qui abr 18, 2024
quinta-feira, abril 18, 2024

PSTU realizará 5° Encontro Nacional de Mulheres

Evento vai debater a atualização do programa socialista para as mulheres trabalhadoras
 
A eleição de Dilma, primeira mulher presidente do Brasil, não tem servido para mudar a realidade das mulheres pobres e trabalhadoras. Os programas desenvolvidos pelo governo, ao invés de transformarem a triste realidade das mulheres, acabam reforçando a opressão e a exploração. O compromisso de Dilma com os banqueiros, grandes empresários, latifundiários do agronegócio e a bancada conservadora do congresso impede que haja de fato conquistas para as mulheres da nossa classe.
 
Cada vez fica mais claro que é preciso construir uma alternativa socialista e dos trabalhadores e trabalhadoras que se materialize em um programa que seja um verdadeiro instrumento para transformar as condições de vida das mulheres.
 
Um programa que não se submeta aos interesses do capital, que rompa com a lógica cortar verbas das áreas sociais para engordar o lucro dos banqueiros. Um programa que garanta acesso pleno à moradia, saúde e educação. Um programa que rompa com os conservadores e com a hipocrisia para de fato garantir o direito à maternidade e também ao aborto, para que nenhuma mulher mais morra por ter esses direitos negados!
 
Um programa para armar a luta de todas as mulheres trabalhadoras contra esse sistema de exploração e opressão, tendo como estratégia a emancipação da mulher e a construção do socialismo.
 
É com este objetivo que o PSTU realizará o seu 5° Encontro de Mulheres. Companheiras de diversas categorias, dos canteiros de obras, bancos, escolas e universidades, que convivem e se enfrentam cotidianamente com a opressão e a exploração se reunirão para, a partir da sua realidade, da situação da luta de classes e de todo o acúmulo histórico da luta das revolucionárias, contribuírem para esta elaboração.
 
Dentro do movimento dos trabalhadores
 
Outra tarefa do Encontro é o debate de como combater o machismo que dificulta a participação das mulheres nos sindicatos e no movimento em geral. O machismo divide a classe e impede que mais mulheres venham para a luta. Mulheres e homens devem lutar lado a lado para combater o machismo disseminado pela burguesia. As mulheres precisam estar fortalecidas e terem os homens como aliados no combate que é permanente. Nos sindicatos, nos movimentos sociais e estudantis, na CSP-Conlutas e na ANEL, precisamos de exemplos de organização das mulheres que possam ser referência no combate ao machismo e agreguem mais mulheres para a luta!
 
Mulheres do PSTU
 
Em outubro de 2011, o PSTU realizou seu 7º Congresso Nacional. O evento reforçou a necessidade da organização das mulheres no interior do partido, para fortalecer e formar cada vez mais quadros mulheres dirigentes. O 5° Encontro Nacional de Mulheres, aprovado no Congresso, representa o fortalecimento das secretarias de mulheres (nacional e regionais), como espaços especiais de elaboração sobre o tema. A realização do Encontro é, para nós mulheres do PSTU, uma afirmação da tradição do partido bolchevique de Clara Zetkin e Lênin, que deu à mulher seu verdadeiro lugar na hierarquia do programa do partido e nas necessidades dos trabalhadores, cujo fim é a libertação da humanidade. Já dizia Lênin, “os trabalhadores não alcançarão a emancipação completa se não for conquistada primeiro a completa emancipação das mulheres.”
 
Venha para o PSTU!
 
Mulher trabalhadora, jovem e socialista, seu lugar é no partido revolucionário!
 
As mulheres do PSTU aproveitam este momento importante para fazer um chamado às companheiras que estão lado a lado com nossa militância na luta de cada categoria, escola, universidade, ocupação: venham conhecer e debater conosco um programa socialista para as mulheres da nossa classe!
 
Não concordamos com visões de partidos como o PT, de que o feminismo une as mulheres independente de sua classe social, e de que é possível a mulher individualmente vencer preconceitos e desigualdades em meio ao capitalismo.
 
Reivindicamos os ensinamentos de Lênin, sobre a revolução russa de 1917: “[a revolução] abre verdadeiramente o caminho para a completa igualdade social da mulher. Elimina mais preconceitos que a montanha de escritos sobre a igualdade feminina.”
 
Também não concordamos com a visão stalinista, que infelizmente atinge organizações da esquerda socialista, de que a opressão só será resolvida depois da revolução com o socialismo. Assim, o tema se torna secundário, menos importante ou só assusto de mulher.
 
Para nós só é possível vencer se a classe trabalhadora – homens e mulheres – estiver unida. A luta contra as opressões é a mais digna e humana das bandeiras dos trabalhadores, portanto é inadiável. Para nós, socialismo com machismo e opressão não é socialismo.
 
Somos mulheres e homens que combatemos o machismo seja onde for, na sociedade, na luta contra os ataques dos governos, dentro do movimento sindical e estudantil e inclusive dentro do partido. Para essa luta, contra o capitalismo suas mazelas, pela defesa da unidade dos trabalhadores, chamamos todos os lutadores e, especialmente, as mulheres a se engajarem. Com vocês teremos mais chances de sermos vitoriosos!
 
Fonte: Jornal Opinião Socialista no. 439
 

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