Moçambique| A morte do rapper Azagaia e a ditadura do Frelimo
O rapper Azagaia foi um dos mais criativos rappers da língua portuguesa. Criativo, anticapitalista e anti-imperialista.
Por: Cesar Neto
Suas músicas denunciaram e seguirão denunciando o colonialismo, a ditadura do Frelimo e o assassinato de seus opositores. Aliás, ele mesmo desconfiava da possibilidade de vir a ser assassinado.
“As mentiras da verdade”, “Cães de Guarda”, “Maçonaria”, “Povo no Poder” e tantas outras músicas eram um sinal de esperança para a juventude sem esperanças.
A morte repentina aos 38 anos causou comoção e uma certa suspeita de assassinato. Afinal a letra “as mentiras da verdade” tratam exatamente disso.
A juventude saiu as ruas. A ditadura de Filipe Nyusi tremeu. Os jovens que cantam “povo no poder” faz os “cães de guarda” do capitalismo tremer e reprimir.
O funeral acompanhado por uma enorme quantidade de jovens cantando e dançando suas músicas foi violentamente reprimida pela polícia. Gás lacrimogênio, balas de borracha, espancamentos, tudo devidamente registrado no youtube.
Na música O Povo no Poder, Azagaia nos dá a luz:
Esse governo não se emenda mesmo…Não
Vai haver uma tragédia mesmo…SIM
Mesmo…
Que venham com gás lacrimogéneo
A greve tá cheia de oxigénio
Não param o nosso desempenho
Eu vou lutar, não me abstenho
Basta de Repressão e assassinatos
Abaixo a ditadura de Filipe Nyusi e do FRELIMO
Viva Azagaia e o povo no poder.
Por um governo dos trabalhadores
O ABC do Preconceito
MIR Música de Intervenção Rápida