seg jun 17, 2024
segunda-feira, junho 17, 2024

Putin descarrega vingança terrorista sobre o povo trabalhador da Ucrânia

No dia 7 de outubro foi o aniversário de 70 anos do ditador que vive no Kremlin. Neste dia as imagens da ponte da Crimeia estavam queimando e parcialmente destruída. É o resultado de um “símbolo da anexação expansionista inapelável”, que o regime policial oligárquico russo buscou ao invadir parte do território da Ucrânia. Os dias seguintes foram de  silenciosa preparação de uma vingança, a mais destrutiva e nefasta organizada pelo Kremlin. Não pretendemos neste artigo prever os resultados da vingança assassina do ditador no rumo do conflito. Ainda que o próprio Putin saiba que não terá uma influência decisiva no curso da guerra. Vamos apenas explicar os efeitos do ataque maciço com 83 mísseis de longo alcance em todo o território da Ucrânia, incluindo sua capital, Kiev. O que vale a pena mencionar é algo que foi apareceu em evidência: o moral elevado do povo ucraniano que, dos abrigos antibombas e das profundezas do metrô lotado de milhares de crianças, cantou o hino nacional.

Por: Pavel Polska

 É prematuro falar de um balanço de mortes, feridos e destruição de casas, escolas e infraestruturas civis. O que imediatamente nos chamou a atenção é a falsificação perversa de Putin ao falar de “ataques precisos em alvos militares estratégicos”, tentando justificar sua barbárie. Mas, como sempre, é a população trabalhadora que mais sofreu com esses bombardeios maciços, que deixaram as grandes cidades sem eletricidade ou água.

 E nesse sentido queremos destacar informações recebidas – por meio de um dos sites da internet – da cidade de Kryvyi Rih, que tem 700 mil habitantes, e um dos maiores centros minero metalúrgicos do sul da Ucrânia.,

Também em Kryvyi Rih “devido aos ataques de mísseis às usinas, a cidade ficou sem energia e 854 operárias e operários ficaram presos em 4 minas a um profundidade de mais de mil metros. No quadro de grande tensão e ansiedade, começou a operação de resgate, que utilizou geradores e força viva para trazê-los à superfície. Felizmente, às 2 da manhã, após longas horas de trabalho, todos e todas foram resgatados”.

 E a partir da chefatura militar do distrito foi emitida a seguinte instrução:

“Atenção! Hoje, das 17h às 22h, é fundamental reduzir o consumo de energia elétrica.

– As empresas industriais devem desligar completamente todos os equipamentos que consomem muita energia. Sob a responsabilidade pessoal do proprietário de cada empresa. Recomenda-se enviar as pessoas para casa agora.

– A iluminação pública da cidade será parcialmente desligada.

– Peço aos moradores da cidade que não liguem nenhum eletrodoméstico que consuma muita energia.

– O número de transporte elétrico urbano nas linhas será muito limitado. Portanto, todos são aconselhados a ficar em casa.

– Desligue qualquer publicidade, incluindo placas nas lojas.

Se isso não for feito, toda a cidade será desconectada à força”.

Essas instruções de “emergência” parecem muito sensatas e coerentes. No entanto, diante das evidências de que os ataques continuarão e diante do que aconteceu com os 854 mineiros, a chefatura Militar do distrito não afirma nitidamente – e não é por acaso que omite – que todos os empregos na produção mineira, tanto a subterrânea como a céu aberto, devem ser suspensos até segunda ordem, com a garantia de pagamento dos salários pelas empresas dos dias não trabalhados – estas empresas, quase todas de propriedade de poderosas corporações transnacionais e oligarcas. Exigir isso será uma tarefa imediata dos sindicatos do setor e de toda a Ucrânia. E é aí que os Sindicatos verdadeiramente Independentes vão se diferenciar dos “sindicatos  bananeiros”, como eles lá chamam os sindicatos burocratizados e vendidos.

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