Na Argélia as eleições não conseguiram desviar o ascenso
Golpistas tentam promover eleições fraudulentas, mas o boicote dos trabalhadores e da população foi recorde o que a população argelina não aceita a fraude.
Por Americo Gomes
No mês de dezembro milhares de pessoas continuaram nas ruas de Argel e de outras cidades da Argélia, pois para eles as eleições do dia 12 foram uma fraude. Por isso passaram todos estes dia denunciando o processo eleitoral.
Mais de 60% do eleitorado não foi às urnas nas eleições presidenciais, chamadas pelo regime militar que se instalou depois da derrubada do ditador Abdelaziz Buteflika. Os dados oficiais é que somente 39,93% foram votar, na mais baixa de todas as eleições presidenciais.
O movimento de protesto, chamado Hirak, que derrubou a ditadura de Buteflika, continua nas ruas por que repudia o regime que assumiu depois dele, e exige o seu fim, e a saída de todos os seus representantes, que estão ai a mais de 20 anos no poder.
O general Ahmed Gaid Salah, chefe do Estado Maior do Exército assegurava que a participação seria “massiva”, mas se decepcionou. Abdelmadjid Tebún, antigo primer ministro de Buteflika, foi anunciado como vencedor das eleições, mas é repudiado pelas massas populares e denunciado por suas ligações com o trafico de drogas e cocaína em particular.
Nos protestos, em manifestações que já duram mais de 10 meses, desde antes de 02 de abril quando derrubaram o antigo ditador, chegam a distribuir farinha em referencia ao novo presidente.
Ha noticia inclusive de que houve uma Greve Geral em Abília, particularmente na cidade de Bejaia, onde não teve votação e não se abriu nenhum colégio eleitoral.
O governo do Estado Espanhol, o dito socialista Sanchez, é um dos poucos que apoia esta vergonhosa eleição e felicitou Tebún, que também recebeu felicitações do ditador Abdel Fattah AL-Sissi do Egito.
CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA DA CLASSE TRABALHADORA
O povo argeliano reivindica a derrubada do regime ditatorial que se, mas mantem mesmo depois da derrubada do ditador Buteflika. Mas, além disso, é muito fundamental construir uma alternativa de poder da classe trabalhadora, com seus organismos, baseados em sua auto-organização, e seus comités por bairros e locais de trabalho, que canalize toda esta poderosa mobilização popular.