dom maio 19, 2024
domingo, maio 19, 2024

Chamado internacional à mobilização frente ao G20 e ao FMI

Pelas soberanias política, ambiental, cultural e econômica de nossos povos e nossos corpos. Como organizações; processos e movimentos internacionais; nacionais e locais; do povo trabalhador; camponês; originário; afrodescendente; feminista; de aposentados; migrantes; estudantes; defensores dos direitos das pessoas e dos povos; do meio ambiente; dos bens comuns e da justiça climática; dos direitos da infância, de gênero, entre outros; que combatemos desde nossas diversas expressões de organização e luta o avanço do Capital sobre nossas vidas, corpos e territórios, chamamos aos povos e movimentos do mundo a nos mobilizarmos na Argentina e em todos nossos países no dia 30 de novembro de 2018, e também a somarem-se à Semana de ação de 25 de novembro a 1 de dezembro, contra o G20, o FMI e sua agenda de dominação.

Por: Confluência Fora G20-FMI

Entre 30 de novembro e 1 de dezembro se realizará no país sul-americano a reunião de Cúpula do G20, na qual as chefas e chefes de Estado dos países e organismos membros debaterão temas de enorme importância, incluindo o estado da economia mundial, o futuro do trabalho e da alimentação e a infraestrutura para o desenvolvimento.

Conhecedores deste tipo de enclaves para determinar novas formas de exploração em cada um dos espaços de vida de nossos povos, manifestaremos nosso repúdio à realização desta Cúpula, que vem para reafirmar o brutal retrocesso que impõe em seu país o governo de Mauricio Macri e que pretendem estender para toda a região e o mundo.

A Argentina é hoje um laboratório concentrado das políticas de liberalização, dívida e privatização que impulsiona o G20 junto ao Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e outros que hipotecaram o futuro do país e condenaram milhões de trabalhadoras e trabalhadores e suas famílias a uma situação de exclusão e miséria.

Consideramos que essa Cúpula do G20, que agrupa os países mais poderosos do mundo com outros chamados “emergentes”, sem maior legitimidade e que pretendem impor-se em base ao seu tamanho e poderio, servirá como uma nova plataforma para impulsionar políticas públicas na contramão dos progressos alcançados internacionalmente em matéria de direitos humanos, paz, soberania dos povos, direitos ambientais, entre outros.

A investida que o capitalismo neoliberal implementa, empobrecendo, esfomeando, excluindo e reprimindo a maioria da população, soterrando as possibilidade de construção democrática e perpetuando a arquitetura da impunidade a serviço do corporativismo transnacional, se consolida através deste fórum. É por isso que é nosso dever nos manifestarmos de maneira contundente, expressando nosso rechaço absoluto e visibilizando a urgência e possibilidade de alternativas reais.

Não podemos permitir que o futuro de nossos direitos ao trabalho, à previdência social, à educação e saúde públicas e gratuitas, à soberania alimentar, a nossos territórios e sua integridade, fique nas mãos das elites que desprezam nossos povos e lucram com a precariedade a que os submetem suas decisões. É o nosso futuro, das novas gerações de todos os povos e da vida neste planeta que está em cheque.

Por esses motivos chamamos para a mobilização. Convocamos todos os povos e suas organizações, unidos na diversidade, a demonstrar que não aceitamos as políticas promovidas e aplicadas pelo G20 e que trabalharemos solidariamente a partir de diferentes países e particularidades para autodeterminar nosso futuro, e enfrentar as imposições das poderosas elites econômicas e militares.

Diante do feroz avanço que pretende conquistar o domínio total de nossas vidas, nossa resposta global deve ser contundente e amparada no direito ao protesto, que sabemos que querem nos fazer desconhecer e reprimir para negar a expressão legítima de nossa resistência.

Por um mundo sem o domínio do corporativismo transnacional e seu modelo de liberalização comercial e dívida, com respeito aos direitos dos povos e da natureza, e a possibilidade de construir alternativas democráticas em base a nossa soberania e integração como povos, chamamos todos a participar em uma grande Semana de Ação de 25/11 a 01/12, e a mobilizar-se na Argentina e em todas as partes do mundo no dia 30 de Novembro contra o G20 e o FMI.

Confluência Fora G20-FMI Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo

Tradução: Mandi Coelho

 

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