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Guiné-Bissau

A UNTG-CS é da classe trabalhadora, não dos golpistas!

maio 15, 2023

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné que é a maior central sindical do país, foi criada em 18 de maio de 1961, como uma ferramenta congregadora dos trabalhadores e de luta, enquanto sujeito social da revolução, na qual desempenhou um papel crucial na luta pela independência contra o estado fascista de Portugal. Depois da luta de libertação essa central sindical foi sequestrada por partido único, inibindo a sua verdadeira expressão de sindicalismo de classe, passou a ser uma organização que respondia á vontade das elites do partido, em detrimento aos interesses da classe trabalhadora. Entretanto, em 11 de dezembro de 2017 o jurista António Júlio Mendonça foi eleito um novo secretário geral da UNTG-CS, num universo de 241 votantes, conseguiu obter 71 votos contra seu adversário Laureano Pereira da Costa com 67 votos.

Por: UPRG-Cassacá-64

O novo secretário Geral, no seu projeto para liderança da UNTG-CS, tinha sob lema, mudança do paradigma sindical, que é, na verdade, resgatar a instituição dos trabalhadores das mãos dos partidos para servir de defesa dos ensejos da classe trabalhadora e consequentemente do povo. Esse projeto de fato, depois da sua tomada de posse, começou logo, de imediato a revolucionar a forma de pensar e fazer sindicalismo na guiné, mostrando aos trabalhadores que é necessário e indispensável, combinar as greves com reivindicações nas ruas. Sendo assim, o regime na altura liderado por PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde,), sentia essa pressão e tentaram em 2019, retirar os trabalhadores da sede com falsa questão de reabilitação, porque se falava de aumento salarial, havia greves em todos sectores sociais e o momento era muito sensível devido as eleições gerais. Esta luta da UNTG-CS, não só deu carater de sindicalismo de classe, mas também conseguiu melhorar a condição da classe trabalhadora que era tão miserável, salários atrasados, salário minino em 2018 era de 31.000 francos CFA que não fazia face as despesas correntes de um trabalhador, (que paga aluguel da casa, com inflações no mercado, saúde privada, paga educação para os filhos e sem transportes públicos) conseguiram com a luta um aumento de 50.000 francos CFA.

 Por que regime ditatorial na guiné quer silenciar a classe trabalhadora através de um golpe sindical?

Essa vã tentativa de silenciar a verdadeira voz da classe trabalhadora Bissau Guineense, não se começou com um litígio no tribunal, movido por Laureano Pereira da Costa que resultou no boicote ilegal do 5 congresso que era agendado para os dias 9 a 12 de maio de 2022, por parte da P.O.P(polícia da ordem pública sem mandado judicial) mas é só continuidade das táticas e estratégias do regime bonapartista encabeçado por presidente Umaro Sissokó Embaló, que num passado recente através do antigo ministro das finanças Aladje M. Fadia, deste mesmo regime apresentou uma queixa-crime, no dia 7 de maio de 2021, contra o então secretário-geral da UNTG-CS (Júlio António Mendonça) com único objetivo que era de travar as lutas que a UNTG-CS, estava intransigentemente a fazer e sobretudo os funcionários das contribuições e impostos que foram encarcerados a mando de Fadia que não se conseguia dar respostas as exigências de pagamento de 9 meses de salários em atraso.

Este caso não surtiu o efeito desejado pelos golpistas, voltaram a instrumentalizar a justiça por parte do ministério público no seu mais alto nível de representação que foi o antigo Procurador Geral da república, Fenando Gomes, com a mesma intenção de ofuscar a luta dos sindicatos de saúde que estavam numa greve com 100% da aderência dos seus associados, porque o governo bonapartista não se sentou à mesa para negociar serviço mínimo que culminou na detenção de dois lideres sindicais, Yoió João Correia e João Domingos da Silva acusados de crime de omissão de auxílio. Essa detenção dos dois líderes sindicais afiliados na UNTG-CS, teve resposta nas ruas exigindo libertação dos dois sindicalistas, mesma com brutalidade policial e ataque à sede da UNTG-CS, com lançamento de gás lacrimogénio, bloqueio das portas, desligamento da corrente elétrica e águas, foi uma autêntica tentativa de assassinato dos trabalhadores.

E como se não bastasse, o regime decidiu por assaltar no dia 5 de maio do ano corrente, de uma forma covarde e vergonhosa a sede da UNTG-CS, com policias armados das unhas aos dentes dando apoio e proteção a uma direção falsa que foi derrotada no processo judicial, e no 5º congresso que a direção liderada por Mendonça foi reeleita.           

