “a que a mudança na demografia dos pacientes, é resultado das taxas de vacinação mais baixas neste grupo”[4].

Esta tendência à queda da idade dos novos pacientes é ainda mais profunda e já afeta as crianças:

  “Os Estados Unidos enfrentam nestas semanas um crescimento de casos registrados, falecimentos e hospitalizações que, sobretudo, ocorrem em jovens e crianças menores de 12 anos. As autoridades sanitárias atribuem estas circunstâncias ao impacto da variante delta da covid-19 na população não vacinada, segundo informou Frank Collins, diretor dos Institutos Nacionais da Saúde (NIH, em inglês), durante uma entrevista ao programa «This Week» da rede ABC News[5].  

A curva volta a subir

Neste marco, é lógico que os resultados favoráveis que alguns países alcançaram na diminuição do número de contágios e de mortes agora começam a se reverter.

Já vimos o caso dos EUA e a mudança de perfil etário da nova onda de contágios: “O aumento da presença da variante delta do vírus, altamente transmissível, fez com que o total de novos casos diários chegasse a 118.000, seu nível mais alto desde fevereiro, as mortes aumentaram 89% nas últimas duas semanas, e os hospitais infantis em estados como a Flórida se viram ‘sobrecarregados’ à medida que os jovens são cada vez mais afetados, reconheceu a AFP […] os profissionais da saúde dizem que esta onda é talvez mais preocupante visto que os casos se multiplicam com maior rapidez que nas anteriores”[6]

A escassa porcentagem de vacinação a nível mundial pela ganância dos laboratórios, o que levou a um verdadeiro apartheid das vacinas, provoca, além da morte de milhões, o surgimento de novas cepas que não permitem ver o final da pandemia em curto prazo.

Em diversos artigos, denunciamos esta situação e apontamos que outro dos fatores da persistência da pandemia tem sido a sinistra política do “novo normal” promovida pelo imperialismo e pelas burguesias nacionais.

A saúde mental das massas trabalhadoras foi muito afetada, a ruptura dos laços sociais e familiares de contenção, assim como a fome, o desemprego e os lutos permanentes são o caldo de cultivo onde os governos pretendem continuar instalando a naturalização da pandemia, para poder promover uma reabertura crescente de todas as atividades econômicas e poder retomar seus níveis normais de exploração e lucro. Foi a serviço dessa política que anunciaram “o fim da pandemia” em vários países. Para a burguesia pouco importava o risco que isso implicava para a saúde dos trabalhadores.

Vejamos o caso de Israel: “Shimshon Erdman, membro executivo da Associação Médica de Israel, declarou ao jornal La Nación que tomaram medidas precipitadas. Os números da pandemia em Israel, país modelo quanto ao seu plano de vacinação, são agora alarmantes. Em questão de semanas passou de algumas dezenas de contágios diários para mais de 6.500 casos por dia, basicamente impulsionados pela variante delta. Os especialistas israelenses não consideram que o problema seja alguma falha do plano de vacinação, com 63% da população totalmente imunizada. ‘Aqui estamos pagando pelas consequências da suspensão das restrições em meados de abril passado, quando deixou de ser obrigatório o uso de máscaras ao ar livre, e não se previu a iminência da chegada da delta, muitíssimo mais contagiosa’, disse Erdman em diálogo telefônico com La Nación”[7].

Isto também ocorre em Cuba, um país que no ano passado, tinha alcançado um excelente resultado na primeira onda baseado em um combate muito agressivo a partir de seu sistema de saúde pública, inclusive antes de desenvolver sua própria vacina [8]. Agora a situação é completamente diferente: “Cuba registrou um ‘aumento dramático’ do número de pessoas infectadas pela Covid-19, com uma média diária de 6.199 casos esta semana, anunciou a Organização Pan-americana da Saúde. De acordo com esta organização, a variante delta do coronavírus já está presente em grande parte das regiões da ilha caribenha naquela que é considerada a pior onda da pandemia no país. Os números representam um aumento de 21% comparando com a semana anterior”[9]. Este aumento de casos provocou caos nos hospitais (e falta de insumos para o atendimento), com muitas pessoas que não conseguem ser atendidas, alguns com vítimas fatais  [10]. Inclusive está circulando pelas redes sociais um vídeo feito por médicos cubanos exigindo a provisão de insumos para poderem fazer seu trabalho[11].

Dissemos que Cuba teve bastante êxito em conter a primeira onda da pandemia. Evidentemente, a origem da nova onda foi a reabertura do turismo internacional promovida pelo regime castrista. Mesmo com a importante diminuição desta atividade que a pandemia provocou, em 2020 um milhão de turistas estrangeiros visitaram a ilha, uma fonte de contágio em massa. Uma vez desenvolvida sua própria vacina, o regime castrista chegou a promover o “turismo de vacinação” para visitantes estrangeiros [12]. Embora não seja o objetivo deste artigo, acreditamos que o exposto é uma demonstração do caráter capitalista do atual governo cubano.

