Cuba: 3 anos depois do 11J
Há 3 anos, no dia 11 de julho de 2021, dezenas de milhares de cubanos foram às ruas se manifestar contra a fome e a miséria impostas pela ditadura de Díaz-Canel.
Por: Redação
Nas ruas, estava o povo pobre muito semelhante aos que estiveram em outras mobilizações semelhantes contra os governos burgueses na América Latina. A repressão foi duríssima. Mais de 1500 presos, inclusive adolescentes. Até hoje seguem presos 681 pessoas.
A ditadura cubana e seus apoiadores estalinistas em todo o mundo querem apagar da memória dos ativistas esses fatos. Nós queremos lembrá-los e tirar conclusões sobre eles.
Os ativistas socialistas de todo o mundo precisam conhecer a realidade cubana. O prestígio da ditadura castrista vem da revolução cubana de 1959, primeira e única revolução socialista vitoriosa da América Latina. Nós da LIT, sempre reivindicamos a revolução cubana, embora também sempre criticamos sua direção burocrática, que logo se ligou ao aparato estalinista mundial. Mas, depois que houve a restauração capitalista na Rússia, China e os outros estados operários burocráticos, isso também aconteceu em Cuba.
A mesma direção que comandou a revolução em 1959, dirigiu a restauração do capitalismo em Cuba. Isso gera uma enorme confusão entre os ativistas do mundo. Mais ainda que o partido dirigente segue se chamando “Partido Comunista”. Mas a antiga burocracia se transformou em uma nova burguesia, associada as multinacionais europeias que hoje semi colonizam Cuba.
Nós sempre fomos contra o bloqueio do imperialismo norte americano sobre Cuba. É preciso lutar contra o imperialismo norte americano e seu bloqueio. Mas é preciso lutar também contra a penetração do imperialismo europeu em Cuba, associado a nova burguesia cubana.
Para discutir essa realidade, trazemos alguns vídeos e artigos. Entre eles, queremos destacar os depoimentos de ativistas da Esquerda Crítica Cubana, como se chama a vanguarda socialista que está em Cuba, sofrendo diretamente a repressão da ditadura burguesa estalinista. Trazemos os depoimentos de Alexander Hall, Alina Hernandez e Raymar Aguado Hernandez.
A simples presença desses ativistas, diretamente de Havana, desmente a farsa estalinista que quer mostrar a todos que se opõem a ditadura cubana como “agentes do imperialismo”. O povo cubano odeia a ditadura, e quer lutar por seus direitos. E existe toda uma vanguarda socialista que quer mostrar essa realidade para os ativistas de todo o mundo.