Para implementação dum regime ditatorial, em qualquer que seja a parte do mundo, é imprescindível acabar com a organização dos trabalhadores- Toda a história dos regimes ditatórias no mundo, já nos provaram esses modus operandi ditatórias. Entretanto, como a Guiné faz parte do mundo, não será um caso diferente deste pensamento ditatorial, mas, a forma de o fazer pode ser diferente. Isto é, não acabar de forma propriamente dita com a organização, mas sim, colocar de uma forma violenta através do uso de força uma direção que será robô programado a colaborar com todas as atrocidades do regime instalado no país. É isso exatamente que está a acontecer na UNTG-CS, mas esse regime não está só a atacar a classe trabalhadora, mas sim qualquer um que ousa levantar a voz contra essas violações cíclicas das liberdades democráticas, que o próprio regime apelida de casos isolados, raptos, espancamentos, tentativas de assassinatos aos opositores políticos, jornalistas, ataque a tiros nas casas dos comentadores políticos e também estação emissora e até cidadãos comuns.   

Por que é necessário unidade e luta e uma solidariedade internacional?

Chamamos a unidade em torno da luta da UNTG-CS, porque é explicita a forma que as liberdades democráticas têm sido atropeladas pelo regime ditatorial encabeçado por Embaló, mas com uma base nas diferentes formações políticas tais como, MADEM-G15, PRS, APU-PDGB, RGB-BÁ-FATA, as elites militares e com conivência da comunidade internacional e organizações sub-regionais. Essa unidade tem de ser a nível nacional através do povo e a classe trabalhadora para combater nas ruas o regime ditatorial, não nas urnas como outros partidos estão a fazer principalmente o PAIGC. E a nível internacional tem de ser com diferentes povos e classe trabalhadora sobre tudo o povo português que a Guiné teve um papel histórico no combate da ditadura em Portugal, entretanto, o povo guineense precisa desta solidariedade em questionando não só o silêncio do parlamento sobre a ditadura na guiné, mas também o papel que o governo Costa, e o Presidente da República Marcelo Rebelo Sousa têm estado a cumprir na higienização da ditadura na Guiné. Se o povo português não quer o fascismo e a ditadura, saibam que nenhum povo do mundo desejará.

Abaixo ditadura!

Viva liberdades democráticas!

A UNTG-CS é da classe trabalhadora, não dos golpistas!

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné que é a maior central sindical do país, foi criada em 18 de maio de 1961, como uma ferramenta congregadora dos trabalhadores e de luta, enquanto sujeito social da revolução, na qual desempenhou um papel crucial na luta pela independência contra o estado fascista de Portugal. Depois da luta de libertação essa central sindical foi sequestrada por partido único, inibindo a sua verdadeira expressão de sindicalismo de classe, passou a ser uma organização que respondia á vontade das elites do partido, em detrimento aos interesses da classe trabalhadora. Entretanto, em 11 de dezembro de 2017 o jurista António Júlio Mendonça foi eleito um novo secretário geral da UNTG-CS, num universo de 241 votantes, conseguiu obter 71 votos contra seu adversário Laureano Pereira da Costa com 67 votos.

Por: UPRG-Cassacá-64

O novo secretário Geral, no seu projeto para liderança da UNTG-CS, tinha sob lema, mudança do paradigma sindical, que é, na verdade, resgatar a instituição dos trabalhadores das mãos dos partidos para servir de defesa dos ensejos da classe trabalhadora e consequentemente do povo. Esse projeto de fato, depois da sua tomada de posse, começou logo, de imediato a revolucionar a forma de pensar e fazer sindicalismo na guiné, mostrando aos trabalhadores que é necessário e indispensável, combinar as greves com reivindicações nas ruas. Sendo assim, o regime na altura liderado por PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde,), sentia essa pressão e tentaram em 2019, retirar os trabalhadores da sede com falsa questão de reabilitação, porque se falava de aumento salarial, havia greves em todos sectores sociais e o momento era muito sensível devido as eleições gerais. Esta luta da UNTG-CS, não só deu carater de sindicalismo de classe, mas também conseguiu melhorar a condição da classe trabalhadora que era tão miserável, salários atrasados, salário minino em 2018 era de 31.000 francos CFA que não fazia face as despesas correntes de um trabalhador, (que paga aluguel da casa, com inflações no mercado, saúde privada, paga educação para os filhos e sem transportes públicos) conseguiram com a luta um aumento de 50.000 francos CFA.

 Por que regime ditatorial na guiné quer silenciar a classe trabalhadora através de um golpe sindical?

