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quinta-feira, março 28, 2024

Nenhuma família sem comida, energia elétrica e água

A taxa de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social já representa 29,2% da população (era 26% em 2010), segundo os dados oficiais do INE (Instituto Nacional de Estatística). Esses níveis de miséria são elementos de barbárie num país que, segundo os diferentes governos, faz parte da Liga dos Campeões do “mundo desenvolvido”.

Por: Corriente Roja

Segundo o último relatório da Unicef, em 2013, a população infantil em risco de pobreza é de 36,3%: cerca de 2,5 milhões de crianças abaixo da linha da pobreza!

Deve-se garantir, por lei, para as pessoas com menos recursos o direito à comida, à energia elétrica e à água. São direitos universais irrenunciáveis.

É necessário um plano de emergência social que garanta que nenhuma família fique sem alimento, moradia, educação e saúde. Os cortes dos últimos anos afetaram drasticamente os serviços públicos básicos. A saúde pública perdeu quase 10 bilhões de euros durante a crise e há uns 5.000 trabalhadores e 6.000 leitos a menos nos hospitais.

Estabelecer um salário mínimo para todas as profissões e aposentadorias mínimas em nível europeu é uma medida da máxima urgência.

Nem mais um euro para os banqueiros. Esses parasitas estão na origem da pobreza da maioria da população trabalhadora. Os governos do PP e antes do PSOE presentearam os banqueiros com mais de 43 bilhões de euros e comprometeram muito mais em seu favor. As famílias mais ricas, como os Ortega e os Botín, não param de lucrar. Para eles, não há crise. Enquanto isso, a renda nos lares espanhóis, de meados de 2014 até meados deste ano, teve uma queda média de 15,7%.

Defendemos a revogação do artigo 135 da Constituição que dá “prioridade absoluta” ao pagamento da dívida aos banqueiros e especuladores. A solução é decretar a moratória dos pagamentos, enquanto se realiza uma auditoria.

Por último, deve-se realizar uma reforma fiscal profunda para que os que agora são isentos passem a pagar impostos: os grandes empresários, os ricos, os especuladores e a Igreja.

Publicado em Página Roja – Segunda Época n.° 35, dezembro de 2015.

Tradução: Suely Corvacho

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