Uma nova mentira: a “mitigação”

Diante desta dura realidade que, por diferentes vias o capitalismo gerou, o imperialismo e as burguesias nacionais começam a mudar seu discurso. Já não falam de “fim da pandemia” e da perspectiva do controle definitivo da Covid-19, mas procuram agora afirmar em seu discurso que o objetivo é “mitigá-la”.

Ou seja, como os burgueses e donos de laboratórios não estão dispostos a reduzir seus lucros em prol da vida humana, querem estabelecer um limite de mortes “aceitáveis” para continuar com a produção e continuar enchendo seus bolsos.

Desfazendo-se de toda responsabilidade, falam de novas ondas inevitáveis e de que é possível alcançar “níveis toleráveis” para os trabalhadores e as massas que “normalizem” a coexistência com esta doença na vida cotidiana, tal como acontece com a gripe tradicional. E buscam argumentos “científicos” para essa política.

Por exemplo, Nancy Jecker, professora de bioética na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington expressou: “Eventualmente, o mundo se dividirá em dois tipos de países: aqueles que continuam perseguindo uma estratégia de ‘zero Covid’ e os outros que mudaram para a mitigação. Em última instância, é possível que não tenhamos mais remédio a não ser aceitá-lo: em uma fase posterior à pandemia, as mortes serão reduzidas, mas o vírus pode reaparecer anualmente como o resfriado»[13].

Em um artigo de opinião publicado no jornal New York Times (“Há um futuro sem Covid?”), o autor, residente na cidade de San Francisco, expressa: “Quero saber se há um desenlace à vista. Em San Francisco, onde vivo, 70% dos residentes estão completamente vacinados. Este é o tipo de número que, alguma vez nos disseram, nos levaria à imunidade de rebanho. Agora a esperança da imunidade comunitária parece ter desaparecido e inclusive em San Francisco estamos usando máscaras de forma generalizada em interiores”[14]. Depois de se referir a contágios, hospitalizações e mortes provocados pela gripe tradicional (influenza), sua conclusão é que “Se a vacinação faz com que o coronavírus se converta em uma ameaça da gravidade da influenza, isso não significa que sejamos imunes à doença ou inclusive à morte. Significa que nos deixa em um risco que aceitamos rotineiramente”.

Entretanto, um funcionário argentino foi o mais nítido sobre os reais objetivos da falsa mitigação. O ministro da Saúde da Cidade de Buenos Aires, Fernán Quirós, expressou que o que “se está procurando não é evitar a terceira onda da Covid-19 (algo que acontecerá, como aconteceu em outros países), mas que estamos tentando fazer com que essa onda seja menor e aconteça o mais tarde possível para nos deixar vacinar a maioria das pessoas e que os casos sejam leves”. Nesse contexto, considerou “razoável ir recuperando as atividades da vida diária»[15]. Ou seja, todo mundo trabalhar e produzir normalmente embora sabendo que os casos aumentarão e que em 2021 já superam os de 2020.

Algumas considerações

É de vital importância, para enfrentar a falsa campanha de “normalização”, enumerar a gravidade que significa esta pandemia, e portanto queremos fazer algumas referências a respeito.

A primeira é algo a que já nos referimos: as sequelas que deixa a covid-19 no organismo humano uma vez superado o período de crescimento da carga viral e o da potencialidade de contágio em outras pessoas.

À medida que cresce o número de pessoas nesta situação, a medicina vai avançando em sua compreensão e na estimativa estatística de seu impacto. Começam a utilizar os conceitos de “pós-Covid” e “Covid longa”, segundo o tempo de duração dessas sequelas. Estima-se que afetam “oito de cada 10 pessoas que tiveram coronavírus”, com diversos sintomas (especialmente pulmonares) que duram entre 140 dias e um ano (ou mais) [16].

A segunda se refere às vacinas para prevenir o contágio (ou atenuar o impacto da doença) e outros medicamentos para combatê-la. Por um lado, estudos de vários laboratórios estão chegando à conclusão de que a eficácia das vacinas (por exemplo, a da Pfizer ou da Astra-Zeneca) “diminui com o passar do tempo”, especialmente contra a variante delta. No caso britânico, inclusive os pesquisadores irão solicitar ao Comitê Conjunto sobre Vacinação e Imunização (JCVI, por sua sigla em inglês), que recomende “a administração de uma terceira dose de reforço” nos próximos meses[17]. Nos EUA, já está planejada a aplicação desta terceira dose, oito meses após o recebimento da segunda[18]. Estes novos estudos colocam em maior vulnerabilidade os países que estão por último na divisão de vacinas, como acontece, por exemplo, na África. A distribuição tão inequitativa das vacinas acarretará taxas de contágios e mortalidade desumanas nessas regiões, diante do monopólio das terceiras doses nos países imperialistas.

