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sexta-feira, março 29, 2024

Costa Rica: Boletim de greve de 26 de setembro

Nesta quarta-feira, 26 de setembro, após 17 dias de greve contra o Plano Fiscal, uma grande manifestação nacional foi realizada novamente em San José. Ônibus lotados de manifestantes se dispuseram a sair desde as primeiras horas da manhã a partir de diferentes partes do país. Muitos deles se enfrentaram com as ações repressivas do governo, que prenderam dezenas de ônibus em todas as províncias para impedir que chegassem à manifestação.

Recebemos relatos de ações das forças de segurança e da polícia de trânsito que impediram que os ônibus continuassem. Eles vinham de Liberia, Los Chiles, Palmar norte e sul, zona Sul, Guápiles, Siquirres, Upala, Grécia, San Ramon, Pérez Zeledón, Heredia.

Também foram relatados operativos da polícia em Sucre San Carlos, Naranjo, a um quilômetro do cruzamento, em Esparza, em frente `feira do agricultor, rodovia 32, cruzamento Guápiles- Sarapiqui, Puriscal, Cartago e Rodovia 27.

Os taxistas se juntaram às ações de operação tartaruga em setores do Parque de la Paz e da rodovia General Cañas.

Neste 27 de setembro, as ações regionalizadas continuarão em todo o país.

O bloco sindical do Sur Sur informa que eles estarão realizando uma vigília em Golfito a partir das 17h, explicando o projeto de 20.580 para a população.

São 3 semanas de greve que depois de 17 dias, ontem mostrou novamente sua contundente força. Enfrentamos a campanha de medo que tentou iniciar o governo no dia anterior ao anúncio dos “títulos do tesouro” e enfrentamos as políticas repressivas do governo que tentou impedir a chegada dos grevistas usando medidas repressivas e evitando a circulação dos ônibus. Isso mostra a disposição de continuar lutando até derrotar o Plano Fiscal.

Mas, apesar de que somos fortes, temos que considerar em que situação estamos. Embora hoje tenhamos sido milhares nas ruas, quem está ganhando é o governo, porque usa o fator tempo para enfraquecer o movimento.

Na recente mensagem emitida pelo Presidente Alvarado através da Rede Nacional, ele pediu aos tribunais para acelerar as declarações de ilegalidade da greve, apostando em enfraquecer o movimento.

Então o que temos que fazer para enfrentar o tempo que passa e joga contra nós, é acelerar o processo para derrotar o plano fiscal, e nossa única saída para isso é radicalizar a luta, retomando as ações de rua, seguindo o exemplo das regiões que sustentaram os bloqueios, para fortalecê-los e também estendê-los ao vale central.

Tudo isso deve passar por uma ampla discussão das bases do movimento, para que as pessoas mobilizadas tenham a possibilidade decidir sobre as ações da greve. A participação democrática das bases é fundamental nesse processo, e para isso elas devem ser informadas sobre o que está acontecendo na mesa de negociações e poder acompanhar passo a passo. É por isso que propomos que as mesas de negociação realizem transmissões abertas para que as discussões sejam conhecidas por todos os setores em luta.

Assembleias e bloqueios em todo o país para derrotar o Plano Fiscal!

tradução: Lena Souza

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