Bélgica se prepara para a greve geral
Amanhã, dia 15/12, acontecera o que as organizações de esquerda aqui chamam de maior mobilização sindical em 28 anos: a greve geral chamada pelas 3 centrais sindicais da Bélgica. As centrais ligadas à socialdemocracia (vermelhos), democracia cristã (verdes) e aos liberais (amarelos) estão convocando os trabalhadores para uma paralização de 24 horas contra os planos de austeridade do governo de direita que foi formado 4 meses depois das eleições de maio.
O ataque é historico, de acordo com a LCT (Liga Comunista dos Trabalhadores), seção belga da LIT: congelamento salarial por 2 anos, aumento da idade de aposentadoria, redução da contribuição patronal de 33% para 25%, fim dos subsidios aos desempregados, entre outros.
A greve foi precedida de greves regionais e uma manifestação nacional em 6/12 que juntou 150 mil pessoas nas ruas de Bruxelas, superando as expectativas das proprias centrais.
A greve pode ser um ponto de partida para uma resistência mais forte aos planos do governo, pois este afirmou que "não ha alternativa aos sindicatos" a não ser aceitar sua politica de ataque aos trabalhadores.
No entanto, é preciso entender os limites das direções sindicais, cujo objetivo maior e abrir um canal de negociações com o governo e não derrotar sua politica econômica. Trata se agora de exigir que as centrais adotem um plano de lutas e reforcem a organização e a democracia na base das categorias para fortalecer a confiança dos trabalhadores na luta contra os planos de austeridade do governo.
Não ao congelamento salarial! Manutenção do reajuste automatico de acordo com a inflação!
Retorno dos combustiveis ao calculo da cesta basica!
Não à redução da contribuição patronal à previdência social!
Não ao aumento da idade de aposentadoria!
Não ao corte de subsidios aos desempregados!
Semana de 32 horas sem redução salarial!
Retirada imediata do pacote econômico do governo!