Abaixo o golpe institucional aplicada pelo ditador Umaró Sissocó Embaló
O projeto de ditadura do Presidente da República, o General Umaró Sissocó Embaló, que saiu duramente questionado pela copiosa derrota nas eleições realizadas no passado mês de Junho, permanece uma ameaça real, para o frágil projecto de democracia burguesa do país.
Por: UPRG Cassacá-64
Esta instabilidade, com a permanente ameaça antidemocrática da hierarquia das forças armadas, com muito poder sobre os recursos, os negócios de estado e os destinos do país, assenta também na completa falência do Estado Guineense que tem se revelado incapaz de garantir o mínimo no que toca aos direitos básicos da população obrigada a viver na pobreza e incerteza, sendo que a contestação ao PR e os falhanços do Estado esteve na ordem do dia da luta de classes, que levou inclusive o regime de Sissocó a interferir e a boicotar a principal Central Sindical do país, a UNTG-CS.
Ora é neste âmbito que o regime procurou através de uma investigação a um processo de pagamento a empresas privadas levantado ao Ministro da Economia e Finanças, atacar a legitimidade do governo de maioria absoluta da coligação PAI – Terra Ranka, liderada pelo PAIGC.
O Ministério Público ordenou a prisão preventiva do ministro Suleimane Seidi, e o Secretário de Estado do Tesouro António Monteiro. Estas detenções encontraram resistência na Guarda Nacional, mostrando a fratura na classe dirigente guineense, e daí resultaram combates com a Guarda Presidencial e a Polícia militar que fizeram dois mortos.
Em resposta à situação, Sissocó aproveita para de forma arbitrária e flagrantemente inconstitucional declarar a dissolução da Assembleia Nacional.
Nesta situação, e perante a vergonhosa capitulação de ministros da coligação PAI – Terra Ranka, ecoamos o chamado para jornadas de luta popular feito pela secção simpatizante da LIT-QI na Guiné-Bissau, a UPRG Cassacá-64, para travar esta tentativa autoritária do regime, lembrando que mais uma vez o PAIGC e o seu líder Domingos Simões Pereira vacilam e desarmam o povo perante a furtividade do regime, mantendo o seu papel “bem comportado” perante a comunidade internacional, e abandonando a população à sua sorte. Para nós estás provado que mais uma vez o PAIGC, está comprometido com a manutenção da (des)ordem burguesa na Guiné-Bissau, e o seu papel na pilhagem, desvio de fundos e boicote e pilhagem ao país, que fomentam a miséria entre a população, por isso a solução está na firme construção de uma alternativa que emerja das lutas populares por melhores condições de vida, das lutas pelo pagamento dos salários em atraso, e o pleno funcionamento de hospitais, escolas e faculdades para o elevar das condições da população guineense.
Por isso construir um programa e organização para dar uma saída da classe trabalhadora para o país e confiar nas próprias forças parece-nos também fundamental na Guiné-Bissau.
Por último mais uma palavra ao papel vergonhoso do regime português na figura de Marcelo Rebelo de Sousa que em nome dos interesses da burguesia portuguesa e europeia, condecora e por outras palavras fortalece a maquilhagem do regime de Sissocó Embaló e do partido que fundou, mas tacticamente não faz parte, Madem G-15. Instamos à classe trabalhadora em Portugal a repudiar a postura institucional de respaldo ao regime, e a rodear de solidariedade a luta contra o regime.
Abaixo a golpada do ditador Umaró Sissocó Embaló!
Só a classe trabalhadora de mãos dadas com o povo explorado bissau-guineense é confiável enquanto direção para enfrentar o regime, e reconstruir um estado guineense que garanta pão, saúde, educação, luz e água!