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segunda-feira, março 18, 2024

Moçambique| A morte do rapper Azagaia e a ditadura do Frelimo

O rapper Azagaia foi um dos mais criativos rappers da língua portuguesa. Criativo, anticapitalista e anti-imperialista.

Por: Cesar Neto

Suas músicas denunciaram e seguirão denunciando o colonialismo, a ditadura do Frelimo e o assassinato de seus opositores. Aliás, ele mesmo desconfiava da possibilidade de vir a ser assassinado.

“As mentiras da verdade”, “Cães de Guarda”, “Maçonaria”, “Povo no Poder” e tantas outras músicas eram um sinal de esperança para a juventude sem esperanças.

A morte repentina aos 38 anos causou comoção e uma certa suspeita de assassinato. Afinal a letra “as mentiras da verdade” tratam exatamente disso.

A juventude saiu as ruas. A ditadura de Filipe Nyusi tremeu. Os jovens que cantam “povo no poder” faz os “cães de guarda” do capitalismo tremer e reprimir.

O funeral acompanhado por uma enorme quantidade de jovens cantando e dançando suas músicas foi violentamente reprimida pela polícia. Gás lacrimogênio, balas de borracha, espancamentos, tudo devidamente registrado no youtube.

A polícia moçambicana usa gás lacrimogénio em uma marcha em Maputo de homenagem ao ‘rapper’ Azagaia

Na música O Povo no Poder, Azagaia nos dá a luz:

Esse governo não se emenda mesmo…Não

Vai haver uma tragédia mesmo…SIM

Mesmo…

Que venham com gás lacrimogéneo

A greve tá cheia de oxigénio

Não param o nosso desempenho

Eu vou lutar, não me abstenho

Basta de Repressão e assassinatos

Abaixo a ditadura de Filipe Nyusi e do FRELIMO

Viva Azagaia e o povo no poder.

Por um  governo dos trabalhadores

O ABC do Preconceito

MIR Música de Intervenção Rápida

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