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sexta-feira, março 29, 2024

Costa Rica: a máquina capitalista é azeitada pelo desemprego e pela exploração das mulheres

Na Costa Rica, a situação trabalhista das mulheres nos últimos anos é realmente alarmante, já que dentro do sistema capitalista são as mulheres da classe trabalhadora que carregam a pior parte; na verdade, a onda de demissões durante a pandemia as prejudicou muito mais.

Por: PT Costa Rica

Hoje esses dados, embora tenham melhorado, continuam deixando as mulheres em piores condições. Apesar da recuperação econômica em 2022, apenas 41% de todas as mulheres que compõem a força de trabalho total conseguiram encontrar trabalho.

Para a sociedade capitalista, manter maior desemprego entre as mulheres é essencial para aumentar os níveis de exploração. Aquelas que conseguem empregos estão dispostas a receber menos salários, enquanto as demais devem assumir trabalhos não remunerados nas casas das famílias.

Os dados não mentem

Segundo dados da última pesquisa contínua de emprego, o salário médio geral em todas as categorias no país é de 498.000 colones, mas para as mulheres essa média cai para 477.000. Mas essa situação salarial é ainda mais violenta contra as mulheres nascidas em outro país, já que seu salário médio em todas as categorias é de apenas 296.000 colones.

Em geral, a desigualdade salarial para as mulheres por setor é muito ampla. Por exemplo, na manufatura, a renda bruta dos homens é de 490.000 em média, enquanto a das mulheres é de 385.000; no caso do comércio e a reparação, os homens ganham em média 417.000 e as mulheres chegam a 335.000.

É claro que os capitalistas usam a opressão das mulheres para pagar menos salários e extrair mais lucro de seu trabalho. Como fica evidente, ao somar outras opressões, como ser mulher estrangeira, essa exploração é ainda maior.

Reduzir as jornadas de trabalho e manter salários

Segundo dados oficiais, atualmente há 298.000 pessoas sem trabalho, das quais a maioria são mulheres, e essas pessoas não podem conseguir trabalho porque o próprio sistema capitalista não gera mais empregos, não por má sorte ou por falta de vontade de quem está sem emprego.

A classe trabalhadora deve propor uma luta para exigir que os capitalistas reduzam a jornada de trabalho para 40 horas semanais e mantendo o mesmo salário, essa é a melhor forma de abrirmos mais espaços nas empresas para que todas as pessoas possam trabalhar.

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