Relacionado com os medicamentos contra esta doença, um estudo de testes de laboratório realizado pela Universidade de Chicago, indica que um medicamento usado com outros fins (imatinibe) poderá inibir a replicação da carga viral da Covid-19 em torno de 80 ou 90%, inclusive contra a variante delta (um resultado que poucos medicamentos antivirais alcançam). Com certeza, se trata de uma fase inicial do processo porque, ao se tratar de um medicamento de uso em quimioterapia anticancerígena, não são conhecidos os efeitos colaterais negativos que poderia causar[19]. Mas é um indicativo de que é imprescindível investir na saúde pública e pesquisar sobre as melhores formas de combater esta e futuras pandemias.

Outras consequências   

Para completar esta análise, veremos dois processos que derivam da pandemia. O primeiro ocorreu na França. Neste país, o governo de Emmanuel Macron apresentou ao Parlamento um projeto de lei que determina a obrigatoriedade da vacinação, até 15 de setembro, de todos os enquadrados nela por idade. A partir daí, estabelece o uso do chamado “passe sanitário” (comprovante oficial de ter recebido as duas doses de vacinas) como requisito para poder entrar nos locais de “cultura e entretenimento”, e não se descarta que depois possa ser aplicado em “outros âmbitos” (inclusive no trabalho). Para “não dar ponto sem nó”, o governo incluiu no pacote um ataque às indenizações por demissão e ao seguro desemprego.

Com a desculpa de avançar no combate ao coronavírus, o governo imperialista de Macron (cujo balanço neste campo tem sido muito ruim) ataca os trabalhadores e as massas, e pretende dividi-los entre “vacinados” e “não vacinados”. A resposta foi uma importante onda de mobilizações, ainda mais considerando que o país está em plena temporada de férias. Esta resposta abrangeu numerosas cidades (com epicentro no interior do país embora também tenha se refletido em Paris) e foram contabilizados cerca de 250.000 participantes no total no dia de maior participação. As mobilizações tinham, certamente, a confusão sobre a importância da vacinação para os trabalhadores e o povo, considerando tomar ou não a vacina como uma “decisão individual”. Entretanto, segundo o artigo enviado da França (publicado em nosso site em francês), tanto pela sua composição social e sua localização geográfica como pela raiva crescente do governo Macron, lembravam a dos “coletes amarelos” de janeiro de 2019[20].

Esta ideia de atacar os trabalhadores que não se vacinam com a desculpa do combate à pandemia parece estender-se a outros países. Na Argentina, a UIA (União Industrial Argentina, principal central empresarial deste setor) propôs implementar a medida de não pagar os salários para aqueles trabalhadores “dispensados” pela pandemia e que não queiram se vacinar [21].

Ao segundo processo já nos referimos em diversos artigos e declarações: o impacto da pandemia acentuou ao extremo a crise econômica do sistema capitalista mundial que já vinha desde 2019, e provocou um grande salto nas demissões e reduções salariais, e no aumento da pobreza e da miséria. Embora a economia mundial viva um momento de recuperação parcial há mais de um ano, estas consequências profundas para os trabalhadores e o povo em todo o mundo permanecem.

Um artigo recente, baseado em um informe do Programa Mundial de alimentos da ONU, estima que, em 2021, cerca de “270 milhões de pessoas enfrentem uma escassez de alimentos que poderia custar-lhes a vida, em comparação com os 150 milhões registrados antes da pandemia. A situação é especialmente desoladora na África, onde houve um aumento de novos contágios”[22]

Algumas conclusões

O sistema capitalista mundial e seus governos são os responsáveis por esta pandemia e seu impacto. Em primeiro lugar, porque a superexploração dos recursos naturais para além de seus limites gerou as condições para o surgimento crescente de pandemias por zoonoses, como é o caso da Covid-19.

É assim porque atrasou conscientemente, durante anos, o desenvolvimento de vacinas contra vírus deste tipo porque não davam lucro, apesar das advertências dos especialistas. É assim porque, uma vez iniciada esta pandemia, a enfrentou com sistemas de saúde pública deteriorados por décadas e com uma pesquisa e desenvolvimento farmacológico e tecnológico medicinal dominado pelos lucros das empresas privadas, e daí deriva uma profunda desigualdade mundial de acesso às vacinas e recursos técnicos necessários. É assim também porque inclusive quando tentava combater a pandemia, com medidas restritivas parciais, o fazia com o objetivo principal de recuperar rapidamente os níveis habituais de exploração dos trabalhadores e promoveu a repugnante e criminosa política do “novo normal”.

