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sexta-feira, abril 19, 2024

As mobilizações no Irã continuam crescendo e apontam contra o regime

Esta é a quarta semana de importantes mobilizações no Irã após o assassinato da mulher curda iraniana Mahsa Amini pela Patrulha de Orientação do Estado em 16 de setembro de 2022. Até agora foram detidas mais de 1.200 pessoas, e ao menos 154 manifestantes morreram nas mãos da polícia, entre elas Nika Shakarami, de 16 anos, muito ativa nos protestos e que apareceu morta após ser perseguida pela polícia.[1] O governo coagiu intensamente a família para que negasse qualquer implicação policial em sua morte, mas os pais estão falando.[2]

Por: Florence Oppen

Este movimento contra as leis de obrigatoriedade do hijab, que segundo um estudo de 2020 são rejeitadas por 72% dos iranianos, e só apoiadas por 15%, está se ampliando com protestos em mais de 80 cidades, e incorporando exigências de outras liberdades democráticas, assim como demandas econômicas. [3] Os manifestantes se dirigem agora contra o governo de Raisi e o regime da República Islâmica em geral. Alguns setores da classe trabalhadora estão se somando, e a juventude está entrando agora mais plenamente no movimento, por isso a combinação de todas estas forças sociais e demandas têm o potencial de derrubar o regime caso se unam em uma clara liderança e conseguirem derrotar a repressão e as tentativas de desacreditar o movimento.

Em nossa análise da situação no Irã, entretanto, também devemos trazer uma visão do aprofundamento da crise econômica no país desde 2018. Esta instabilidade econômica no Irã e a piora das condições de vida estão diretamente relacionadas tanto com o capitalismo de amiguinhos do regime opressor iraniano como com o enriquecimento das elites às expensas do público, assim como com a imposição de sanções estadunidenses ao país que só tem prejudicado os iranianos e não o regime. Queremos oferecer algo de contexto para esta última onda de indignação, na qual as mulheres estão desempenhando um papel de vanguarda, e propor um ponto de vista socialista sobre a luta.

As mulheres, os jovens e os trabalhadores se unem na luta

No sábado, 1 de outubro, os iranianos que vivem no exterior organizaram manifestações em mais de 150 cidades de todo o mundo para expressar sua solidariedade com os manifestantes e condenar a repressão do governo, com milhares de participantes em cada cidade. Este movimento, iniciado e liderado por mulheres, e organizado inicialmente através das redes sociais, reuniu o apoio de importantes setores trabalhistas, os professores, os comerciantes e os petroleiros.

O Conselho de Coordenação do Sindicato de Educadores do Irã apoiou inicialmente as manifestações iniciais convocando uma greve de dois dias. Segundo declararam, “os professores, que protagonizaram uma onda de greves e protestos desde dezembro passado, escreveram que o levante demonstra que o “Irã continua vivo e ativo, e não se dobra ante a opressão”. [4] Porém a brutal e contínua repressão do regime radicalizou ainda mais o povo até o ponto dos jovens e outros setores do movimento operário, que estiveram ativos no passado recente, também se somarem.

A própria federação de professores está redobrando seu apoio às mulheres e aos direitos democráticos, combinando com suas próprias demandas econômicas, e ajudando a organizar os jovens. O Conselho Coordenador (publicou no Telegram) [https://t.me/kashowra/12653] um “chamado aos professores e estudantes para boicotarem as aulas na segunda 4 e quarta 6 de outubro” em protesto pela repressão generalizada dos protestos populares, a guarnição militar de algumas escolas e a detenção de estudantes e manifestantes de ruas” [5] Os professores estão se organizando com os jovens, denunciando o “aquartelamento” de escolas e universidades, e a federação sindical denunciou que “algumas escolas do país se converteram em bases militares para reprimir os manifestantes”. Também denunciaram as condições de detenção dos jovens e estudantes universitários que às vezes são postos em isolamento.

