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México

Matamoros | “Lutar, lutar, lutar até vencer! Lutar até levar operários ao poder!”

junho 25, 2019

Escrevemos estas linhas quando passaram duas semanas das eleições em Matamoros. As consignas do título foram   gritadas nas marchas e comicios operários durante toda a campanha. Na realidade, são fatos muito recentes para que milhares de lutadores do movimento operário mexicano – sem falar de outros países – tenham tido a possibilidade de conhecê-los em detalhe, para tirar depois todas as conclusões a respeito do grande exemplo que nos deu e continua dando o Movimento 20/32 ao conjunto dos trabalhadores e dos povos oprimidos e explorados.

Por CST-México

Continuaremos ressaltando a enorme importância do salto dado no terreno político, com o valente passo que deram os candidatos operários independentes “Não registrados” nos quatro distritos. Porque desafiaram todos os partidos patronais, seus governantes e seus candidatos, que só são velhos e novos alcoviteiros e capatazes dos donos do dinheiro grande, para continuar a farsa de sua mal chamada “democracia”. Desafiaram suas manipuladas “instituições” que só estão aí para legitimar a exploração de nossa classe operária e o saqueio do país. E assim conseguiram que os cálculos oficiais da cidade lhes reconhecessem o apoio de 15 mil votos.

Assumiram esse desafio como produto de uma intensa e dura experiencia

Uma experiencia amarga desde o início das greves. Experiencias com o presidente municipal de Morena, Mario “Borrega” López, ardente defensor das patronais; com o senador de Morena Ricardo Monreal, que junto aos odiados líderes sindicais locais tentou romper a greve uma madrugada em companhia de policiais e sua manobra foi desbaratada; experiencia com a Secretária do Trabalho, Luisa María Alcalde, que declarou as greves “inexistentes” (significa ilegais) e com a Secretária do Governo, que viajou de emergência secretamente para isolar o movimento para que não se estendesse a outras cidades e estados e se juntou com o governador panista de Tamaulipas, Cabeza de Vaca para dar-lhe “sinal verde” na repressão com polícias estatais ao movimento operário matamorense.

E para muitos começou a “cair-lhes a ficha”, quando o líder sindical maior da CTM, Aceves del Olmo, saiu de uma amável reunião com o presidente López Obrador dizendo que este lhe encarregou de terminar de imediato com as greves em Matamoros. E para “coroar” todas essas experiencias de agressões contra os operários, chegou a Matamoros – no encerramento da campanha eleitoral em fins de maio – a presidenta de Morena Yeidckol Polevsnki, ex presidenta da câmara empresaria, CANACINTRA. Essa senhora de passado obscuro e presente turvo veio apoiar as patronais locais e estrangeiras e culpar os operários por estarem demitidos ou notificados. Porque – segundo ela – defender nossos salários e direitos é “afugentar” as empresas. A chefe nacional de Morena veio fazer coro ao governador Cabeza de Vaca e ao prefeito, “Borrega” López. Também se dedicou a promover o senador Napoleón Gómez Urrutia, o novo líder sindical oficial de Morena, que preside o sindicato mineiro-metalúrgico como herança de seu pai que o encabeçou até sua morte –exemplo grotesco de nepotismo– e amparado pelo governo, já tem sua própria Central sindical, chamada Central Internacional de Trabajadores, em substituição da mal cheirosa CTM. E para esse sujo objetivo, esta senhora Yeidckol se lançou a encabeçar a campanha de calúnias e ameaças contra a coordenadora do Nuevo Sindicato Independiente e da campanha do MOM 20/32, a Licenciada Susana Prieto. Seu desprezo pelos operários se transformou em ódio quando viram que dissemos basta!

Todos os inimigos do povo trabalhador “mostraram os dentes” e estão ardidos ante o avanço arrasador do Movimento 20/32. Com um apoio ganho ao demonstrar que para defender nossos direitos há que lutar e não rachar. Um apoio ganho sem repartir despensas nem falsas promessas. A luta recém começa.

Tradução: Lilian Enk

 

 

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