qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Faz falta uma greve geral de toda a comunidade da educação

Declaração de Corriente Roja sobre a luta da educação em Madri.

Os cortes na educação pública são um ataque direto aos trabalhadores e setores populares e geraram uma forte resposta dos professores, estudantes e até dos pais e mães de alunos. As greves têm seguido com força nas comunidades autônomas onde ocorreram os cortes deste ano, especialmente em Madri, onde a mobilização foi mais forte. (…)

Foram os professores e professores que obrigaram em Madri que as jornadas de greve fossem convocadas,
com sua massiva presença na assembléia que os sindicatos majoritários do setor convocaram. (…) Os professores não somente foram massivamente às greves e manifestações, mas estão se reunindo em assembléias, informando em vários centros os estudantes e os pais e mães dos alunos, levantando suas reivindicações e exigindo a convocação de greves mais contundentes para parar de vez com estes cortes.
 
As centrais sindicais majoritárias e a divisão
 
Tivemos que esperar até a convocação da greve geral do dia 20 de outubro em Madri, jornada convocada por todos os sindicatos da educação, para que de uma vez os sindicatos CCOO, UGT e STEM se dignassem a convocar também a greve na educação primária e infantil em Madri. Sem embargo, a tônica geral segue sendo a de tratar de dividir uma luta que está unindo cada dia mais os professores, estudantes e suas famílias.

Vemos que os cortes se estão generalizando e que está claro que depois das eleições vão se aprofundar em todo o Estado. Mas até agora a burocracia sindical do setor não quis chamar uma greve geral de toda a educação. O último gesto que encheu a paciência do professorado foi a negativa em Madri EM convocar jornadas de greve durante o período eleitoral. Por que? O que podemos esperar destas eleições? Acaso se desse um improvável triunfo do PSOE algo mudaria? (…)

O professorado e os estudantes se organizam
 
A maioria das assembléias dos centros querem uma greve unitária, por isto a Assembléia Geral de Representantes convocou greve para os dias 19 e 20 de outubro, com o amparo legal dos sindicatos minoritários como CGT, CNT e o apoio de outros.  A esta greve também estão chamando os estudantes que também começaram a se organizar a partir de seus centros de estudo e formado um assembléia inter-institutos. Nas mobilizações estão participando também muitos pais e mães de alunos e a AMPAS (Associação de mães e pais de alunos).

Unir e estender as mobilizações
 
Na luta da educação pública, como na da saúde, estamos jogando muito, se conseguem fazer os cortes passarem estes serão apenas os primeiros de uma série que nos levará à privatização dos serviços públicos, onde a educação e a saúde de qualidade serão um privilégio de poucos. (…) Para ganhar esta batalha é necessário unificar todas as lutas em defesa do que é público. É preciso desenvolver a luta da educação a partir de cada local de trabalho, ajudá-los a ganhar por que se ganhamos a luta pela educação pública todos ganham e será mais difícil nos impor novas “reformas” trabalhistas e cortes de direitos.
 
A marcha em Madri no dia 22 pode ser o momento em que a partir de todos os rincões do Estado exijamos a convocação de uma greve geral para unificar todas as lutas da educação. Existem diferentes plataformas que se estão discutindo em todo o estado com as reivindicações específicas de cada lugar, mas podemos resumir estas em algumas muito concretas: Não aos cortes na educação, e que isto se dê por lei, não à demissão dos provisórios, recuperar o terreno perdido nestes anos na educação primária, infantil e na universidade (abaixo o Plano Bolonha)
 
Não à privatização do ensino!
 
Por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos e todas!
 
Fonte: Bandera Roja n 8, novembro de 2011
 
Tradução: Arthur Gibson

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