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Polêmica

Debate sobre a Ucrânia com o PTS/FT

julho 3, 2025

Por: Redação

Estamos com o povo ucraniano contra a invasão russa e a colonização dos EUA

Recentemente, em sua multimídia Izquierda Diario, o Partido Socialista dos Trabalhadores (PTS) da Argentina e sua organização internacional (a Fração Trotskista-FT) dedicaram um programa de televisão e um extenso artigo para analisar a proposta de Donald Trump a Vladimir Putin para estabelecer um “acordo de paz” que acabaria com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Com base nessas análises e caracterizações, enfoca as consequências internacionais dessa proposta e propõe uma  orientação “antimilitarista e anti-guerra[1]“. Neste artigo, discutiremos essas análises e caracterizações e o conteúdo dessa orientação.

O programa de televisão é mais nítido e direto, enquanto o artigo de Juan Chingo é muito mais “complicado” (parece ser voltado para um público europeu). Com certeza, eles concordam com os conceitos centrais e com a conclusão sobre qual orientação o PTS/FT propõe aos ativistas e às massas. Vejamos um resumo de seu raciocínio.

Neste programa, analisa-se uma situação mundial determinada pelo confronto entre dois pólos imperialistas: o liderado pelos Estados Unidos e o formado pela China e pela Rússia.

A partir de uma aplicação mecânica dessa análise, desde a invasão russa da Ucrânia e a resposta do povo deste país que a combatia (a resistência ucraniana), ele sempre considerou que era uma “guerra reacionária”, um mero reflexo da disputa interimperialista.

Com essa visão, a resistência ucraniana foi e é apenas uma ferramenta do imperialismo ianque. Ou, como dizem agora: uma “guerra por procuração” (um termo legal usado quando alguém age em nome de outra pessoa). Com base nessa caracterização, sempre levantaram a política de “Não à guerra na Ucrânia”, que significava “não temos lado nesta guerra” e, mais profundamente, a proposta à resistência ucraniana de depor as armas e parar de defender seu país contra a invasão russa[2]. Depois disso, os ex-combatentes ucranianos deviam se limitar a esperar pela revolução socialista mundial que resolveria todos os problemas. Com certeza, essa corrente lançou essa proposta de seus escritórios. Nunca tentou ir à Ucrânia para levantá-la “no terreno”.

Uma guerra de libertação

A LIT-QI caracterizou em seu último congresso uma situação mundial marcada pelo confronto entre dois pólos imperialistas. No entanto, ao contrário do PTS/FT, considerou a guerra iniciada pela invasão russa e a resistência ucraniana de acordo com os critérios revolucionários propostos por Lenin na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em seu artigo O Socialismo e a Guerra[3].

Nesse artigo, Lenin argumentou que, ao contrário do “moralismo dos pacifistas” que se opõem a todas as guerras em si, os revolucionários devem caracterizar o conteúdo político de cada guerra para estabelecer uma posição, por um lado, pelo outro, ou de nenhum lado. Nesse sentido, ele caracterizou a Primeira Guerra Mundial como um todo como uma guerra interimperialista e propôs a linha do “derrotismo revolucionário” (“a derrota do próprio imperialismo é o mal menor”), e dentro de cada campo imperialista “transformar a guerra em uma guerra de classes revolucionária” (o que conseguiu na Rússia em 1917). Opunha essa política à traição dos principais partidos da Segunda Internacional (o alemão e o francês) que apoiavam seus respectivos imperialismos.

Mas, ao mesmo tempo em que propunha essa política revolucionária para a guerra como um todo, Lenin analisou que, nesse contexto, havia também outro tipo de conflitos: as guerras de resistência nacional. “Há governos e/ou setores burgueses que de uma forma ou de outra, quase sempre desesperadamente, tentam resistir à ofensiva de recolonização e para isso também buscam apoiar-se no movimento de massas. Este confronto entre as massas dos países dependentes e o imperialismo, um confronto no qual participam setores burgueses de vários tipos [e muitas vezes dirigem, acrescentaríamos] é o que está por trás dessa guerra”.

A conclusão de Lenin é que, quando se trata da luta de um país dependente e atacado pelo imperialismo, “temos uma pátria”. Ao caracterizar a guerra russo-ucraniana e formular sua política diante dela, o PTS/FT deixou completamente de lado esses critérios revolucionários propostos por Lenin.

