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quinta-feira, julho 25, 2024

Mulheres palestinas, símbolos de resistência e luta contra dupla opressão

Neste 8 de março – Dia Internacional da Mulher – expressamos o apoio incondicional às mulheres palestinas, protagonistas na resistência heroica e histórica de seu povo contra a limpeza étnica e a colonização sionistas.

Metade da população palestina, as mulheres seguem na linha de frente por libertação nacional, ao tempo que lutam contra a opressão machista. São inspiração a todas as que lutam contra a opressão e exploração em qualquer parte do mundo.

Denunciamos a dramática limpeza étnica, a colonização e o apartheid há mais de 75 anos – a Nakba contínua (catástrofe palestina desde a formação do Estado racista de Israel em 15 de maio de 1948).

As mulheres são as que mais sofrem nessa situação. O estupro e sua ameaça foram utilizados para a expulsão do povo palestino de suas terras, e a opressão misógina segue como arma nas mãos do colonizador sionista, que enxerga as mulheres como “ameaça demográfica”- e, portanto, alvo a ser abatido e destruído.

Relatório do Bureau Central de Estatísticas da Palestina revela que 18 palestinas foram assassinadas pelas forças de ocupação sionistas somente em 2022 e uma em 2023. Segundo o documento, 172 foram presas por Israel no ano passado, das quais 29 são mantidas como prisioneiras políticas, sendo duas menores de idade.

Hoje elas perfazem as 32 que continuam nos odiosos cárceres da ocupação, sujeitas a torturas e toda forma de maus tratos, incluindo negligência médica e violência sexual, como agressão e ameaças de estupro, espancamentos, revistas íntimas, assédio e humilhação.

Ao mesmo tempo, a luta contra a opressão machista é travada, sendo a violência doméstica campeã de incidências na Palestina ocupada – conforme organizações locais, quase 30% das casadas enfrentaram pelo menos uma vez algum tipo de violência por parte de seus cônjuges, seja psicológica, social, econômica, física ou sexual (dados de 2019). Entre as solteiras a partir dos 18 anos, 39,3% sofreram violência psicológica de um membro da família, 13,9% física e 0,6%, sexual.

As mulheres palestinas não se intimidam. Sua luta por libertação nacional e contra a opressão machista tem sido permanente, transmitida de geração para geração. Elas são a linha de frente na resistência.

Neste 8 de março, chamamos a todas e todos a fortalecerem a solidariedade internacional efetiva com o povo palestino e suas bravas mulheres, que seguem a inspirar as lutas contra a opressão e exploração em todo o mundo com seu heroísmo. Exigir o reconhecimento do regime de apartheid sionista, o retorno dos milhões de refugiados palestinos as suas terras e o fim da cumplicidade de governos de todo o mundo com esse crime contra a humanidade.

Lutar por elas é lutar por todas! Palestina livre do rio ao mar, mulheres livres!

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