Os estudantes universitários também estão se somando, e até agora organizaram ações de solidariedade em muitos campus de todo Irã. Na semana passada, a polícia antidistúrbios cercou a prestigiada Universidade Tecnológica Sharif de Teerã, fazendo várias detenções.[6]

O Conselho de Organização dos Protestos dos Trabalhadores Petroleiros Contratados, um sindicato independente que ajudou a organizar as greves no ano passado entre os trabalhadores contratados temporariamente na indústria petroleira (estes trabalhadores constituem a maioria de toda a mão de obra petroleira) [7], lançou uma aberta advertência ao governo: “Apoiamos as lutas do povo contra a violência organizada e cotidiana contra as mulheres e contra a pobreza e o inferno que domina a sociedade”, e ameaçou com uma greve.[8] E em 10 de outubro alguns setores de Asalouyeh, já começaram com a greve.[9] No fim de semana de 8 de outubro os bazaari (comerciantes e lojistas pobres), se somaram à greve em solidariedade com os manifestantes [10] Outros setores, como os trabalhadores do transporte e os trabalhadores industriais poderiam acompanhar também se o movimento continuar e o regime aumentar sua repressão.

O povo quer a queda do regime

A revolta das mulheres jovens contra o governo de Raisi não é um acidente e não tem nada a ver com a “agitação estrangeira”, como afirma o governo. É o resultado direto das demandas acumuladas, do desespero, da insegurança econômica e da recente repressão aos direitos das mulheres, que ecoam o que estamos vendo nos Estados Unidos.

Desde sua chegada ao poder em 2021, Ebrahim Raisi, conhecido por supervisionar a tortura e execução em massa de cerca de 5.000 membros da oposição iraniana (muitos deles socialistas) em 1988 [11], aumentou o caráter repressivo do governo e não conseguiu nenhuma recuperação econômica. Raisi ganhou algumas eleições presidenciais falsas com apenas 40% de participação, segundo as próprias estimativas do governo, nas quais o aiatolá Ali Jamenei, de 82 anos, investigou a fundo todos os candidatos. Sua missão era restabelecer a ordem no país após quase 3 anos de contínuos protestos e greves, criar postos de trabalho, desenvolver mais moradias públicas e estancar a corrupção.

Em contrapartida, em julho deste ano atribuiu recursos adicionais para reforçar o aparato de segurança e fazer cumprir estritamente a lei de hijab obrigatório. Promoveu a “semana da castidade e do hijab”, e introduziu novas normas no marco da revitalizada Iniciativa para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, que ficou parcialmente marginalizada durante os dois últimos mandatos de Rouhani.

A nova normativa: a “vigilância sobre as funcionárias dos organismos públicos e estipula a demissão dos administradores cujo pessoal não respeite estritamente os códigos do hijab” [12]. O governo de Raisi recorreu à experimentação da instalação de câmeras de vigilância nos espaços públicos para controlar e multar as mulheres sem véu ou encaminhá-las para que recebam “aconselhamento”. [13] Além disso, destinou um orçamento de 3,8 milhões de dólares às Patrulhas de Orientação, ou polícia da moralidade, que agiu com mais violência para vigiar o código de vestimenta das mulheres nas ruas. [14] Como informa Asia Times, desde julho “as cenas de violência desatadas pela polícia da moralidade arrastando, empurrando e atacando as mulheres que eram vistas violando as restritas diretrizes da República Islâmica sobre o hijab, gravadas furtivamente pelos cidadãos, estiveram circulando pelas redes sociais nos últimos meses, desatando a indignação e o ressentimento do público.” [15]

Por isso, não é de se estranhar que os cânticos contra o governo de Raisi e o regime sejam cada vez mais populares nas ruas. Os manifestantes gritam em coro “Morte ao ditador” e “morreremos, morreremos, mas recuperaremos o Irã”. [16] Outros cânticos se dirigem diretamente a Jameini cantando “este é o ano em que a casa de Sayyid Ali (Khamenei) será derrubada” [17], assim como “Abaixo o opressor, seja o xá ou o líder”, referindo-se ao líder supremo Khamenei.

