Argentina | 30 de outubro: dia de protesto com greves e assembleias contra o plano de ajuste de Milei
A situação de fome e miséria crescente afeta cada vez mais o conjunto aa classe trabalhadora e setores populares, as tarifas dos serviços são impagáveis. O mesmo acontece com as tarifas de transporte e os aluguéis em plena recessão econômica com inflação.
Por PSTU – Argentina
Que os ricos paguem aqueles que a provocaram
Os únicos beneficiários desta crise são as grandes corporações, do setor financeiro ou as multinacionais. Eles não apenas redigiram o DNU e a Lei de Bases, mas ordenaram ao seu fantoche Milei que avançasse com a desregulamentação do Estado, aumentasse o aparato repressivo e tentasse avançar com as reformas trabalhistas e previdenciárias. São eles que “pegam com a pá” quando mais de metade do país está abaixo da linha da pobreza. Portanto, o dinheiro está aí e é onde devemos atacar e recuperar tudo o que nos foi roubado. Junto com isso, parar de pagar a dívida externa fraudulenta nacional e provincial.
A resistência do povo cresce e os universitários entraram em cena
Diante do ajuste, da repressão e da fome, os setores começam a acordar.
A grande greve dos trabalhadores da indústria de óleo e azeites por aumento salarial, com piquetes nos portos durante 7 dias, mostrou que Milei pode ser derrotada. Os petroleiros da Patagônia fizeram o mesmo contra o imposto de renda, os marinheiros das frotas congeladoras, os trabalhadores do Hospital Bonaparte contra o seu fechamento.
Os aposentados nos contam que o protocolo [de segurança] Bullrich deve ser derrotado nas ruas e com determinação. A solidariedade é demonstrada em acontecimentos como o ocorrido em Santa Fé com a greve dos petroleiros e dos funcionários do Estado pela liberdade dos presos de Amsafe (professores). É por isso que as lutas dos estudantes e professores universitários de todo o país contam com o apoio de muitos setores.
30 de outubro: organizar a luta e sua defesa
A CGT e a CTA deram tregua e tempo a este governo. No entanto, a raiva começa a crescer. É por isso que é essencial organizá-la e direcioná-la para enfrentar este governo e os seus amos empresariais.
A realização de assembleias de resolução em cada local de trabalho é uma necessidade urgente. Que os dirigentes sindicais (dos delegados [de base] às comissões executivas) convoquem. Se não o fizerem, vamos passar por cima como fazemos nas catracas dos trens!
A solidariedade ativa é possível e estão dando passos nesse sentido. A unidade na ação é fundamental para não ficarmos isolados. A coordenação das lutas em curso com uma lista comum de reivindicações deve ser a tarefa de construir uma greve geral a partir de baixo. É por isso que o dia 30 com greve nacional dos sindicatos dos transportes e dos sindicatos estaduais de ATE deve ser um apelo à realização de todo tipo de ações contra o governo: desde assembleias, atos, piquetes, sabotagens e qualquer iniciativa de luta que retome a tradição do movimento operário, incluindo a formação de comissões de defesa contra a repressão estatal e a criação de salas de atendimento médico paralelas.
Basta de ir ao Congresso! Devemos destruir o plano de ajuste, saque e repressão de Milei
Mais uma vez fica demonstrado que o Congresso só faz leis para os ricos. Enquanto nos enganam com as suas supostas estratégias parlamentares, a fome continua. É por isso que devemos exigir ir à Plaza de Mayo: que a raiva seja expressa lá. Devemos ir em massa e com nossas ferramentas de trabalho, caminhões e ônibus, defender nossos interesses.
É a saúde, a educação, o aumento real dos salários e das aposentadorias ou Milei, enquanto no peronismo, em todas as suas vertentes, alguns dão apoio ao governo, [outros] uma trégua ou querem descomprimir a luta com as eleições de 2025. Por isso, a classe operária terá que pensar em como se livrar deste governo.
O PSTU propõe retomar o caminho das ruas como em dezembro de 2001 e dezembro de 2017.
Lutar por um governo da classe trabalhadora, para nos libertarmos do imperialismo e construirmos uma sociedade socialista, sem explorados ou oprimidos, em unidade com nossos [irmãos] povos latino-americanos.
Solidariedade ativa, unidade na ação e coordenação de lutas!
Por uma greve geral ativa!
PSTU – LIT-CI