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sexta-feira, março 29, 2024

Não à prostituição! Sim ao trabalho genuíno!

As pessoas trans e travestis tem uma expectativa de vida de 35 anos na América Latina e Caribe. As causas de morte estão principalmente associadas a crimes de ódio e problemas de saúde derivados da marginalidade a que são obrigados a viver.

Por: PSTU-Argentina

Estas mortes são evitáveis, já que são produto da relação que existe entre a exclusão, a discriminação e a expectativa de vida de travestis, transgêneros e transexuais.

Desde idade precoce são discriminadas e excluídas, primeiro por suas famílias e depois pelas instituições: a escola, os hospitais, etc. A eles é negado o acesso à educação, já que são obrigados suportar o assédio, o maltrato e a discriminação, conduzindo ao fracasso escolar e a desistência.

As instituições escolares não estão preparadas para enfrentar o desafio de educar na diversidade, e neste sentido a aplicação e ampliação da Educação Sexual Integral (ESI) é fundamental. Por outro lado, são jogadas em um circuito de medicina privada de baixíssima qualidade, inclusive em muitos casos, clandestina, para poder ter acesso às terapias hormonais ou às intervenções cirúrgicas necessárias.

Por outro lado, e como corolário de tudo isso, para esse setor o acesso ao trabalho formal é restrito. São excluídas do sistema trabalhista formal, e são empurradas à prostituição como quase exclusiva forma de subsistência.

A exploração sexual não é trabalho

A Prostituição sexual é a máxima expressão de misoginia, do machismo e da violência contra as mulheres, travestis e trans, a serviço do capitalismo.

É o Estado quem “economiza” bilhões na saúde, educação e trabalho e permite que empresários mafiosos que aumentem suas ganâncias a custa da vidas dos trabalhadores.

Por tudo isso é que exigimos trabalho genuíno para mulheres, travestis, trans e cota de trabalho para travestis e trans. Os sindicatos, a CGT e as CTA devem assumir essa luta. Organização para erradicar a prostituição e não para garantir o negócio. Resistência e organização nas escolas contra os embates dos grupos pró vida que vêm pela Educação Sexual Integral. Organização dos jovens dentro e fora das instituições para continuar lutando por conquistas de direitos.

Tradução: João Pedro Andreassy Castro

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