O Vaticano confirmou a expulsão do sacerdote Mauricio Víquez, que enfrentava 9 acusações canônicas e uma de tipo penal por abusos sexuais cometidos contra menores de idade. No momento seu paradeiro é desconhecido, pois saiu do país quando a Igreja o avisou sobre a denúncia penal contra ele, a única que poderia levá-lo à prisão.
Por: PT-Costa Rica
Desde 2003 a Igreja recebeu a denuncia por estes crimes sexuais, mas foi apenas em 2018 que decidiram suspendê-lo do ofício sacerdotal. Nos últimos 10 anos, 29 sacerdotes da Igreja Católica na Costa Rica foram denunciados por atos de abuso sexual, a maioria contra menores de idade.
A partir dos numerosos escândalos de pedofilia e sobretudo de seu encobrimento, o Vaticano realizou uma cúpula contra a pederastia, no mês passado, para tentar limpar sua imagem. Mas o problema está no próprio coração do Vaticano. Recentemente o cardeal George Pell, tesoureiro do Vaticano e assessor próximo ao Papa Francisco, foi considerado culpado da acusação de penetração sexual de um menino e quatro acusações de atos indecentes em presença de um menino.
A necessária separação entre a Igreja e o Estado
Ainda que respeitemos o direito das pessoas de seguir suas crenças religiosas, acreditamos que a religião compete a um espaço pessoal e por isso mesmo as igrejas não deveriam envolver-se em assuntos de política que competem ao Estado, onde acabam colocando-se do lado dos setores mais poderosos.
O ex sacerdote Mauricio Víquez foi porta-voz da Igreja em temas de família, a pesar de ser ele próprio um abusador de menores e agora um foragido. Também defendeu através de suas mensagens a aprovação do Tratado de Livre Comércio que gerou maior pobreza no país.
Por isso exigimos que todos os casos de abusos e violações sexuais na Igreja sejam julgados, e para isso também é necessário que exista uma separação entre os assuntos da Igreja e do Estado.
Tradução: Lilian Enck