qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Todos na greve geral de 24 de novembro

Por causa da chamada “crise”, o governo de Passos Coelho/Paulo Portas aprovou a maior ofensiva contra os salários, as aposentadorias e os direitos dos trabalhadores e da população.

Os cortes nos serviços de saúde e no ensino público, o aumento de todos os impostos e taxas (na alimentação, na habitação, nos pedágios das estradas), o brutal aumento dos transportes, da eletricidade e do gás, além do roubo de 2 salários (13º e subsídio de Natal) e da maior diminuição dos salários mensais da Administração Pública, afetando milhões de trabalhadores, são motivos de indignação e revolta popular.

Como se este brutal ataque não bastasse, os capitalistas e banqueiros querem mais e aproveitam a ocasião para exigir alterações nas leis trabalhistas para permitir a demissão sem justa causa e reduzir a quase nada as indenizações pagas aos trabalhadores demitidos. Da parte do governo, estas alterações são bem-vindas e ainda agravadas com uma menor duração para o seguro-desemprego, como se fosse fácil encontrar trabalho num país que já tem quase 1 milhão de desempregados.

A situação é de profunda indignação para os pobres e trabalhadores, e os ricos continuam a ficar cada vez mais ricos, dentro e fora do governo. É hora de esta indignação se transformar em revolta. E o dia de Greve Geral, convocado para 24 de Novembro, é mais uma oportunidade de trazermos à rua a nossa revolta pelo roubo que estão nos impondo, querendo que sejamos nós a pagar uma dívida que foi utilizada pelos capitalistas e seus governos para encherem os seus cofres e contas bancárias e continuarem a viver como reis, enquanto milhões de trabalhadores e pensionistas passam por situações de miséria.

Esta dívida não é nossa e por isso devemos exigir a imediata suspensão do seu pagamento, tal como foi votado na manifestação de 15 de Outubro, na assembleia popular que reuniu milhares de manifestantes em Lisboa e ocupou a escadaria do Parlamento, em São Bento.

O dia 24 de Novembro será o dia em que milhões de trabalhadores irão participar da Greve Geral, nas empresas e serviços, mas também na rua em concentrações e manifestações. Neste sentido, a manifestação para esse dia, convocada pelos movimentos que organizaram o 15 de Outubro em Lisboa, deverá ser a manifestação unificadora das indignações dos trabalhadores de vários setores, dos precarizados, dos desempregados e da juventude estudantil. Será também a expressão deste descontentamento que dará maior garantia de continuidade dos protestos e da luta até a derrota da política deste governo e da troika.

A atual política, seguida por vários governos da União Europeia, conduz a maior parte dos trabalhadores à fome e à pobreza, seja em Portugal, na Grécia, na Espanha ou na Irlanda. É urgente combater esta política e este tipo de UE a serviço do capital e que provocou a crise.

Perante a crise que afeta a Europa, a resposta dos trabalhadores também tem de caminhar para ser unificada por toda a Europa. Se as velhas centrais sindicais e as esquerdas parlamentares não dão resposta, o que é preciso é dar fôlego aos novos movimentos de contestação que estão surgindo pela Europa e pelo mundo e que podem assumir uma dinâmica anticapitalista.

Fonte: rupturafer.org

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