qui jul 25, 2024
quinta-feira, julho 25, 2024

Nossos acordos e diferenças com o Hamas

A partir de sua ação militar de 7 de outubro passado contra centros militares israelenses, a organização palestina Hamas é o centro de atenção da mídia internacional, muitas das quais o acusam (como o governo de Benjamin Netanyahu) de realizar um “terrorismo cruel” como justificativa para atacá-lo, assim como à população da Faixa de Gaza que esta organização governa. O que é a organização Hamas? Por que a defendemos destes ataques? Quais são nossos acordos e diferenças com ela?

Por: Alejandro Iturbe  

Hamas significa “fervor” em árabe e surge do acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica. Esta organização foi fundada em 1987 como uma cisão da Irmandade Muçulmana do Egito para se construir no interior do povo palestino. Sua estrutura organizativa estava formada por um braço político, um dedicado à assistência social e, desde 1992, um braço militar: Brigadas de al-Qassam

Pertence ao setor sunita do islamismo e, em sua carta de princípios (aprovada em 1988), reivindica o Corão como sua base ideológica e política e a Jihad como “caminho” (uma palavra que denomina o “esforço” para defender os preceitos do Corão e que, em determinados contextos, se utiliza no sentido de “guerra”).

Nessa mesma “carta” coloca que seu objetivo político é: “O estabelecimento de um Estado islâmico palestino em todo o território do antigo Mandato Britânico da Palestina”[1]. Na medida em que o Estado de Israel se apropriou de mais de 70% desse território (expulsando os palestinos) e mantém o resto sob ocupação militar, este objetivo estratégico implica a destruição do Estado de Israel e o “caminho da Jihad” toma o conteúdo de guerra contra ele.

A fundação do Hamas, e de organizações similares em outros países árabes e muçulmanos (como Hezbolá no Líbano, em 1982), deve ser entendida no contexto em que ocorreu. Em primeiro lugar, o processo da Revolução Iraniana de 1979, que derrubou um regime títere do imperialismo ianque, acabou consolidando o regime islâmico dos ayatolás[2]. Em um contexto em que o imperialismo o atacava e este regime o enfrentava, foi se transformando em uma referência para muitos lutadores árabes e muçulmanos.

Em segundo lugar, em fins de 1987, nos territórios palestinos ocupados acontece a [Primeira] Intifada, a heroica rebelião da juventude palestina que enfrentou com pedras e estilingues os soldados israelenses fortemente armados, e gerou uma profunda crise no moral destes soldados. A fundação do O Hamas foi então uma resposta política ao clima de agitação que se vivia nos territórios ocupados.

Em terceiro lugar, no contexto do processo que levou à Intifada, a Organização para a Libertação da Palestina (de caráter laico, e que até aquele momento era a direção indiscutível do povo palestino) já havia iniciado o caminho de traição que a levaria aos acordos de Oslo e à sua transformação em um agente colonial da ocupação israelense em Gaza e Cisjordânia[3]. Um caminho de traição que já havia sido percorrido por vários regimes e governos árabes “laicos”, como o do Egito que, em 1978, assinou os Acordos de Camp David com Israel e o imperialismo estadunidense, reconhecendo a “legitimidade” deste Estado e acordando a “paz” com ele. [4]

O crescimento da influência do Hamas

Em abril de 1994, o Hamas realiza seu primeiro atentado suicida na cidade israelense de Hedera, seguido por outros. Além da perseguição do exército e das forças repressivas israelenses, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) condena as “operações terroristas” do Hamas e detém aproximadamente 140 supostos membros desta organização.

À medida que a ANP e Al Fatah (a principal organização política da extinta OLP) haviam abandonado a luta pela recuperação do território palestino e agiam como agentes coloniais de Israel, O Hamas aparecia cada vez mais como uma organização que mantinha a luta por essa aspiração do povo palestino. Seu prestígio e influência foram crescendo entre os palestinos, em especial nos habitantes da Faixa de Gaza que viviam nas piores condições de sobrevivência.

