O CRQI-PCL admite o seu colapso
Trata-se de uma elaboração das quatro organizações que constituem o CRQI: EEK, da Grécia, PO da Argentina, DIP da Turquia e o PCL da Itália. Depois de uma análise mundial (na qual se evidencia indiretamente que o único país onde o CRQI tem algum papel é a Argentina, com o PO de Altamira), chega-se ao capitulo dedicado ao CRQI e se lê: “Em relação ao CRQI, a reunião observou que durante os últimos anos, a sua organização e modalidade de existência, como vem definido nos estatutos aprovados no congresso de 2004, colapsaram”. Desmoronou, assim está escrito. Mas como é possível? Questionaram-se sobre o que ouviram falar de Ferrando e Grisolia sobre esse ilusório CRQI como a “principal força trostskista no mundo” do qual o PCL seria a seção italiana (sempre segundo as lideranças) como “única força existente na Itália a esquerda da Refundação”. O texto (www.pclavoratori.it/files/index.php?obj=NEWS&oid=3618) prossegue explicando que tinham “simultaneamente (…) importantes progressos de algumas seções” (a Argentina, supomos) mas “nós também temos grandes retrocessos” (o PCL, supomos). Apesar de tudo isso e apesar de se falar em “colapso”, o CRQI se propõe o objetivo da “refundação imediata da Quarta Internacional”. Sempre se coloca também no texto que no momento as “seções” (isto é, os quatro grupos citados acima) do CRQI não conseguem publicar um “um jornal regular” (com certeza o PCL não consegue), nem de publicar um órgão do CRQI, nem de publicar um boletim interno de discussão, nem de manter finanças regulares. O primeiro e único congresso do CRQI ocorreu em 2004: e quando será o segundo? A declaração nos informa que no próximo abril de 2014, quando será o décimo quarto aniversário do primeiro congresso, “as organizações da CRQI avaliarão e realizarão um balanço dos passos dados” (balanço que no momento é sintetizado na palavra “colapso”, ndr) e “vão fazer considerações, com base nesta verificação, a convocação do segundo congresso da CRQI”. Então em 2014 o CRQI “avaliará” e “levará em consideração” (citemos literalmente o texto) a possibilidade de fazer um Segundo Congresso. Isso não está garantido, e compreensivelmente dado o conclamado “colapso” tanto da CRQI quanto das suas organizações (com exceção do PO argentino): não é por acaso que o PCL celebra nesses dias o seu congresso nacional em uma situação de crise profunda de todo o projeto de construção de um partido mais virtual que real, federação de muitas concepções diferentes mantidas juntas por um único vínculo constituído pelos dois anciãos líderes-gurus.