dom maio 26, 2024
domingo, maio 26, 2024

Plano Operário Emergencial já para as Mulheres na Argentina!

Sem autonomia econômica não há vida livre de violência

Segundo a Pesquisa Permanente de Domicílios (EPH), nas áreas urbanas cerca de 13 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. A maioria da população pobre, desempregada ou com empregos precários é feminina e/ou pertence a outros setores oprimidos da classe trabalhadora. Sem trabalho, moradia, saúde, educação, sem autonomia econômica, não pode haver vida livre de violência.

Por: Lucha Mujer – PSTU Argentina

Para resolver este problema, urge aplicar um plano operário de emergência que comece por romper o acordo com o FMI, deixar de pagar a Dívida, renacionalizar e estatizar empresas de serviços e recursos naturais, aumentar fortemente a carga fiscal das grandes empresas, sobretudo as multinacionais , além de outras medidas. Aí está o dinheiro de que precisamos para atender às necessidades dos trabalhadores!

Para isso temos que nos auto-organizar a partir das fábricas, universidades e bairros, para impor à CGT, ambas as CTAs, sindicatos, grêmios estudantis, centros estudantis, lideranças de movimentos sociais, uma luta nacional que o exija. Nesse caminho, iremos ganhando o poder de que precisamos para sobrepor, se necessário, a direção que continua se comportando como até agora e não nos responde.

Precisamos lutar por uma verdadeira Emergência Nacional que combata a violência machista, com orçamento e recursos.

Emergência é implementar medidas como:

Prisão e punição exemplar para os assassinos de mulheres e diversidades. Tratamento psicológico e controle permanente dentro e fora da prisão.

Criação imediata de centros estatais de atendimento à mulher e diversidade, com competência para receber denúncias, garantir atendimento jurídico, médico e psicológico gratuito às vítimas de violência e com atendimento 24 horas.

Construção urgente de casas-abrigo, com profissionais e infraestrutura necessários para abrigar mulheres e diversidades que sofrem violência e seus filhos.

Subsídios, moradia e emprego prioritários para vítimas de violência familiar, base de qualquer projeto de vida independente.

Chega de trabalho precário, equiparação salarial, aplicação efetiva com acompanhamento da cota trabalhista trans, salários e aposentadorias iguais à cesta familiar automaticamente indexados à inflação, orçamentos para o combate à violência, para trabalho, moradia, educação e saúde.

Extensão da licença maternidade, por doença familiar, licença por violência de gênero e dia feminino para todos; creches, jardins de infância gratuitos e de qualidade para os filhos de trabalhadores/as.

Separação do Estado e igreja. Ampliação da ESI, educação sexual não sexista, contracepção gratuita e acesso ao aborto legal sem as restrições impostas pela lei e carências atuais. Fim da prostituição, do tráfico e de toda violência contra as mulheres e diversidades.

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