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sexta-feira, março 29, 2024

Portugal | Nota de repúdio às agressões fascistas contra a esquerda

A grande manifestação de protesto contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, realizada no domingo, 27 de fevereiro, em Lisboa, teve dois episódios a lamentar. Num deles, quatro indivíduos, dois deles portugueses e os demais supostamente ucranianos, agrediram fisicamente uma ativista da organização Em Luta e rasgaram os panfletos que distribuía, junto com seus companheiros.

Em Luta

Durante o conflito, os agressores justificaram a sua atitude proclamando, aos gritos, que os panfletos distribuídos apoiariam a Rússia e a invasão da Ucrânia, uma afirmação facilmente desmentida até pelo título do panfleto: “Pela derrota da invasão militar russa à Ucrânia”.

A segunda agressão teve como alvo os ativistas da Esquerda Revolucionária, cuja banca onde expunham material de propaganda da sua organização foi violentamente derrubada por indivíduos que, da mesma forma que os já citados, acusavam-na de apoiar a invasão russa, uma mentira igualmente sem qualquer fundamento. Na verdade, tratou-se de um ataque a organizações de esquerda, possivelmente praticado por indivíduos de extrema-direita com o objetivo de intimidá-las.

Um outro fato junta-se a esses para demonstrar que há motivos para estarmos alertas. Nas redes sociais, o neonazi Mário Machado admitiu a intenção da extrema-direita portuguesa de invadir e destruir as sedes do Partido Comunista Português (PCP). Esses três incidentes devem ser repudiados pela esquerda e pelos democratas porque atacam o direito de opinião, manifestação e organização dos trabalhadores e da população. São atitudes fascistas que não podem ser toleradas e devem ser repudiadas e combatidas com firmeza por todos.

Esses episódios em nada retiram a legitimidade das manifestações contra a invasão e de solidariedade ao povo ucraniano, realizadas em Lisboa e por todo o mundo. O Em Luta continuará a participar desses atos e chama a todos os que defendem a paz, a justiça e o direito à soberania dos povos a fazê-lo. Ao mesmo tempo, estaremos na linha de frente do combate aos fascistas e às suas práticas criminosas.

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