Egito
Formada frente para quebrar polarização entre militares e Irmandade Muçulmana
outubro 8, 2013
O site árabe Al Ahram informa que se formou um novo agrupamento político no Egito, chamado Revolution Path Front (Frente Caminho da Revolução) que se define contra a “opressão militar” e o sectarismo da Irmandade Muçulmana, e para quebrar a polarização atualmente existente no país.
Com a ressalva de não conhecer profundamente suas posições, nem a trajetória política de seus membros, nos parece um fato progressivo que devemos acompanhar mais de perto. A notícia completa é a seguinte.
Uma nova frente “anti-militar” e anti Irmandade elege seus porta-vozes
A Frente Caminho da Revolução nomeou oito porta-vozes para representar o grupo alternativo que combate tanto a “opressão militar” como o “sectarismo da Irmandade Muçulmana”
A nova Frente Caminho da Revolução, que busca oferecer uma alternativa à atual polarização entre os militares e a Irmandade Muçulmana, elegeu seus porta-vozes oficiais.
Entre esses porta-vozes estão incluídos o renomado novelista Ahdaf Soueis, o professor universitário Rabab El Mahdi, o fundador do Movimento Juvenil 06 de Abril, Ahmed Maher, o pesquisador da Universidade do Cairo, Hatem Tallima, o membro do Partido Egito Forte, Mohamed El Bager, o membro do movimento estudantil “Justiça e Liberdade”, Mostafá Shawki, os ativistas Ali Ghoneim e Mohamed Youssef, e o membro fundador de “Revolucionários”, Mohamed Ibrahim Shetgi.
No Facebook, a frente se apresenta a si mesma como um grupo alternativo que lutará tanto contra a “opressão militar” como contra a “violência e o sectarismo da Irmandade Muçulmana”. A frente, lançada na quarta-feira passada, disse que seus objetivos são a justiça social, o combate contra a formação de um regime opressivo, conquistar igualdade entre os cidadãos, construir um caminho para uma transição justa, e a adoção de uma política exterior que garanta a independência nacional.
A Frente foi fundada por 152 ativistas independentes e representantes de vários grupos revolucionários, entre eles, o conhecido ativista Alaa Abdel Fatah e o advogado trabalhista Haitham Mohmadein. Inclui também líderes do Movimento 06 de Abril, do Partido Egito Forte, dos Socialistas Revolucionários e do movimento estudantil Justiça e Liberdade.
Os militares egípcios dirigem a coalizão de forças políticas que romperam com a presidência de Mohamed Morsi da Irmandade Muçulmana, em julho passado, depois das grandes mobilizações de massas contra Morsi. Desde então, a vida política do país está profundamente polarizada entre as novas autoridades interinas e os seguidores do presidente deposto.