#Miracomonosponemos

#Miracomonosponemos [1]…
É assim que as redes ressoam e as mulheres saem em massa para apoiar Thelma em sua denúncia pública. É que quando alguém consegue falar é como se todas pudéssemos gritar o que nos atormenta, esse episódio que infelizmente a grande maioria de nós já passou.
PSTU-Argentina
O coletivo de atrizes argentinas acompanhou a denúncia, usando seu prestígio como figuras públicas para romper os pactos machistas e negociados do mundo do espetáculo e isso é muito importante, combatem seus próprios companheiros de trabalho e chefes.
As operárias, trabalhadoras e jovens dos bairros populares não são ouvidas como as atrizes, nossas denúncias (quando nos encorajamos) são rejeitadas, debochadas, nos demitem ou desaprovam a questão. Mas esse ato de coragem tem que nos servir para pedir o mesmo.
Vamos romper o medo e organizar nossa luta, os sindicatos, centros estudantis e organizações de bairro devem estar à disposição para acompanhar as denúncias, garantir investigações e proteger as vítimas e não aos abusadores e violentos.
Para que todas nós digamos: Mirá como nos ponemos. Temos que lutar contra o machismo dentro de nossa classe e colocar nossas ferramentas sindicais a serviço dessa luta.
[1] O movimento #Miracomonosponemos, iniciou com a denúncia da atriz argentina Thelma Fardín contra Juan Darthés por estupro, quando ela tinha 16 anos. “Mirá como me ponés!”, que comparado ao idioma português seria: Olha como você me deixa! foi a frase utilizada pelo ator para mostrar sua ereção para a atriz. Após a denúncia, está frase foi reconhecida por outras atrizes que já o haviam denunciado por assédio e abuso sexual. É um movimento de solidariedade similar ao #Me Too dos Estados Unidos. (Ndt)
Tradução: Lena Souza