A política da LIT 

A guerra russo-ucraniana começou com a invasão ordenada pelo regime de Putin, que considerava a Ucrânia pertencente à Rússia por “direito histórico” e outras falsificações[4]. A Rússia tem um poder militar muito maior do que a Ucrânia: Putin acreditava que seria fácil para ele chegar a Kiev e dominar a capital. Mas ele se deparou com um obstáculo inesperado: a resistência heróica do povo ucraniano que deteve a ofensiva russa às portas de Kiev e iniciou um contra-ataque que obrigou as tropas russas a recuarem para o leste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia[5].

Era a agressão militar de uma potência muito mais forte contra um país dependente, com o objetivo de anexá-lo. A população do país dependente resistiu heroicamente a essa agressão, embora a direção dessa resistência fosse burguesa (governo de Zelensky). Diante de uma realidade tão óbvia, a LIT-QI aplicou os critérios de Lenin e “tinha uma pátria”: fomos e somos pelo triunfo da resistência ucraniana e pela derrota da invasão russa (a única paz justa neste caso). Fizemos isso promovendo a ação independente dos trabalhadores, sem depositar nenhuma confiança política no governo Zelensky e combatendo suas políticas contra a classe trabalhadora.

Como parte de nosso apoio à Ucrânia, por meio da CSP-Conlutas do Brasil em conjunto com outras organizações sindicais e políticas da Europa, o comboio de trabalhadores em apoio à resistência ucraniana foi organizado para entregar medicamentos e suprimentos (de forma semelhante ao que a Flotilha e a Marcha Global a Gaza tentaram fazer dias atrás com os palestinos).[6] O comboio chegou à Ucrânia e entregou sua carga à resistência ucraniana.

Por se tratar de uma guerra, além dessa atividade, a LIT-QI sintetizou sua política na consigna “Armas para a resistência ucraniana”.[7] Consideramos que a resistência ucraniana tinha todo o direito de pedir armas a quem estivesse disposto a dar-lhes, incluindo os países imperialistas europeus e os EUA. Debatemos duramente com aqueles que se opunham a esse direito com diferentes argumentos[8]. Também com aqueles que consideravam que se o imperialismo ianque e as potências europeias forneciam armas à resistência ucraniana, lhe davam apoio logístico e treinamento militar, a guerra havia mudado de caráter (e se tornado uma expressão do conflito interimperialista, a “guerra por procuração” de que fala o PTS/FT). Sustentamos que, apesar dessa ajuda militar dos países imperialistas, ainda era uma guerra de libertação do povo ucraniano contra o agressor russo. Para fazer isso, nos baseamos nos critérios estabelecidos em um artigo do SWP dos EUA (1942) em face da guerra sino-japonesa, no marco da Segunda Guerra Mundial, em face da ajuda do imperialismo norte-americano ao exército chinês[9]. Lembremo-nos de que esse partido se desenvolveu sob a influência direta de Trotsky.

Graças a essa posição de princípios e sua atividade com o comboio operário, a LIT-QI estabeleceu relações estreitas com alguns dos melhores representantes da resistência dos trabalhadores ucranianos, como Yuri Petrovich Samoilov, presidente do Sindicato Independente dos Mineiros de Krivoy Rog, região de Dnepropetrovsk, Ucrânia[10].

Enquanto isso, o PTS/FT continuou pontificando, de seus escritórios em Buenos Aires, sua política equivocada de “Não à guerra na Ucrânia” (“não temos lado”) que chamava aos operários ucranianos a não lutar. Em meio a uma guerra, essa posição acaba favorecendo o mais forte e agressor: Putin e a Rússia.

A verdadeira política do imperialismo ianque em relação à guerra na Ucrânia

Vimos que o PTS/FT sempre considerou que a guerra russo-ucraniana era, em essência, uma guerra entre os EUA/OTAN e o regime de Putin e que a resistência era apenas uma ferramenta do primeiro. Essa caracterização leva essa organização a não entender qual é a verdadeira política dos EUA em relação a essa guerra.

A realidade é que nunca houve uma guerra entre a OTAN e a Rússia. Desde a ascensão do regime de Putin, a política do imperialismo ianque, das potências europeias e da OTAN foi de “coexistência pacífica” com esse regime e de fazer muito bons negócios com ele, especialmente o imperialismo alemão.

Por exemplo, os países da OTAN “fingiram não ver” quando o regime de Putin anexou uma parte da Ucrânia e ocupou Donetsk e Luhansk em 2014. Desde o início da invasão russa, eles estavam dispostos a fazer um pacto com Putin e dividir o país com ele[11]. No entanto, também foram surpreendidos pela força da heroica resistência ucraniana que interrompeu a ofensiva russa e iniciou uma poderosa contra-ofensiva. Essa situação lhes apresentava um perigo muito maior: que uma derrota categórica de Putin na Ucrânia levaria ao colapso de seu regime e que, combinada com o triunfo de uma resistência operária e popular neste país, abriria uma dinâmica de revolução permanente em toda a Europa Oriental.

