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sexta-feira, abril 19, 2024

Repudiamos a repressão e o autoritarismo do governo

O 8 de maio passado foi marcado por um novo episódio repressivo contra o protesto social na Costa Rica. Nesse dia a polícia atuou com um alto grau de brutalidade e atentou contra a integridade de pessoas que manifestavam sua rejeição à continuidade neoliberal do governo Arias-Chinchilla.
 
O próprio Ministro de Segurança Pública justificou a atuação da polícia e anunciou que durante esta administração essa será a forma de atuar contra o protesto social. O governo em seu conjunto e as grandes empresas da mídia apresentam esta ação como uma atuação de rigor, mas na realidade a postura da polícia constitui uma clara violação aos direitos humanos e uma atitude hostil e repressiva contra aqueles que manifestam uma posição política diferente à do governo.
 
O que aconteceu em 8 de maio não é um fato isolado, temos visto com preocupação e indignação como a polícia interveio de forma violenta na Universidade da Costa Rica em 12 de abril ou nas manifestações do dia 29 de abril em Limón onde foram presas 23 pessoas de forma arbitrária e ainda hoje a companheira Paulina Briones permanece detida como prisioneira política.
 
Com repressão terminou o governo de Oscar Arias e com repressão começou o governo de Laura Chinchilla. A nova presidenta tem que prestar contas pelas prisões arbitrárias, pela atitude autoritária das forças policiais e pela prisão por critérios políticos da pescadora limonense Paulina Briones.
 
Ações como as assinaladas têm como objetivo amedrontar o movimento social que levanta sua voz contra os planos neoliberais representados na Lei de Emprego Público, a Lei Geral de Eletricidade, a exploração dos recursos naturais em Crucitas e Sardinal, a privatização dos portos de Limón, a redução do orçamento público para a educação e contra a extensa lista de reformas proposta as câmeras empresariais em seus “temas prioritários para potenciar o desenvolvimento do país”.
 
Laura Chinchilla pretende continuar impondo pela força seus planos contrários aos interesses e necessidades da maioria da população da Costa Rica e por isso está disposta a assumir uma atitude autoritária contra o protesto social. É por isso que fazemos um chamado à unidade de todos os setores sociais para lutar contra as medidas autoritárias do governo e contra a agenda neoliberal em curso.

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