search
Crise em Honduras

Honduras: um ano da posse de JOH

Supporters of Salvador Nasralla, presidential candidate for the Opposition Alliance Against the Dictatorship, clash with riot police as they wait for official presidential election results in Tegucigalpa, Honduras, November 30, 2017. REUTERS/Edgard Garrido
março 26, 2019

Mais de um ano se passou desde a instalação do segundo ilegítimo governo de Juan Orlando Hernández (JOH), e durante este tempo, a classe trabalhadora hondurenha continua recebendo os duros golpes do regime. Exemplo disso são os miseráveis aumentos salariais designados aos empregados do setor público e privado, e também ao magistério, além do aprofundamento da privatização da empresa Nacional de energia Elétrica (ENEE) e do Instituto Nacional de Formação Profissional (INFOP), e o quase certo desaparecimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Agrícola (BANADESA).

Por: Ovet Cordova

JOH enfrentou neste período, ainda que de maneira dispersa, a resistência da luta estudantil, dos trabalhadores da bananeira, das maquiladoras, dos médicos e enfermeiras, e a paralisação do transporte.

Estas lutas inflamaram o governo e este as reprimiu duramente, como é seu estilo, mas, além disso, provaram, mais uma vez, que sem a colaboração dos partidos da oposição e das direções das centrais operárias e do magistério, o regime não teria tido a capacidade de finalizar seu primeiro ano de administração e de implementar assim, as políticas governamentais que produziram uma das maiores crises humanitárias que o povo já teve que suportar.

Nos referimos à contrarreforma trabalhista, a terrível situação de miséria, fome e desemprego que teve sua expressão mais extrema na Caravana de Migrantes que mobilizou milhares de hondurenhos em seu trânsito para a fronteira com os Estados Unidos.

O certo é que no cenário político, o oficialismo e a oposição burguesa (com o melismo à cabeça), pretendem arrastar o movimento de massas para o campo eleitoral, uma via morta para a classe trabalhadora. Por isso é que não surpreende que, a três anos das eleições, já estejam saindo pré-candidatos presidenciais.

Esta farsa eleitoral terá que enfrentar a resistência dos trabalhadores e demais setores para quem as condições de subsistência já são insuportáveis. Para melhor coordenar estas lutas, nós trabalhadores temos como tarefa fundamental o estabelecimento de uma organização de massas que, desde uma localização  de independência de classe, defenda nas ruas um plano de luta e através da mobilização e da greve geral, instale um governo dos trabalhadores.

Tradução: Lilian Enck

Leia também