seg abr 15, 2024
segunda-feira, abril 15, 2024

Por onde começar para preparar as condições para uma Greve Geral

Os conflitos que vem ocorrendo podem ser um divisor de águas, ou seja, por onde começar para conseguir a ofensiva necessária para derrotar o plano de ajuste econômico, o acordo com o FMI e dessa forma poder romper o Governo e os empresários locais e estrangeiros.

Por: PSTU – Argentina

Estas experiências que os trabalhadores e trabalhadoras vem fazendo, devem nos permitir tirar conclusões sobre as limitações da luta sindical atual. Que devemos ir, por exemplo, assumir fábricas com ocupações e propor a abertura de livros contábeis, o controle operário da produção. Sem ir mais longe, o conflito do SUTNA por melhoria salarial poderia incorporar estas demandas entre empregados e desempregados, para que companheiros desempregados e desempregadas entrem, o que seria uma verdadeira alternativa de luta contra a quietude da CGT (Confederação Geral do trabalho), CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) e da UTEP (União de Trabalhadores/as da Economia Popular)

O mesmo nos campos petrolíferos e mineradores, a partir dali se poderia não apenas lutar pelas 8 horas ou a distribuição de horas na indústria, mas também se impor a recomposição ambiental para que dezenas de mulheres e homens possam ter trabalhos genuínos, o mesmo que nos principais portos ou refinarias do país.

Para isso, são fundamentais as bolsas de emprego entre os trabalhadores empregados e das organizações piqueteiras, dessa maneira conseguiremos a unidade, a partir de cada luta fazer comitês ou comissões de luta que ampliem as tarefas dos delegados sindicais. Por isso, a tarefa que temos pela frente é que a partir de baixo vamos forjando todas estas condições para a greve geral com os dirigentes à cabeça ou com a cabeça dos dirigentes.

SUTNA (Sindicato Único dos Trabalhadores da Borracha da Argentina) 

Na sexta-feira 3 de junho foi realizada uma nova paralisação de atividades por 24 horas, em um contexto de falta crescente de coberturas e com os terminais automotrizes no limite de suas provisões. As discussões com Bridgestone, Pirelli e Fate voltaram ontem a ser travadas em torno da demanda central do sindicato de elevar para 200% o pagamento extra pelas horas trabalhadas durante os fins de semana.

ATECH (Associação de Trabalhadores da Educação de Chubut)

Depois da falida negociação com o Governo provincial, os docentes realizaram ontem o primeiro dia de protesto estabelecida na paralisação de 48 horas decidida pela ATECH para 2 e 3 de junho, com apoio nas assembleias escolares. Os professores marcharam com tochas pelas ruas de Trelew, expondo seu rechaço à oferta de aumento salarial emitida pelo Executivo na semana passada, que consiste em torno de 15% a ser pago em três parcelas.

Petroleiros de Santa Cruz

Em 28 de maio, realizou-se uma massiva assembleia na capital provincial, onde a partir do Sindicato Petroleiro de Santa Cruz se anunciou uma paralisação geral da atividade, devido à falta de respostas em relação à demanda que se mantém com Interoil. “Uma empresa respaldada pelo governo de Alicia Krischner. Estes senhores não conheciam a cor do petróleo, nem onde estavam os campos petrolíferos. Foi o próprio governo que deu um negócio pronto, sem nenhum requerimento. Não perfurou, não investiu um só peso, e comeu as reservas petroleiras e de gás” ,manifestou Rafael Guenchenen, secretário adjunto da entidade.

Petroleiros de Chubut

Em 30 de maio iniciaram uma medida de força em Burgwardt. O delegado desta empresa, José Bahamonde, confirmou que a partir de hoje 180 trabalhadores iniciaram uma medida de ação direta na demanda de melhorias salariais. “Esta empresa não respeita nem o que é assinado a nível paritário, nem nosso acordo coletivo. Na sexta-feira deixaram claro que se negam a pagar tudo”, disse.

ATE Rio Negro (Associação de Trabalhadores do Estado)

ATE expressou em um comunicado que não podem agir como agiram com eles e que os governos não podem proscrever as e os trabalhadores que os Estados devem tutelar.

“Não é possível desconhecer o efeito negativo que a pandemia teve sobre os trabalhadores hospitalares, que continuam com jornadas e formas de trabalho nunca antes vistas, como também não se pode ignorar o efeito demolidor que a inflação tem sobre os salários”.

Piqueteiros 

Na quarta-feira 1º de junho o centro da Cidade de Buenos Aires foi o cenário de uma nova mobilização popular. Desde as 9 horas, integrantes de organizações sociais e piqueteiras se concentraram no Obelisco para reclamar ao Governo portenho maior assistência para as cozinhas populares.

A manifestação denominada “Panelaço” começou no Obelisco portenho, onde dezenas de pessoas começaram a se juntar desde cedo. De acordo ao que as organizações informaram, a ideia foi marchar para a sede do Governo da Cidade.

UOM (União Operária Metalúrgica)

Após a paralisação por tempo indeterminado, a UOM Tierra del Fuego está a um passo de assinar uma negociação de 20 pontos superior à que Caló deixou.

A câmara empresarial das empresas eletrônicas fueguinas enviou uma nova proposta de aumento salarial aos integrantes da UOM Rio Grande. A proposta foi de 65% a ser paga em três vezes com uma soma não remunerada de $45000 pesos, que supera em 20 pontos o acordo que Caló havia alcançado e em 10, à primeira oferta empresarial a esta demanda.

Tradução: Lilian Enck

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