sáb set 07, 2024
sábado, setembro 7, 2024

Todos ao ato da CGT: Para garantir a Greve e exigir um Plano de Luta até que Milei seja derrotado

Neste dia 1º de maio, a CGT realizará um ato em frente ao Monumento ao Trabalho de Buenos Aires e em diversas cidades do país. Será o prelúdio de uma nova greve nacional contra o governo, a ser realizada em 9 de maio. É preciso participar ativamente, organizando a presença em cada local de trabalho.

Por: PSTU Argentina

Viemos da imensa mobilização em defesa da Universidade, da qual participaram sindicatos e movimentos, acompanhando estudantes, professores e membros da comunidade universitária.

Estamos perante uma série de ações contra o governo, um plano de luta “de fato”, alheio à vontade das direções, que se recusam a dar-lhe continuidade. O próprio ataque do governo força a resistência em ações que se sucedem.

É essencial que o ativismo operário, juvenil e popular tome a luta em suas próprias mãos (como fizeram os estudantes com a passeata de 23 de Abril) e imponha a sua própria agenda. Que não se suspenda a greve , que seja garantida com todos os métodos da classe operária, e que seja o primeiro passo de um plano de luta nitidamente definido e levado às assembleias em todos os locais de trabalho, de estudo e de organização popular.

Não podemos confiar nos dirigentes da CGT

Enquanto negocia com Milei, passeando pelos corredores de La Rosada, para garantir que a Reforma Trabalhista do governo respeitará os seus privilégios, a burocracia é forçada, por outro lado, a convocar ante as medidas do governo (demissão de funcionários públicos, demissões e suspensões no indústria, recessão desenfreada, etc.). Não podemos descartar que tentarão suspender a greve.

Uma parte do ativismo, com justa indignação com esses dirigentes, não quer participar do ato de 1º de maio e tem dúvidas sobre a greve. Partilhando essa raiva, dizemos que a melhor forma de enfrentar os traidores e preparar uma nova direção para o movimento operário é justamente o oposto. Devemos disputar as bases operárias (grande parte da qual pensa o mesmo), participar do ato para impor a realização da greve, garantir que seja massiva, total e exigir um plano de luta até que o governo e seu projeto foi derrotado.

Ainda há companheiros que votaram em Milei e ainda têm alguma esperança. Há divisão nas fábricas. Os dirigentes da CGT acreditam que porque chamam à greve, a greve ocorrerá. Não é assim. Os patrões estão nutridos. A recessão causa medo quanto ao futuro em muitos locais de trabalho. Para que a greve seja um sucesso, um verdadeiro novo golpe para o governo e os empresários, é necessário que os ativistas e companheiros e companheiras mais lutadores/as assumam o comando.

Temos que realizar assembleias, fortalecer a unidade, convencer os indecisos. Fazer comissões que visitem outras fábricas, se solidarizem com as lutas e “aqueçam o clima” para a greve. No próprio dia da greve, temos que estar nas ruas desde a madrugada, impedidnfo que qualquer carneiro vá trabalhar, enfrentando as manobras e pressões dos patrões e supervisores. Que um ônibus, um trem,  nem nada se mova, utilizando todos os recursos, desde mover máquinas, ônibus e caminhões para bloquear o trânsito e a entrada nos Parques Industriais, no Porto e nos entroncamentos rodoviários, bem como a presença física para “dissuadir” aqueles que procuram impedir a greve. Temos que voltar à tradição operária de que as greves são construídas a partir de cada fábrica, com piquetes e ações.

Em cada assembleia e sindicato, temos de nos preparar para uma “greve dura” e impor um plano de luta até derrotarmos o governo e as suas leis antitrabalhadores e antidemocráticas. Para isso, tendo em vista o “protocolo antipiquetes”, é necessário que sejam resolvidas medidas concretas para nos defendermos das forças repressivas. Não podemos permitir que eles nos coloquem medo! Nós, trabalhadores, temos força!

Por um plano operário contra o plano de Milei

Enquanto fazemos isso, temos que discutir as medidas de que necessitamos. Não se trata de derrotar Milei para que em 4 anos um novo desastre como Alberto ou Massa, amigos do FMI e de outros setores patronais, volte a vencer. O projeto político que a direção da CGT nos oferece, de acordos com os patrões “peronistas”, já fracassou. Por conta disso, Milei ganhou.

Precisamos de um novo projeto dos trabalhadores. Romper com o Fundo Monetário, deixar de pagar as dívidas, colocar todos os recursos naturais a cargo do Estado e sob o controle dos trabalhadores e das comunidades, expropriar recursos alimentares, medicamentos, saúde, para que a população tenha as suas necessidades satisfeitas: alimentos baratos e de qualidade , saúde, educação e habitação digna. Ou seja, alcançar a Segunda e Definitiva Independência, com uma nova Revolução que imponha um governo dos trabalhadores e do povo pobre, que inicie o caminho para o Socialismo.

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