Em 2000 ocorre a [Segunda] Intifada, uma nova rebelião da juventude palestina contra a ocupação. Foi a consequência da comprovação de que a criação da ANP não conduzia a um processo de soberania palestina nos territórios (na perspectiva da existência de “dois Estados’) como diziam a ANP e al-Fatah[5]. Só servia para a política de Israel de expulsar os palestinos de seus bairros em Jerusalém e de avançar na apropriação de terras agrárias na Cisjordânia para entregá-las aos colonos judeus de origem russa. Em seu conteúdo profundo, esta rebelião não só enfrentava Israel, mas também a política e o papel da ANP-Fatah.    

Em 2004, o Hamas começou a deixar de lado a palavra “islâmico” na formulação pública de seu objetivo estratégico e o expressava como “O estabelecimento de um Estado palestino em todo o território do antigo Mandato Britânico da Palestina”. Uma política que afrontava nitidamente com a “rendição” de al-Fatah e da ANP.

O Hamas e o governo de Gaza

Por isso, não surpreende que, em 2006, em sua primeira participação nas eleições para o Conselho Legislativo Palestino (organismo da ANP com sede em Ramalá, Cisjordânia), O Hamas obtivesse uma vitória esmagadora: ganha 76 cadeiras e al-Fatah 43 cadeiras, uma nítida maioria para formar o governo da ANP.

Ante essa situação, Mahmoud Abbas, membro de al-Fatah e presidente da ANP, ignora o resultado das eleições e a vitória do Hamas, se autoproclama a única autoridade palestina e mantém o controle das instituições centrais da ANP na Cisjordânia. É apoiado por Israel e pelas potências imperialistas, que o reconhecem.

Ao tentar tomar o controle de Gaza, ocorrem enfrentamentos entre as forças do Hamas e as de Mahmoud Abbas que terminam com a vitória do Hamas, que se instala como governo legítimo desse território. Nesse momento, a LIT-QI caracterizou que a Faixa de Gaza havia se convertido no único território palestino independente de Israel e o governo do Hamas era a expressão política e militar disso.

Esta independência da Faixa de Gaza é inaceitável para o Estado sionista, que precisa acabar com ela. Por isso, quer que sua população se renda, isolando-a, bloqueando sua economia e, permanentemente, com bombardeios que destroem sua infraestrutura sanitária e os suprimentos básicos de água e eletricidade.

Por isso, quando Israel ataca o Hamas não o faz porque seja “terrorista” ou “islâmico” (questões que abordaremos neste mesmo artigo) mas como parte do ataque ao caráter independente da Faixa de Gaza e a busca de rendição de seus habitantes. Porque o Hamas, apesar de suas fortes contradições, com seu enfoque político e suas ações, mantém esse caráter, diferente da ANP-al-Fatah na Cisjordânia.

Por isso, não “condenamos” as ações do Hamas contra Israel e defendemos esta organização dos ataques do estado sionista, do imperialismo e de seus muitos governos cúmplices no mundo. Estamos no mesmo “campo militar” da luta contra Israel e, por isso, fazemos atos conjuntos em diversos países do mundo que expressam esta unidade de ação. Isso é parte da defesa do povo palestino e de sua luta contra Israel, e imprescindível na situação atual.

Nossos debates com o Hamas

Em todos estes anos em numerosos artigos, a LIT-QI expressou que, com a formulação do objetivo estratégico de sua Carta de Princípios, por um lado, temos um acordo: a necessidade de destruir Israel para libertar o território palestino e construir nele um Estado palestino. Por outro, temos uma profunda diferença: enquanto o Hamas propunha construir um “Estado palestino islâmico”, a proposta da LIT-QI foi, desde sua própria fundação, “Por uma Palestina Livre, Laica e Não Racista”, que era o eixo central do programa fundacional da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) em 1964, e que a OLP começava a abandonar para “enterrá-la” definitivamente com os acordos de Oslo em 1993 e com a formação da ANP[6].