Essa vã tentativa de silenciar a verdadeira voz da classe trabalhadora Bissau Guineense, não se começou com um litígio no tribunal, movido por Laureano Pereira da Costa que resultou no boicote ilegal do 5 congresso que era agendado para os dias 9 a 12 de maio de 2022, por parte da P.O.P(polícia da ordem pública sem mandado judicial) mas é só continuidade das táticas e estratégias do regime bonapartista encabeçado por presidente Umaro Sissokó Embaló, que num passado recente através do antigo ministro das finanças Aladje M. Fadia, deste mesmo regime apresentou uma queixa-crime, no dia 7 de maio de 2021, contra o então secretário-geral da UNTG-CS (Júlio António Mendonça) com único objetivo que era de travar as lutas que a UNTG-CS, estava intransigentemente a fazer e sobretudo os funcionários das contribuições e impostos que foram encarcerados a mando de Fadia que não se conseguia dar respostas as exigências de pagamento de 9 meses de salários em atraso.

Este caso não surtiu o efeito desejado pelos golpistas, voltaram a instrumentalizar a justiça por parte do ministério público no seu mais alto nível de representação que foi o antigo Procurador Geral da república, Fenando Gomes, com a mesma intenção de ofuscar a luta dos sindicatos de saúde que estavam numa greve com 100% da aderência dos seus associados, porque o governo bonapartista não se sentou à mesa para negociar serviço mínimo que culminou na detenção de dois lideres sindicais, Yoió João Correia e João Domingos da Silva acusados de crime de omissão de auxílio. Essa detenção dos dois líderes sindicais afiliados na UNTG-CS, teve resposta nas ruas exigindo libertação dos dois sindicalistas, mesma com brutalidade policial e ataque à sede da UNTG-CS, com lançamento de gás lacrimogénio, bloqueio das portas, desligamento da corrente elétrica e águas, foi uma autêntica tentativa de assassinato dos trabalhadores.

E como se não bastasse, o regime decidiu por assaltar no dia 5 de maio do ano corrente, de uma forma covarde e vergonhosa a sede da UNTG-CS, com policias armados das unhas aos dentes dando apoio e proteção a uma direção falsa que foi derrotada no processo judicial, e no 5º congresso que a direção liderada por Mendonça foi reeleita.           

Para implementação dum regime ditatorial, em qualquer que seja a parte do mundo, é imprescindível acabar com a organização dos trabalhadores- Toda a história dos regimes ditatórias no mundo, já nos provaram esses modus operandi ditatórias. Entretanto, como a Guiné faz parte do mundo, não será um caso diferente deste pensamento ditatorial, mas, a forma de o fazer pode ser diferente. Isto é, não acabar de forma propriamente dita com a organização, mas sim, colocar de uma forma violenta através do uso de força uma direção que será robô programado a colaborar com todas as atrocidades do regime instalado no país. É isso exatamente que está a acontecer na UNTG-CS, mas esse regime não está só a atacar a classe trabalhadora, mas sim qualquer um que ousa levantar a voz contra essas violações cíclicas das liberdades democráticas, que o próprio regime apelida de casos isolados, raptos, espancamentos, tentativas de assassinatos aos opositores políticos, jornalistas, ataque a tiros nas casas dos comentadores políticos e também estação emissora e até cidadãos comuns.   

Por que é necessário unidade e luta e uma solidariedade internacional?

Chamamos a unidade em torno da luta da UNTG-CS, porque é explicita a forma que as liberdades democráticas têm sido atropeladas pelo regime ditatorial encabeçado por Embaló, mas com uma base nas diferentes formações políticas tais como, MADEM-G15, PRS, APU-PDGB, RGB-BÁ-FATA, as elites militares e com conivência da comunidade internacional e organizações sub-regionais. Essa unidade tem de ser a nível nacional através do povo e a classe trabalhadora para combater nas ruas o regime ditatorial, não nas urnas como outros partidos estão a fazer principalmente o PAIGC. E a nível internacional tem de ser com diferentes povos e classe trabalhadora sobre tudo o povo português que a Guiné teve um papel histórico no combate da ditadura em Portugal, entretanto, o povo guineense precisa desta solidariedade em questionando não só o silêncio do parlamento sobre a ditadura na guiné, mas também o papel que o governo Costa, e o Presidente da República Marcelo Rebelo Sousa têm estado a cumprir na higienização da ditadura na Guiné. Se o povo português não quer o fascismo e a ditadura, saibam que nenhum povo do mundo desejará.

Abaixo ditadura!

Viva liberdades democráticas!

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