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Colômbia: 20 de julho e a luta pela segunda independência

agosto 2, 2023

O Pacto Histórico, as centrais sindicais e a Fecode convocaram manifestações em apoio ao Governo e suas reformas. No início da nova legislatura, a reforma trabalhista esmagada no primeiro período será novamente apresentada e o debate sobre as demais reformas continuará.

Por: Comitê Executivo – PST Colômbia

A política de Petro continua sendo a de pactuar com os partidos da burguesia e os empresários sobre essas reformas, usando as mobilizações para pressionar o congresso.

Por seu lado, as direções sindicais majoritárias hipotecaram a independência das organizações e continuam dando apoio acrítico ao governo, apesar de que as reformas não respondem às necessidades dos trabalhadores e da população pobre, nem às reivindicações da Paralisação Nacional.

Ou seja, pretendem fazer a mesma coisa esperando resultados diferentes e infelizmente os apelos para retomar o caminho da paralisação nacional, a mobilização e luta independente foram ignorados.

Na reforma da Lei 30, o governo não atende as exigências dos estudantes e enfoca em dois artigos dela, referentes ao orçamento. Na saúde, mantém as EPS e os negócios dos empresários da saúde, que vários deles também são deputados. Na reforma previdenciária, favorece as AFPs e, portanto, os banqueiros privados. Na reforma trabalhista, a formalização do emprego não está garantida e hoje existem trabalhadores de serviços gerais terceirizados e sem salário, sem a atuação do Ministério do Trabalho e sem eu a CUT ou a CGT exijam do Governo as ações necessárias para defender milhares de trabalhadores desta situação exploração.

Por outro lado, a convocação das passeatas do dia 20 de julho havia saído em nome da Coordenadora Nacional pelas Mudanças (CNPC), antiga COS, e em Bogotá foi chamada na Promotoria, com conteúdo contra o procurador Barbosa por corrupção desse personagem e o papel que desempenhou contra o Petro, pela liberdade dos presos políticos e pelo apoio às reformas. Lamentamos que tenham voltado atrás e suprimido a concentração no Ministério Público para trocá-la pela concentração na Praça de Bolívar, na qual também convocam para celebrar a independência que segundo eles obtivemos com o Governo de Petro.

A classe operária não conquistou a independência do imperialismo e continua submetida aos interesses da burguesia, continuamos sendo um país semicolonial controlado política, econômica e militarmente principalmente pelo imperialismo ianque. É demagogia, que sejamos chamados a celebrar a independência e a soberania nacional enquanto se mantêm os TLCs com os Estados Unidos, as bases norte-americanas em nosso território e a intenção é trazer tropas ianques para “proteger” a Amazônia e a Gorgona .

A classe operária não tem o que comemorar! Continuamos a reivindicar a luta por uma segunda independência, continuamos a promover a mobilização com total independência do governo, dos patrões, da burguesia e do imperialismo.

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