dom jun 16, 2024
domingo, junho 16, 2024

Primeiras impressões do 2º comboio de ajuda operária Internacional à resistência ucraniana

O nosso camarada Alfredo, dirigente do sindicato Co.Bas em Madrid e membro da Corriente Roja, fez parte do segundo comboio de ajuda internacional dos trabalhadores à resistência ucraniana, que nestes dias esteve na região ucraniana de Kryvyi Rih transferindo apoio moral e político à resistência dos trabalhadores contra a invasão militar de Putin. Hoje publicamos algumas primeiras considerações desta experiência como crônica:

Por:  Corriente Roja / Estado Espanhol

Em 30 de setembro, o segundo comboio de ajuda operária foi entregue à resistência ucraniana, através do Sindicato Independente de Metalúrgicos e Mineiros de Kryvyi Rih. Um comboio com forte presença internacional de diferentes organizações sindicais. Estiveram companheiros e companheiras da Rede Sindical Internacional Soliders (França), Emancipation (França), CSP-Conlutas (Brasil), ADL Cobas (Itália), Co.Bas Madrid (Estado Espanhol), membros da Rede Sindical do reino Unido e também de Corriente Roja.

Todo o material coletado e comprado foi entregue ao Sindicato Independente dos Metalúrgicos e Mineiros da cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia. Uma cidade que fica no meio da linha de frente, onde pudemos ver como as sirenes dos mísseis antiaéreos e os bombardeios faziam parte do cotidiano dos trabalhadores desta importante cidade industrial.

Reunimo-nos com Yuri Petrovich, presidente do Sindicato, e com trabalhadores das empresas em que estão representados, de diferentes minas da cidade e em Arcelor-Mital (empresa investigada pelo governo ucraniano por vender aço para a Rússia, por meio de uma filial) . Muitos dos trabalhadores e trabalhadoras tiveram que deixar seus empregos para ir para a linha de frente para se defender contra a invasão russa. Esses trabalhadores estão tendo dificuldades para receber seus salários, têm que provar com documentos que estão na linha de frente da batalha e têm muitas dificuldades burocráticas para obtê-los.

Além de sofrer essa terrível agressão por parte de Putin, a classe operária ucraniana também está sendo atacada por seu próprio governo, que está aprovando reformas trabalhistas que cortam os direitos trabalhistas conquistados. Eles estão sofrendo cortes salariais de 50% e podem ser demitidos automaticamente, embora Petrovich nos diga que o governo não está achando fácil aplicar essas medidas porque os e as  trabalhadoras se opõem fortemente nos locais de trabalho.

Temos que continuar dando prosseguimento ao apoio e solidariedade ao povo ucraniano, a situação está longe de voltar ao normal, apesar dos avanços que estão sendo feitos, recuperando o território ilegalmente anexado pela Rússia.

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