Não se trata de uma “discussão sobre religião”: respeitamos as convicções religiosas de centenas de milhões de pessoas que professam a religião muçulmana e orientam suas vidas de acordo com os preceitos do Corão. Certamente, muitos palestinos o fazem. O que dizemos é que, naqueles casos em que foram construídos “Estados islâmicos” (baseados em uma interpretação “fundamentalista” do Corão), estes se transformaram em duríssimas ditaduras, sem nenhuma democracia para os trabalhadores e o povo, com uma opressão extrema às mulheres e uma duríssima repressão à homossexualidade.

É o caso do regime iraniano dos aiatolás, contra o qual explodiram fortes rebeliões [7]. E também o do Talibã no Afeganistão. Vimos que o Hamas foi deixando de lado a formulação de “Estado islâmico” e adotando uma forma mais neutra. Entretanto, se analisarmos o caráter de seu governo na Faixa de Gaza, vemos que, ao mesmo tempo que o mantém como um território independente de Israel, também tem um caráter ditatorial, sem nenhuma democracia para os trabalhadores e o povo de Gaza.

Da mesma forma, esta visão de um futuro Estado palestino laico faz parte da tradição política e cultural do povo palestino. Soraya Misleh, em uma recente transmissão ao vivo da LIT-QI, relatou que seu pai, já falecido (que se reivindicava muçulmano e havia sido expulso de sua terra junto com sua família, em 1948), sempre contava que, durante a época do Mandato Britânico, os palestinos coexistiam em paz e tolerância com as minorias judaicas e cristãs, e com aqueles que não professavam nenhuma religião.

O caráter de classe do Hamas e seu programa 

O debate político com o Hamas é muito mais profundo. O Hamas é uma organização que se propôs a liderar a luta pela libertação do povo palestino contra Israel, ante Israel. Isso fez com que desempenhasse um papel progressivo nessa luta e inclusive que chegasse ao governo da Faixa de Gaza e o mantivesse como o único território palestino não controlado por Israel.

Entretanto, ao mesmo tempo, dada sua origem e seu caráter de classe, sua concepção política e seu programa, as aspirações da direção do Hamas no Estado palestino que quer construir (o que seria uma vitória extraordinária se alcançado) não são as de avançar para a construção do socialismo nem estender a luta revolucionária contra o capitalismo, o imperialismo e seus governos títeres para o conjunto dos países árabes e muçulmanos (menos ainda para o mundo).

Tal como outros movimentos com características, concepções e programas similares que lideraram lutas pela libertação de seus povos, seu máximo objetivo é alcançar uma base territorial onde possa desenvolver-se como burguesia e ser aceita mundialmente como tal.

Foi o que aconteceu com a FLN-Frente de Libertação Nacional- argelina (com uma linguagem muito mais laica e de “esquerda”) que, depois de expulsar os colonos franceses e alcançar a independência do país, “congelou” o processo de luta, mantendo-o isolado, e construiu um Estado burguês e uma economia capitalista. Grande parte da direção e dos altos quadros da FLN conseguiram se converter em uma burguesia nacional argelina, mas o caminho escolhido levou, inevitavelmente, a que a Argélia voltasse a uma situação de submissão ao imperialismo francês.[8]

Algo semelhante está ocorrendo com o governo do Talibã no Afeganistão. Depois de ter liderado a vitoriosa guerra pela libertação do país contra a ocupação do imperialismo estadunidense e seus aliados europeus, este governo “congelou” o processo e promove um desenvolvimento capitalista apelando aos “investimentos estrangeiros”, em especial no setor da mineração, oferecendo-lhes grandes vantagens para isso[9].  