Para enfrentar esses perigos, começaram a enviar algum apoio militar e financeiro ao governo de Zelensky, supostamente para “derrotar a invasão russa”. Mas esse endurecimento das palavras foi expresso de maneira muito parcial em ações. Embora os países da OTAN estejam usando a desculpa da guerra na Ucrânia para se rearmar até os dentes, o fornecimento de armas para a resistência ucraniana e seu exército sempre foi muito limitado em quantidade e poder destrutivo. E foi reduzido ao mínimo quando a contraofensiva ucraniana podia derrotar categoricamente o exército russo e expulsá-lo do país. Embora houvesse apoio logístico para o exército ucraniano dos EUA e treinamento de oficiais ucranianos em países europeus, nunca houve soldados da OTAN combatendo na Ucrânia.

Foi uma tática diferente, a serviço de enfraquecer um pouco Putin e trazê-lo “manso” para a negociação para dividir o país. Ao mesmo tempo, precisavam controlar e parar o processo do “povo em armas” que estava se desenvolvendo na Ucrânia (uma grande ameaça ao capitalismo, uma vez terminada a guerra). Junto com o governo de Zelensky, começaram a construir um exército clássico como base sólida de um Estado burguês no período pós-guerra. Por isso, nunca deram armas diretamente às milícias de resistência, mas ao governo Zelensky, que foi o instrumento dessa política.

A política do imperialismo ianque e da OTAN era estender a guerra o máximo possível para desgastar e sangrar o povo ucraniano, avançar na destruição da economia e da infraestrutura do país para que, cansados da guerra, aceitassem um “acordo de paz”. Ou seja, render-se e entregar a região leste do país a Putin. Ao mesmo tempo, procuravam deixá-lo totalmente endividado e comprometido financeiramente para garantir que a “reconstrução” do país fosse o caminho para subjugá-lo completamente ao nível de uma semicolônia do imperialismo ianque e das potências europeias[12].

Antes de assumir o cargo, Trump fez a proposta de fazer um acordo com Putin sobre a guerra russo-ucraniana para “alcançar a paz”. Várias razões o forçam a acelerar os tempos. Trump luta pela hegemonia americana. Mas, ao contrário de Biden, ele reconhece o atual declínio dos Estados Unidos. Por isso a “guerra tarifária”, uma atitude defensiva típica. Também quer reduzir seus gastos militares na guerra na Ucrânia e passar essa tarefa para o imperialismo europeu.

Por outro lado, e como elemento importante, enfrenta uma onda de grandes mobilizações contra seu governo, com epicentro em Los Angeles, mas que se espalhou por todo o país. É o movimento chamado No Kings[13].

Diante dessa situação interna, o governo Trump precisa sair de conflitos externos e coloca o acordo de “paz” com Putin como uma “agenda urgente”. Além das razões que levaram Trump a acelerar os tempos neste ponto, uma questão é óbvia: trata-se de uma “paz” contra o povo ucraniano[14].

Algumas considerações econômicas

Após a restauração do capitalismo na Rússia, China e nos antigos Estados operários da Europa Oriental, começou o plano das potências imperialistas para aproveitar o grande “espaço de negócios” que se abriu. Os EUA se concentraram em investimentos na China e em Taiwan. A Inglaterra obteve sua parte como intermediária na China, por causa de sua antiga influência em Hong Kong e também por investimentos na Índia.

As outras potências europeias, especialmente a Alemanha, concentraram-se nos negócios na Europa Oriental: Croácia, Eslovênia, Polônia e os países bálticos aderiram à UE e vários deles já são semicolônias da Alemanha. Foi o “espaço próprio de negócios” que o imperialismo ianque deixou para a UE e a Alemanha.

Com a Rússia de Putin, a Alemanha estabeleceu relações econômicas muito profundas. Por um lado, tem investimentos pesados em grandes empresas de energia russas, como a Gazprom, e entraria em colapso sem esses investimentos[15]. Ao mesmo tempo, a Alemanha é altamente dependente do fornecimento de gás russo. É isso que explica sua “coexistência pacífica” com Putin: em 2004, o então chanceler alemão Gerhard Schröder afirmou que Putin não era um ditador, mas “um democrata impecável”.[16]

As contradições diante da guerra russo-ucraniana

Nesse contexto, Putin invade a Ucrânia e começa a guerra contra a resistência nacional ucraniana. Putin havia rompido a “coexistência pacífica” com a OTAN e esse bloco político-militar se deparou com o problema de como responder a isso. Foi aí que surgiram contradições no seu interior.

