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Paraguai

Paraguai| O caso “Colorado Roga” está a poucos passos de abrir um julgamento oral

novembro 11, 2021

No quadro da criminalização dos protestos ocorridos em março passado no Paraguai, que colocaram o governo de Mario Abdo Benítez na parede, que resultaram no incêndio de parte da sede do partido governamental ANR, os cinco jovens processados Vivían Enrique, Arnaldo, Pedro e Luis enfrentam a audiência preliminar na manhã de segunda-feira que decide se eles serão submetidos a um julgamento oral. Todo o apoio e solidariedade são necessários para libertá-los deste processo arbitrário que visa impor um castigo exemplar a quem sai para lutar.

Por: PT-Paraguai

Os cinco jovens processados ​​pelo caso “Colorado Roga”, Vivian, Enrique, Arnaldo, Pedro e Luis chegam à fase da Audiência Preliminar nesta segunda-feira, 1º de novembro, onde se decidirá se há ou não mérito jurídico a levantar a causa a um julgamento oral e público.

Os jovens ainda estão presos neste processo de criminalização contra o protesto social, com a angústia e a incerteza própria de quem cai sob a pressão da justiça burguesa e suas arbitrariedades.

Arbitrariedade como regra

Os representantes do Ministério Público, como bons capangas do poder político da máfia ANR, não se preocuparam em apurar de forma concreta os fatos atribuídos aos jovens, reduzindo a denúncia a um relato inconsistente e genérico que não resiste à mínima análise, nem os elementos probatórios concretos que sustentam a conduta que lhes amputam muito menos se faz uma análise séria da adequação das condutas qualificadas como puníveis nas disposições legais.

A arbitrariedade é a tônica da escrita acusatória, mas isso não é estranho, todo processo de criminalização é baseado em ações irregulares e motivações políticas que são as que prevalecem para distorcer todos os aspectos jurídicos.

A óbvia interferência do ANR

O presente caso faz parte de um dos diversos processos de criminalização sofridos pela classe trabalhadora do campo e da cidade. Em primeiro lugar, o contexto em que se realizaram os acontecimentos à frente da ANR define o cenário e, ao mesmo tempo, o objetivo político que está na base do processo penal.

Nesse sentido, estamos enfrentando a criminalização do protesto em que a juventude trabalhadora e precária irrompeu com vigor para dizer basta ao governo de Abdo Benítez por todos os atos de corrupção e administração criminal da crise sanitária e socioeconômica que foi vivida em março deste ano. Por meio do processo penal, o aparato estatal atuou para conseguir a disciplina social e controlar para que os protestos não continuassem em andamento e em ascensão.

As declarações do mafioso Horácio Cartes após os acontecimentos de março foram muito nítidas ao dizer que iam pagar pelo que fizeram com parte da sede do seu aparato político e não se cansou de repetir, nos atos que participou, da sanção que “os responsáveis” receberiam de queima.

Todo apoio para jovens

Não apenas reivindicamos os protestos ocorridos em março, mas esperamos que os trabalhadores se reorganizem para tomar forças e saiam e se mobilizem contra este governo corrupto e todas as estruturas da burguesia paraguaia, responsáveis ​​por toda a barbárie que as pessoas vivem e isso é agravado pela crise econômica.

Vivian, Enrique, Arnaldo, Pedro e Luis são filhos da classe trabalhadora deste país e hoje são vítimas da justiça dos ricos e poderosos. Todas as organizações da classe trabalhadora devem acompanhar e se solidarizar até que consigamos o desprocessamento de cada um para que continuem a se unir à tarefa histórica de fortalecer as lutas por um futuro melhor.

Só a mobilização nas ruas vai conseguir o arquivamento do processo de cada um dos jovens. O Partido dos Trabalhadores promete continuar lutando até conseguir a liberação de todos desse processo injusto e arbitrário.

Arquivamento do processo de Vivian, Enrique, Arnaldo, Pedro e Luis!

Protestar não é crime!

Chega de criminalização do protesto!

Viva a organização da juventude estudantil e da juventude trabalhadora para a luta!

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