O Hamas abandona seu programa de destruir Israel

Depois de alcançar o domínio e o governo da Faixa de Gaza, este caráter de classe do seu programa e dos seus objetivos colocou o Hamas em uma disjuntiva: colocar essa vitória a serviço de destruir Israel e recuperar todo o território palestino ou entrar no caminho do reconhecimento de Israel e de sua usurpação mediante uma política de negociações na estratégia dos “dois Estados”, que a OLP e Al Fatah[10] já haviam percorrido até o final.

Em 2017, o Hamas modificou sua carta de princípios e neste novo documento programático aceitou a ideia de um “estado palestino dentro das fronteiras de 1967”. Ou seja, aceitou os “dois estados” e a coexistência com Israel que antes rejeitava, embora o posicione como uma “transição para a libertação de toda Palestina”[11].

Como consequência desta profunda mudança, nesse mesmo ano, “O Hamas anuncia que dissolverá o Comitê Administrativo de Gaza, o que permitirá que um governo de unidade palestino trabalhe em seu lugar e avance para as eleições gerais”. Neste marco, “assinou um acordo de unidade com Fatah através do qual o Hamas devolve o controle das passagens fronteiriças de Gaza, com Israel e Egito, ao Governo Autônomo Palestino”[12].

Em outras palavras, em função de ser aceito em uma mesa de negociação com Israel e o imperialismo pelos “dois Estados”, O Hamas abandonava sua proposta programática de destruir Israel e sua disputa pela direção do povo palestino contra a ANP-Fatah, aos quais entregava a condução do processo.

O grande obstáculo que o Hamas enfrentou nesse giro é que Israel e o imperialismo não aceitaram que se sentasse à mesa de negociações, nem sequer com essa mudança. A desculpa é que é uma “organização terrorista”. Em vários artigos, debatemos contra esta falsa acusação[13]. Nossas críticas e debates com o Hamas não são pelas suas ações militares, que consideramos um método válido e inclusive necessário na luta pela libertação do povo palestino contra Israel, mais ainda nas condições de desigualdade de forças existente.

A verdade é que Israel e o imperialismo querem fazer o Hamas (e a população da Faixa de Gaza em seu conjunto) “pagar caro” pela “ousadia” de ter-se mantido como o único território palestino não submetido a Israel. Por isso o cercou, buscou sufocar qualquer possibilidade de atividade econômica, e a bombardeou permanentemente para destruir sua infraestrutura sanitária. Agora, inclusive, quer expulsar a metade da população palestina do território. Sobre o Hamas, especificamente, ao sionismo e ao imperialismo não é suficiente fazê-lo capitular, querem destruir esta organização pela “ousadia” de continuar, mesmo que parcialmente, a luta contra Israel.

Nestas condições, o Hamas deteve o caminho da capitulação que havia iniciado e, para defender-se, teve que continuar e inclusive aprofundar suas ações militares. Ao que Israel responde com uma política ainda mais agressiva e de “limpeza étnica” contra o povo palestino e a Faixa de Gaza.

Algumas considerações finais

Dissemos que não “condenamos” as ações do Hamas e que defendemos esta organização dos ataques de Israel e do imperialismo, como parte do apoio incondicional à luta do povo palestino contra o sionismo opressor. Por isso, fazemos unidade de ação com esta organização sobre esses pontos. Essa é hoje a tarefa principal que a LIT-QI impulsiona em relação à Palestina.

Nesse marco, debatemos e criticamos a concepção estratégica de sua fundação e seus objetivos políticos. Não por sectarismo nem “rigidez dogmática marxista”, mas porque, tal como aconteceu, essa concepção o levaria a entrar em um caminho de capitulação. Inclusive quando esse caminho foi freado e o Hamas voltou a lutar, esses objetivos o levam a ter uma política internacional que não ajuda a avançar na perspectiva estratégica de destruir Israel e recuperar todo o território palestino.

A destruição do Estado de Israel e a recuperação do território palestino para seu povo só podem ser alcançadas através de uma guerra levada até o final. Nesta guerra, se for considerar isoladamente a correlação de forças no território do velho Mandato Palestino, temos plena consciência de que a superioridade militar israelense sobre a resistência palestina é imensa. Vista nesse marco limitado, a possibilidade de uma vitória militar para o povo palestino parece impossível.