Todos concordaram que a OTAN não interviria diretamente como tal. Mas surgiram diferenças entre os EUA e a Alemanha em outros pontos. Por um lado, sobre o tipo e o volume de armas que entregariam à Ucrânia[17]. A diferença central foi sobre as sanções econômicas à Rússia. Os EUA queriam aplicar sanções mais fortes para desgastar e enfraquecer a Rússia e, assim, forçar Putin a negociar. Entre as sanções propostas estava impedir o acesso da Rússia ao Sistema Internacional de Operações Bancárias Internacionais (SWIFT).[18] A Alemanha se opôs veementemente a isso porque Putin teria respondido bloqueando o fornecimento de gás ao país. A sanção acabou não sendo aplicada. Mas a UE e a Alemanha se adaptaram à política dos EUA de entregar armas à Ucrânia. A Alemanha contribuiu com territórios onde os EUA treinaram soldados ucranianos.[19]

Como vimos, a guerra vem se estendendo até agora e desgastando o povo ucraniano. Ao mesmo tempo, o imperialismo ianque e as potências europeias tinham um objetivo estratégico: colonizar a Ucrânia assim que a guerra terminasse. Todas as supostas “ajudas financeiras” que deram a este país foram, na realidade, “empréstimos hipotecários” a serem pagos no pós-guerra e que tinham como garantia o controle total dos EUA e das potências europeias sobre a “reconstrução” da Ucrânia e a entrega de seus recursos naturais.

Até aqui, o imperialismo ianque e as potências europeias uniram forças para colonizar a Ucrânia juntos após a guerra. O “acordo de paz” proposto por Trump a Putin muda essa situação: por um lado, deixa as potências europeias fora do acordo; por outro, também a deixa fora do negócio de apropriação de recursos naturais, como os minerais estratégicos conhecidos como “terras raras”, que agora seriam exclusivamente para o imperialismo ianque[20].

Esta é a razão subjacente para a “raiva” das potências europeias, especialmente da Alemanha, com a proposta de Trump: ela as deixa completamente fora dos negócios na Ucrânia. A Alemanha considera que, como aconteceu com os outros países do Leste Europeu, a Ucrânia faria parte de seu “espaço natural de negócios”. Mas a proposta de Trump agora não a convida para “a festa”.

O que o PTS diz sobre a proposta de Trump?

O ponto central desse debate é a proposta de Trump a Putin para acabar com a guerra e fazer um acordo com a “paz”. Diante dessa proposta, a posição da LIT-QI tem sido muito nítida: denunciamos como uma paz contra o povo ucraniano, que dividiria a Ucrânia entregando uma parte a Putin e a outra à pilhagem colonial do imperialismo ianque e das potências europeias. Chamamos a classe operária ucraniana a continuar lutando pela independência do país contra esse acordo. Continuamos a apelar aos trabalhadores e aos povos do mundo para que continuem apaoiando a resistência ucraniana[21] e, assim, a garantir o fornecimento das armas necessárias para sustentar esse combate.

Estamos plenamente conscientes de que os sofrimentos e baixas nesta longa e dura guerra de libertação geraram fadiga em muitos trabalhadores ucranianos e que essa desmoralização pode levá-los a aceitar este acordo para acabar com a guerra. Seria equivalente a uma greve combativa que é derrotada porque suas forças estão quase esgotadas. Nesse caso, compreenderemos perfeitamente essa situação e manteremos nosso apoio e solidariedade com os trabalhadores e o povo ucraniano.

O que nunca faríamos é dizer-lhes que este acordo é bom. Propomos que, se recuarem, o façam da forma mais ordenada possível, que recuperem as forças e tirem conclusões sobre a razão dessa derrota. Com base nisso, diríamos a eles que se preparem pacientemente para retomar a luta que lhes permitirá recuperar a parte de seu país que foi roubada por Putin e enfrentar a pilhagem colonial do imperialismo ianque e das potências europeias.

Em posição oposta, um setor da esquerda vindo do stalinismo, que havia apoiado a invasão russa ordenada por Putin, pediu apoio à proposta de Trump porque considera que esse acordo de “paz” é o reconhecimento pelo imperialismo ianque de que foi derrotado na guerra. É o caso do jornalista brasileiro Breno Altman, que equipara esse acordo ao que Richard Nixon foi forçado a assinar em 1975, após a derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Debatemos duramente esta posição, que tem o mérito de ser muito nítida[22].