Mas não apenas os manifestantes apontam cada vez mais contra o regime: um dos pilares ideológicos do Estado burguês iraniano, os aiatolás, que atuam como clérigos muçulmanos de alto escalão, começam a mostrar algumas fissuras, já que sua interpretação da sharia não é homogênea. O aumento dos protestos sobre esta questão pode ser uma fonte de divisão entre os ulemás (eruditos religiosos), entre os clérigos que apoiam o regime e os que o criticam. O Grande Aiatolá Asadollah Bayat-Zanjani, por exemplo, foi o único clérigo de alto escalão que criticou abertamente a “polícia da moral”, que considera ilegal e contrária ao Islã. Embora a maior parte do clero de Qoms tenha guardado silêncio sobre o protesto, um clérigo anônimo da cidade santa declarou na semana passada ao Middle East Eye (Monitor do Oriente) que “a maioria no seminário de Qom,ou pelo menos uma grande porcentagem de clérigos, está cada vez mais contra a República Islâmica, porque debilitou tanto o Islã como os clérigos aos olhos do povo…Isto é assim enquanto muitos clérigos não têm relações com o «establishment» e se distanciaram de sua política, já que não querem ser vistos como parte da República Islâmica. No entanto, o povo não sabe, e acredito que os clérigos devem fazer-se ouvir” [18]

Outra fonte de instabilidade do regime é, certamente, a questão nacional curda (entre outras minorias nacionais). Mahsa era uma curda iraniana, já que no Irã vivem mais de 10 milhões de curdos (de uma população total de 83 milhões). As mobilizações nas zonas curdas do Irã, foram muito fortes e o governo iraniano culpou os grupos de oposição curdos (junto com os Estados Unidos e Israel, é claro) de orquestrar os protestos, além de disparar mísseis na região curda do vizinho norte do Iraque.[19] A dinâmica da luta de libertação nacional do povo curdo, que desestabiliza as fronteiras do Irã (e de muitos outros países da região), também pode debilitar ainda mais o regime.

5 anos de crescentes protestos contra o regime

Esta recente onda de mobilização tem características singulares e é provocada e alimentada pela determinação das mulheres de defender seus direitos. Também ocorre no contexto de quase 7 anos de mobilizações intermitentes no Irã. Como destacou nosso companheiro Alborz «a consigna «Mulher, Vida, Liberdade» que percorreu as ruas do país nos últimos dias vai de encontro à consigna “Pão, Trabalho, Liberdade” que surgiu durante levantes anteriores a nível nacional no Irã contra a austeridade e o alto custo de vida, tanto em fins de 2017 como em novembro de 2019, quando um aumento do preço do gás provocou rapidamente protestos antigovernamentais”.[20]

Este último período de protestos em torno das reivindicações econômicas começou em Mashad, estendendo-se desde dezembro de 2017 até princípios de 2018, e deixou cerca de trinta mortos e 5.000 presos políticos. Foi organizado em resposta ao orçamento de austeridade de Rouhani “que cortou as transferências de dinheiro aos pobres e aumentou o preço do combustível em 50%, entre outras medidas.» [21] Esta primeira onda de protestos espontâneos foi seguida por uma onda de greves, desde meados de 2018 até 2019, novamente contra um novo aumento do preço dos combustíveis, que levou mais de 200.000 pessoas às ruas, e que teve aspectos insurrecionais, onde “os manifestantes danificaram mais de 50 delegacias, assim como 34 ambulâncias, 731 bancos e 70 postos de gasolina do país». [22] Em janeiro de 2020 voltou a eclodir uma nova onda de lutas protagonizada pelos motoristas de ônibus e táxis em Teerã, onde ressoaram nas ruas cânticos contra o regime, como “morte aos funcionários corruptos”. A esta greve se somaram posteriormente setores de trabalhadores sazonais, industriais e de serviços.

Longe de ser produto de instigadores estrangeiros, o atual levante do povo iraniano é de safra própria, se baseia em uma série de lutas crescentes e aborda demandas reais contra a República Islâmica. A luta dos iranianos pela libertação da mulher, democracia e equidade econômica é uma luta que deve ser apoiada pelos socialistas a nível internacional.

A crise econômica do Irã e as sanções dos Estados Unidos

Atualmente, a elite econômica nacional do Irã inclui setores dos aparatos militar e de inteligência que compraram grandes setores de diversas indústrias vendidas como parte das iniciativas de privatização do Estado nas últimas décadas. Esta elite saqueou a riqueza do povo iraniano e acendeu, com razão, o ressentimento da população. Só se preocupa com sua própria riqueza e interesses, e o Estado se negou a tributar este setor para mitigar as dificuldades econômicas dos iranianos. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos impuseram sanções ao Irã para seguir os interesses econômicos e políticos das classes dirigentes e empresariais estadunidenses. Estas sanções devem ser condenadas; não prejudicaram o regime nem a elite econômica do Irã, que não fez mais do que se enriquecer, mas apenas prejudicaram os iranianos comuns. Ainda assim, o opressivo regime iraniano usa as sanções como desculpa para desviar a atenção de sua própria responsabilidade na crise econômica, e negou-se a aprovar políticas de redistribuição que transfeririam a riqueza do topo para apoiar os iranianos que a veem difícil.

