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sexta-feira, outubro 25, 2024

Abaixo o aumento de preços!

Um aumento generalizado de preços atinge novamente trabalhadores, aposentados e setores populares. A nova alta de combustíveis que o governo resolveu em março, escondendo-se atrás das causas da invasão russa da Ucrânia, foi agora acompanhada por uma onda de aumentos nos produtos da cesta básica.

Por: IST-Uruguai

A farinha subiu 10% e nas próximas semanas voltará a subir na mesma proporção. Ou seja, aumentará 20% em menos de um mês. Como consequência óbvia, já é esperado o aumento do pão e seus derivados.

Por outro lado, o leite subiu para US$ 37 e já estão anunciando um aumento do óleo. A carne, que aumentou 25% nos últimos dois meses (e que levou o jornal El Observador a colocar em manchete “um quilo de milanesas é mais de US$ 500”), foi anunciado que continuará aumentando.

A caixa de 30 ovos que um trabalhador podia comprar na feira até menos de um mês atrás por 130 ou 150 pesos dobrou e agora custa entre 270 e até 300!

Esse golpe nos bolsos dos trabalhadores e setores populares está sendo feito enquanto os empresários agroexportadores esfregam as mãos para continuar aumentando seus lucros exorbitantes com a exportação de trigo, soja, carne, entre outras matérias-primas.

O documento da Presidência da República informa que em 2021 “As exportações de bens agroindustriais (incluindo celulose), foram um recorde histórico superior a USD 8.000 milhões, 28% acima do ano de 2020” (1)

Como exemplo, a Marfrig, uma das principais multinacionais proprietárias de frigoríficos no Uruguai, faturou 1,7 bilhões de dólares em 2021 pela exportação de carne (2).

Esses industriais, latifundiários e grandes empresários são os que acumulam fortunas enquanto os salários diminuem e as panelas populares se tornam parte natural da paisagem do nosso país. Essas são as “malla oro” (ricos, ndt) para as quais a Coalizão de Lacalle Pou governa.

Votar SIM e organizar a luta nas ruas para frear os aumentos e os ataques do governo

É preciso votar SIM em 27 de março para atingir o governo e expressar uma rejeição retumbante ao seu plano de cortes, privatizações e fome.

Mas, como afirmamos em nosso editorial de Rebelión do mês de março, a campanha do SIM deve servir fundamentalmente para “aprofundar a organização desde a base e a luta contra o governo entreguista“. (3)

Se quisermos deter esses ataques, será preciso levar a luta às ruas, com manifestações, greves, piquetes e assembleias, exigindo que nossos sindicatos e do PITCNT (Plenário Intersindical dos Trabalhadores – Convenção Nacional dos Trabalhadores) que se coloquem à frente da luta.

O aprofundamento da crise capitalista nos leva a uma dinâmica de maiores ataques por parte dos governos e piora das condições de vida.

É por isso que devemos nos preparar para lutas duras, que todos os trabalhadores e setores populares devem lutar de forma unificada para impor um plano econômico a nosso serviço e não dos “malla oro”:

NÃO AOS AUMENTOS DE PREÇOS, QUE A CRISE SEJA PAGA PELOS TRABALHADORES.

AUMENTO GERAL DE SALÁRIOS (mínimo de $ 50, meia cesta familiar).

ELIMINAÇÃO DO I.V.A. E CONGELAMENTO DE PREÇOS DOS PRODUTOS DA CESTA BÁSICA.

IMPOSTOS PROGRESSIVOS SOBRE O GRANDE CAPITAL QUE ESTÃO FAZENDO FORTUNA.

NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA.

Notas

1) https://medios.presidencia.gub.uy/tav_portal/2022/noticias/AJ_046/nuestro-pais-en-cifras.pdf

2) https://www.elobservador.com.uy/nota/marfrig-el-mayor-frigorifico-de-uruguay-tuve-una-ganancia-record-pt-2021-2022310135546

3) https://www.ist.uy/votar-si-y-derrotar-la-gobierno-en-las-calles/

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