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Editorial
outubro 7, 2011
Nem tudo são flores
O país vive um novo momento. No começo do mandato de Dilma Roussef, o horizonte parecia antever uma relativa tranquilidade para o governo: popularidade em alta, continuidade do crescimento econômico e ampla maioria no Congresso.
Por baixo, porém, em meio ao cotidiano dos trabalhadores, algo acontecia. A inflação comia o poder de compra. O crescimento da economia, por sua vez, não amenizava a desigualdade social nem os graves problemas do serviço público. Um descontentamento crescente explodiu na forma de greves e rebeliões, como entre os operários em Jirau e nas greves dos professores da educação país afora.
O discurso de protesto de Amanda Gurgel deu voz a essa nova situação. Assim como a mobilização dos bombeiros no Rio de Janeiro, que provocou uma repressão brutal por parte do governo de Sérgio Cabral (PMDB). Em meio a tudo isso, um novo escândalo de corrupção derruba Antonio Palocci, o homem mais poderoso do governo Dilma. Em pouco mais de seis meses de existência, nem tudo são flores para o governo.
Isso tudo você encontra nessa edição do Opinião, que está fazendo 15 anos e traz um encarte especial sobre nossa história. São 15 anos que fazem parte de uma tradição de quase quatro décadas de imprensa operária, expressão de um partido que não abandonou a luta pela revolução e o socialismo.
Nas páginas que ilustram nossa trajetória ou nas matérias que mostram uma perspectiva dos trabalhadores sobre os principais fatos da luta de classes, revela-se a importância de um jornal como o Opinião Socialista.
Fonte: Opinião Socialista nº 425, de 08 a 29 de junho de 2011.