Para derrotar militarmente Israel e destruí-lo, é necessário que seja atacado de fora “por todos os lados”. Ou seja, da fronteira dos países árabes limítrofes (Egito, Líbano, Síria e Jordânia) com o apoio do conjunto dos povos árabes e muçulmanos. A resistência militar palestina deve ser uma “faísca” que acenda a luta revolucionária e militar dos povos árabes contra Israel [14]. Para desenvolver esta luta revolucionária regional, é necessário avançar também numa luta contra os regimes e governos que, como os do Egito e da Jordânia, reconheceram Israel e assinaram a “paz”.

A política internacional do Hamas não tem esse objetivo. Sua principal relação e apoio internacional é com o regime iraniano dos aiatolás que joga seu “próprio jogo” para alcançar um lugar à mesa da ordem mundial. Mantém relações estreitas e solidárias com Hezbolá que, depois de derrotar a invasão israelense no Líbano, em 2006, mantém uma situação de tensão militar permanente na fronteira. Mas o eixo central de sua política tem sido ser o principal apoio do regime burguês libanês.

A respeito dos regimes da Jordânia e especialmente do Egito, a política do Hamas tem sido de “coexistência pacífica”. Temos consciência de que, nas duríssimas condições em que o conjunto do povo palestino vive, isto pode ter sido imposto como uma necessidade: na Jordânia vivem 3 milhões de refugiados palestinos, e a fronteira sul da Faixa de Gaza com o Egito, no marco de seu bloqueio por parte de Israel, é a única porta pela qual pode entrar ajuda de suprimentos e alimentos. Nesse momento, seria a única saída possível para o milhão de palestinos que Israel quer expulsar da Faixa de Gaza.

Mas uma coisa é entender esta necessidade e outra “fazer dela uma virtude” e abandonar a estratégia de “incendiar” a região com um processo revolucionário, a única política que pode chegar a derrotar Israel e destruir este Estado.


[1] «O hamas Charter». MidEastWeb. 18 de Agosto de 1988

[2] https://litci.org/pt/2019/02/26/revolucao-iraniana-a-luta-pelo-poder-apos-a-revolucao/ 

[3] https://litci.org/pt/2022/09/17/oslo-a-paz-dos-cemiterios-para-a-continua-nakba/

[4] https://www.dw.com/es/los-acuerdos-de-camp-david-cumplen-40-a%C3%B1os-c%C3%B3mo-israel-y-egipto-firmaron-la-paz/a-45514394

[5] https://litci.org/pt/2023/07/10/palestina-sobre-a-falsa-solucao-dos-dois-estados/

[6] Ver, por exemplo, N. Moreno (1982): Polemica sobre Medio Oriente. (marxists.org)

[7] https://litci.org/pt/2023/01/08/os-protestos-iranianos-continuarao-em-2023/

[8] La Independencia de Argelia – Liga Internacional de los Trabajadores (litci.org)

[9] El Talibán dice que ha firmado contratos mineros por valor de $6.500 millones en Afganistán | AP News

[10] Neste sentido, ver o artigo de 2006: O hamas en la disyuntiva – Liga Internacional de los Trabajadores (litci.org)

[11] «O hamas accepts Palestinian state with 1967 borders». Al-Jazeera. 2 May 2017.

[12] https://cnnespanol.cnn.com/2023/10/11/que-es-o hamas-israel-gaza-movimiento-politico-islamista-trax/

[13] Ver, por exemplo: https://litci.org/pt/2023/10/14/nao-e-terrorismo-e-resistencia-contra-uma-guerra-diaria-promovida-por-israel/

[14] https://litci.org/pt/2022/12/08/a-lit-qi-a-questao-palestina-e-as-revolucoes-arabes/

Tradução: Lílian Enck

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