As atuais mobilizações de massas ocorrem no marco de uma crescente crise econômica no Irã. Segundo o Wall Street Journal, hoje em dia há uma taxa de inflação de 50% ao ano no Irã, a moeda (o rial) está em seus níveis mais baixos “mais de um terço do Irã vive na pobreza, em comparação aos 20% em 2015, e a classe média foi reduzida até abarcar menos da metade do país”.[23] Embora a renda per capita esteja estancada desde 2012, a atual crise econômica foi desencadeada, em última instância, pela imposição de sanções por parte de  Trump em 2018, depois do governo estadunidense se retirar do acordo nuclear de 2015 obtido por Obama. [24]

As sanções econômicas são uma forma de guerra econômica e uma ferramenta usada pelos países imperialistas para impor sua vontade por meios não militares.[25] Tiveram um impacto drástico no nível de vida da classe trabalhadora dos países aos quais são dirigidas. No caso do Irã, ficou muito evidente. Em 2015, antes das sanções de Trump, a taxa de câmbio entre o dólar estadunidense e o rial iraniano era aproximadamente de 1 a 110.000, hoje é de 1 a 320.000.  As sanções também provocaram, entre outras coisas, um drástico aumento das taxas de inflação. A inflação foi mais ou menos estável (de 8% a 12%) entre 2015 e 2017 após o acordo nuclear de Obama, mas saltou para 30% imediatamente depois das sanções de Trump em 2018. Desde então, continuou um aumento constante, chegando a 50% este ano.[26] Certamente, há outros fatores que agravaram o aumento da inflação, como a crise na cadeia de fornecimento após a pandemia do Covid, mas as sanções imperialistas erodiram rapidamente o poder aquisitivo e as condições de vida de todos os iranianos, em particular dos trabalhadores: “o emprego dos universitários graduados caiu 7% após as sanções e os salários dos trabalhadores qualificados masculinos quase 20%”. [27] Aumentou também a dívida pública, que hoje supera 50% do PIB, e que por sua vez leva a cortar o gasto público e os programas sociais.

Os manifestantes têm toda razão de culpar em primeiro lugar o regime iraniano pela má gestão da economia, mas os trabalhadores de todo o mundo também devem exigir o fim imediato de todas as sanções dos Estados Unidos ao Irã, para que o povo iraniano possa tomar sua economia em suas próprias mãos sem serem intimidados ou que seja dito a eles o que têm que fazer a partir de uma potência imperialista estrangeira. A exigência de abandonar todas as sanções ao Irã é particularmente importante atualmente, já que Biden está novamente propondo as sanções como uma medida para “apoiar” o movimento e pressionar o regime. Na segunda feira, 3 de outubro, declarou estar “seriamente preocupado pelos informes sobre a intensificação da repressão violenta contra os manifestantes pacíficos no Irã, inclusive os estudantes e as mulheres, que exigem sua igualdade de direitos e a dignidade humana básica” e anunciou que “os Estados Unidos vão impor mais custos aos autores da violência contra os manifestantes pacíficos. Continuaremos exigindo responsabilidades aos funcionários iranianos e apoiando o direito dos iranianos de protestar livremente.» [28] Não cabe ao governo dos Estados Unidos, um governo imperialista com um histórico horrível de violações dos direitos humanos e negociações com ditadores e regimes sangrentos, “pedir contas aos funcionários iranianos”, e menos ainda continuar com as políticas de sanções que sacrificam, antes de tudo, as condições de vida dos trabalhadores iranianos comuns. Acreditamos que esta tarefa pertence ao povo iraniano que está se mobilizando hoje nas ruas, devemos desenvolver seu poder para afetar a mudança de forma independente. A chave para o êxito deste movimento radica na formação de uma direção independente da classe operária que possa organizar este crescente movimento de massas, para propor um caminho para as lutas, unindo as demandas da juventude, mulheres, sindicatos e do povo curdo, e apresentar uma alternativa ao regime de Khamenei.  Os trabalhadores de todo o mundo devem se solidarizar com os protestos, participando das concentrações de solidariedade que exigem a libertação de todos os presos políticos, enviando apoio material às organizações da classe operária no âmbito que alimentam a luta, e exigindo o fim imediato das sanções estadunidenses.