Queremos ser categóricos, a pandemia longe de estar terminando ou com possibilidade de ser “mitigada” está em seu pior momento. A política de naturalização das mortes e da normalização da doença é um ato criminoso sobre os trabalhadores e pobres do mundo. A desigualdade das campanhas de vacinação mundial e a reabertura crescente das atividades econômicas resultam na persistência da pandemia e no surgimento de novas cepas mais contagiosas e perigosas.

O custo em vidas e sofrimento recai sempre sobre a classe trabalhadora e as massas do mundo. Não podemos aceitar isto! Não podemos aceitar que o desastre que o capitalismo e seus governos produzem, recaia sobre nossas costas!

Por isso, mantém toda sua vigência o chamado para lutar hoje por exigências tais como a vacinação em massa e gratuita para todo o mundo; a quebra dos direitos de patente das vacinas; a defesa dos sistemas de saúde pública e a necessidade de grandes investimentos neles, e a expropriação dos grandes conglomerados de produção de vacinas e tecnologia médica para a elaboração de um plano internacional solidário de combate à pandemia, controlado pelos trabalhadores (especialmente por aqueles especializados).

Ao mesmo tempo, tal como assinalamos nos numerosos artigos e declarações dedicados à pandemia, reafirmamos que a doença de fundo é o capitalismo imperialista e suas consequências em todo o mundo.

Tal como expressamos em nosso último artigo “fica absolutamente evidente que o capitalismo imperialista não pode ser ‘reformado’ ou ‘melhorado’. É necessária uma mudança radical de sociedade e dos critérios de produção e funcionamento que tem hoje. Por isso, as lutas presentes e futuras dos trabalhadores e das massas devem ser um passo no caminho da luta pelo poder e por uma revolução operária e socialista que mude desde a raiz este presente desolador. O que está em jogo já não é apenas tal ou qual conquista, mas a própria sobrevivência da Humanidade”[23]

[1] https://litci.org/pt/a-mentira-do-fim-da-pandemia/

[2] https://www.infobae.com/america/ciencia-america/2021/08/10/un-renombrado-epidemiologo-advirtio-el-mundo-esta-mas-cerca-del-comienzo-que-del-final-de-la-pandemia/

[3] https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/08/07/o-que-a-ciencia-sabe-sobre-a-variante-lambda-da-covid-19 

[4] https://www.nytimes.com/es/2021/08/04/espanol/variante-delta-contagio-jovenes.html

[5] https://www.perfil.com/noticias/internacional/covid-19-estados-unidos-registra-mayor-cifra-de-ninos-internados-durante-pandemia.phtml

[6] Idem

[7] https://www.lanacion.com.ar/el-mundo/disparada-de-casos-israel-paga-las-consecuencias-de-haber-levantado-muy-rapido-las-restricciones-nid11082021/

[8] https://litci.org/es/por-que-cuba-logra-frenar-la-expansion-del-coronavirus/

[9] https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2021-07-21-Cuba-regista-aumento-dramatico-de-casos-covid-19-fb8ee5e7 (original em português, tradução nossa)

[10] https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58087694

[11] https://www.facebook.com/watch/?v=628827528084064&extid=WA-UNK-UNK-UNK-AN_GK0T-GK1C

[12]https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2021/02/04/interna_internacional,1235082/turistas-que-visitarem-cuba-podem-ser-vacinados.shtml

[13] https://www.bbc.com/mundo/noticias-58114853

[14] https://www.nytimes.com/es/2021/08/06/espanol/opinion/variante-delta-vacunas-covid.html

[15] https://www.diariopopular.com.ar/politica/quiros-no-se-podra-evitar-la-tercera-ola-buscamos-que-los-casos-sean-leves-n579015

[16] Ver: https://www.pagina12.com.ar/362315-covid-larga-8-de-cada-10-personas-tiene-secuelas-luego-de-la y https://www.clarin.com/buena-vida/-long-covid-pulmones-duran-tratan-secuelas-respiratorias_0_jcK6XEFNm.html

[17] https://www.pagina12.com.ar/362520-variante-delta-como-decae-la-eficacia-de-las-vacunas-de-pfiz

[18] https://www.latimes.com/espanol/eeuu/articulo/2021-08-18/eeuu-dosis-refuerzo-vacuna-covid-19

[19] https://www.consalud.es/pacientes/especial-coronavirus/estudio-apunta-farmaco-masitinib-eficaz-covid-19_100115_102.html

[20] Ver https://litci.org/fr/quelques-reflexions-a-propos-de-la-mobilisation-contre-le-passe-sanitaire-en-france/

[21] https://www.ambito.com/economia/uia/la-sugiere-no-pagar-sueldo-los-empleados-que-no-quieran-vacunarse-n5247433

[22] https://www.nytimes.com/es/2021/08/09/espanol/pandemia-hambre.html

[23] https://litci.org/pt/a-mentira-do-fim-da-pandemia/

Tradução: Lilian Enck

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