Colômbia| Parar a repressão e a violência sexual como arma contra a Paralisação

A Comissão da Mulher do Partido Socialista dos Trabalhadores repudia veementemente a brutal repressão ordenada pelo Governo de Iván Duque contra os manifestantes, especialmente contra a Juventude, e condena os atos de machismo e violência sexual perpetrados pela polícia nacional e pelo Exército no âmbito de suas ações repressivas contra a Paralisação Nacional de 2021.
Organizações feministas e de direitos humanos tornaram visíveis às queixas das mulheres afetadas, contando até agora com 6 casos de estupro e inúmeros testemunhos de insultos machistas e ameaças de estupro. Inclusive uma das jovens estupradas é filha de um membro da polícia.
Em vários vídeos que circularam no Twitter, fica evidente que, longe de serem fatos isolados, é uma política sistemática de instrução e tortura contra as jovens manifestantes e contra as mulheres em geral. Das mulheres detidas que foram libertadas, uma constante foram as ameaças e comentários sexuais, assim como as apalpadelas perpetradas por mulheres do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (ESMAD). Em um vídeo, os membros do ESMAD incentivam uns aos outros a “fazerem o que quiserem” com as manifestantes, em outro vídeo os soldados se gravam ameaçando que “uma mulher que pegamos, uma mulher que estupramos”. É a expressão de que o estupro é utilizado como arma de forma sistemática pelos organismos repressivos e que é parte indissociável de seu treinamento militar.
Além de denunciar e repudiar esses fatos, devemos nos organizar para nos defendermos dessa possível violência, em todas as assembleias e reuniões, dar visibilidade ao tema e buscar medidas especiais de proteção às mulheres nas mobilizações.
Da mesma forma, como cada assassinato, a greve deve continuar até que os responsáveis por estes fatos e aqueles que deram a ordem sejam presos. Iván Duque é o responsável por esta situação em que a repressão e a tortura são a resposta às demandas das massas empobrecidas .
Fora Duque!
Julgamento e punição para os culpados