Notas:

  1.  https://foreignpolicy.com/2022/09/29/iran-protest-hijab-mahsa-amini-raisi/
  2. https://www.bbc.com/news/world-middle-east-63170486
  3. https://foreignpolicy.com/2022/09/23/iran-hijab-protests-regime-reform-islamist-tehran-khamenei/
  4.  https://litci.org/en/iran-woman-life-freedom-protests-in-iran-for-gender-equality-and-social-justice/
  5. https://www.juancole.com/2022/09/dishonoring-constitutional-revolution.html
  6. https://www.aljazeera.com/news/2022/10/3/students-injured-after-security-forces-raid-iran-university
  7. https://merip.org/2021/08/labor-organizing-on-the-rise-among-iranian-oil-workers/
  8. https://www.rferl.org/a/iran-oil-workers-threaten-strike-crackdown-amini/32054705.html
  9.  
  10. https://www.wsj.com/articles/iran-protests-are-proving-a-durable-challenge-to-the-islamic-republic-11665319812
  11. https://www.theatlantic.com/ideas/archive/2021/06/iran-president-raisi-biden/619252/
  12. https://www.al-monitor.com/originals/2022/07/iranian-women-under-pressure-raisi-stiffens-hijab-mandate
  13.  https://www.rferl.org/a/iran-surveillance-cameras-identify-women-hijab-rules/32010957.html
  14.  https://www.rferl.org/a/iran-surveillance-cameras-identify-women-hijab-rules/32010957.html
  15. https://asiatimes.com/2022/09/crisis-in-iran-raisis-hijab-hype-backfiring-badly/
  16. https://www.reuters.com/world/middle-east/irans-nationwide-protests-pile-pressure-state-2022-09-28/
  17. https://twitter.com/ThomasVLinge/status/1573385712040550400?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1573389516827930624%7Ctwgr%5Ebdacbc7c1e13bd4e06c03ed57c8d6fbeedbda489%7Ctwcon%5Es2_&ref_url=https%3A%2F%2F
  18. www.middleeasteye.net%2Fnews%2Firan-mahsa-amini-protests-qom-clerics-silence-irehttps://www.middleeasteye.net/news/iran-mahsa-amini-protests-qom-clerics-silence-ire
  19. https://www.reuters.com/world/middle-east/irans-nationwide-protests-pile-pressure-state-2022-09-28/
  20. https://inthesetimes.com/article/iran-protest-gender-justice-mahsa-zhina-amini-union-labor
  21. https://litci.org/en/changing-the-story-of-iranian-popular-resistance/
  22. https://litci.org/en/will-the-iranian-mass-protests-stop/
  23. https://www.wsj.com/articles/iran-protests-economy-sanctions-religious-police-11664891763
  24. https://www.economist.com/leaders/2022/09/29/irans-tired-regime-is-living-on-borrowed-time
  25. Tem sido desde os anos 30 uma ferramenta de dominação imperialista. Recentemente se converteram na principal ferramenta do imperialismo estadunidense no período neoliberal para coagir outras nações a aceitarem sua visão da ordem mundial. Como explica o historiador Nicholas Mulder, os Estados Unidos têm sido o “usuário mais ávido” das sanções como arma nas últimas três décadas: “o uso de sanções duplicou nas décadas de 1990 e 2000 em relação ao seu nível no período de 1950 a 1985; na década de 2010 duplicou de novo”. Isto tem a ver com o papel dominante que o dólar desempenha na economia mundial desde a década de 1970, ao ser “o meio mais popular para o comércio mundial e a emissão de dívida” e o domínio das mudanças por Wall Street.  https://foreignpolicy.com/2022/01/30/us-sanctions-reliance-results/
  26. https://www.wsj.com/articles/iran-protests-economy-sanctions-religious-police-11664891763
  27. https://www.wsj.com/articles/iran-protests-economy-sanctions-religious-police-11664891763
  28. https://www.aljazeera.com/news/2022/10/3/us-to-impose-additional-costs-on-iran-amid-protests-biden-says

Tradução: Lilian Enck

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