Assim sendo, qual é a posição do PTS / FT sobre a proposta de Trump? Lemos e relemos várias vezes o artigo de Juan Chingo e voltamos a assistir ao programa de televisão: não conseguimos encontrá-la! A conclusão de sua extensa análise é que os revolucionários devem promover mobilizações com uma “política antimilitarista e anti-guerra”. Ou seja, “pela paz”, sem definir de que “paz” se trata. A mesma política que eles tinham desde o início da guerra com o “não temos lado”.

A conclusão lógica dessa abordagem seria apoiar o “acordo de paz” entre Trump e Putin porque acabaria com a “guerra reacionária” na Ucrânia e alcançaria a “paz”. O PTS/FT está ciente de que não pode dizer isso. Então, olha para o outro lado e tenta esconder o fato de que não tem uma posição concreta diante dessa proposta, em meio a muitas análises e um chamado abstrato à revolução socialista no mundo. Em outras palavras, um “obrigado, não fumo” que capitula a Trump e Putin (agora associados).

Para nós, a única paz verdadeira na Ucrânia deve partir do triunfo da resistência ucraniana e da derrota da invasão russa, e continuar na luta contra a pilhagem do imperialismo ianque e das potências europeias. Para esta luta, como em qualquer guerra, são necessárias armas, não apelos vazios à “paz”.                      


[1] https://www.laizquierdadiario.com/Trump-Ucrania-y-el-rearme-de-Europa

 e https://www.laizquierdadiario.com/La-crisis-historica-de-la-relacion-transatlantica-y-los-desafios-de-los-internacionalistas-proletarios

[2] https://litci.org/es/sobre-la-consigna-no-a-la-guerra-en-ucrania/?utm_source=copylink&utm_medium=browserlink&utm_medium=browser

[3] https://www.marxists.org/espanol/lenin/obras/1910s/1915sogu.htm

[4] https://litci.org/es/las-falsificaciones-de-putin-sobre-la-batalla-de-stalingrado-y-la-guerra-en-ucrania/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[5] https://litci.org/es/la-resistencia-militar-ucraniana-y-el-nuevo-momento-de-la-guerra/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[6] https://litci.org/es/csp-conlutas-va-a-ucrania-con-convoy-obrero-internacional-y-entrega-donaciones/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[7] https://litci.org/es/armas-para-la-resistencia-ucraniana/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[8] https://litci.org/es/debate-con-el-buro-politico-de-la-iv-internacional-y-gilbert-achcar/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[9] Veja WRIGHT, John G., “Por que defendemos a China?”, em: https://www.marxists.org/history/etol/writers/wright/1942/04/china.htm

[10] https://litci.org/es/entrevista-con-yuri-petrovich-samoilov-dirigente-minero-ucraniano/?utm_source=copylink&utm_medium=browser       

[11] https://litci.org/es/el-imperialismo-acepta-repartir-ucrania-con-putin/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[12] https://litci.org/es/la-guerra-de-ucrania-y-el-imperialismo-estadounidense/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[13] https://elpais.com/us/2025-06-14/las-protestas-no-kings-y-el-desfile-militar-de-donald-trump-en-vivo.html

[14] https://litci.org/es/la-paz-de-trump-y-putin-contra-el-pueblo-ucraniano/?utm_source=copylink&utm_medium=

[15] Sobre este tema, recomendamos a leitura do endividamento externo da Rússia: dinâmica, estrutura e riscos nas condições das sanções econômicas dos países ocidentais, por Tatiana Sidorenko em: https://www.redalyc.org/journal/599/59947016001/

[16] https://www.dw.com/es/el-excanciller-schr%C3%B6der-y-putin-cuando-la-amistad-se-convierte-en-descaro/a-61640542 

[17] https://noticias-do-brasil.com/internacional/2022/04/25/alemanha-promete-decisao-rapida-sobre-envio-de-armas-pesadas-para-a-ucrania.html

[18] https://cnnespanol.cnn.com/video/ucrania-rusia-eeuu-sanciones-redaccion-buenos-aires

[19] EUA iniciam 30 militares ucranianos na Alemanha (metropoles.com) e EUA marcam reunião na Alemanha sobre segurança de longo prazo da Ucrânia – Internacional – Estado das Minas

[20] https://litci.org/es/trump-y-zelensky-acuerdan-saqueo-de-los-minerales/?utm_source=copylink&utm_medium=browser

[21] Putin e Trump Tire as mãos da Ucrânia! – Liga Internacional dos TrabalhadoresLiga Internacional dos Trabalhadores

[22] A “paz” de Trump e Putin contra o povo ucraniano – International Workers LeagueInternational Workers League

Tradução: Lílian Enck

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