Hoje, [14/09], o juiz Sergio Torres rejeitou o pedido de liberação solicitado pelo nosso companheiro e dirigente Daniel Ruiz e o transferiu para a prisão de Marcos Paz.
Por: PSTU-Argentina
O pedido foi apresentado na quinta-feira por meio de seu advogado Martín Alderete, membro do CADEP (Coordenadora Antirrepressiva pelos Direitos do Povo) e Mario Villareal, advogado e militante do PSTU.
Daniel é um operário petroleiro e faz parte da coordenação que atualmente está organizando o repúdio à Cúpula do G20 na Argentina em 30 de novembro.
Esta é mais uma violação das liberdades democráticas que o juiz Torres está realizando como instrumento e em cumplicidade judicial com a política repressiva do governo de Mauricio Macri, do FMI e do G20.
O juiz Torres está perseguindo os trabalhadores que saíram às ruas para enfrentar o roubo aos aposentados em 18 de dezembro. Por isso persegue companheiro Sebastián Romero e aprisionou Cesar Arakaki e Dimas Ponce, que agora estão em liberdade, mas processados.
As razões dadas para negar o direito de Daniel à liberdade revelam seu papel como executor do plano de ajuste e repressão. A justiça para o juiz Torres não é cega, olha para as mãos do governo, esperando a ordem para atacar a classe operária.
É assim que funciona esta justiça, que liberta os empresários “arrependidos”, que admitem ter cometido crimes e reprimem e prende os trabalhadores e os pobres.
As razões dadas pelo juiz Sergio Torres são:
A seriedade dos fatos que supostamente cometeu Daniel, mas que não estão provados. Então, enquanto ele verifica se a acusação é válida, o mantém preso.
Considera a hipótese do Gabinete do Promotor, segundo a qual Daniel em 18 de dezembro pode ter cometido um ato mais grave, dificultando o funcionamento normal do Congresso. Ou seja, ter ido se manifestar repúdio ao roubo que o Congresso e o governo cometeu com os aposentados, para o juiz Torres é crime e merece prisão.
Os que deveriam ser presos são os deputados, senadores e Mauricio Macri, o principal criminoso desse circo de empresários, criminosos e juízes.
Sua liberdade supostamente poderia impedir a busca por Sebastian, por causa do relacionamento político que eles têm por serem do mesmo partido. Ou seja, negam-lhe liberdade por causa de sua militância política.
A possibilidade de uma condenação, de acordo com o juiz, abre a hipótese de que Daniel “tente evitar compromissos processuais”. O juiz ainda não provou nenhum crime por parte de Daniel. Mas, como de acordo com o juiz, pode haver a possibilidade de que em algum momento eles possam culpá-lo por alguma coisa, o colocam na prisão.
Segundo o juiz, as viagens ao exterior e o dinheiro encontrado na casa são motivos para suspeitar que ele estivesse planejando uma fuga. Ou seja: sua atividade política, sindical que o leva a viajar com frequência, e o dinheiro da indenização de quando ele foi demitido da petroleira SP de Comodoro Rivadavia, onde trabalhava no poço de petróleo.
O juiz fala de uma arma de fabricação caseira, referindo-se ao uso de um fogo de artifício vendido livremente. Isso o tornaria suspeito de “querer impedir as ações da justiça”.
Nós chamamos todos os trabalhadores, aos que estão convocando a Greve Geral de 24 e 25 de setembro, e especialmente o Sindicato dos Petroleiros de Chubut, onde Daniel é congressista e foi delegado eleito por seus companheiros de trabalho; às organizações de direitos humanos, organizações políticas e sindicais que se solidarizaram, e aqueles que ainda não o fizeram a redobrar campanha de solidariedade para a Liberdade de Daniel e todos os prisioneiros para lutar como Milagro Sala, Facundo Jones Huala e para que se pare com a perseguição a Sebastián Romero e todos os lutadores.
Nós pedimos que expressem sua solidariedade e pedido de liberdade para Daniel Ruiz enviando e-mails para Tribunal Federal No. 12, ao Juiz Federal Sergio Torres para o e-mail: jncrimcorrfed12@pjn.gov.ar com cópia para libertadadanielruiz@gmail.com.
Tradução: Lena Souza