qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

O governo de Macri continua nos roubando, devemos lutar seriamente para derrotá-lo

O governo não para de roubar nossos salários. Um novo aumento de tarifas derrete nossa renda como um cubo de gelo sob o sol. Este ano o gás, a água, o transporte e a luz, entre outros serviços virão com aumentos de até 55%.

Por: PSTU-Argentina

Como uma provocação grosseira a todas as pessoas que já sofrem a miséria, Macri aumentou seu salário e o dos ministros em 25% e alguns vão ganhar cerca de 300 mil pesos por mês. Cara de pau! Enquanto eles nos falam sobre “déficit zero” enquanto a pauta salarial do governo para 2019 é de 23%, só os alimentos aumentaram 64%

Dinheiro para o FMI e os abutres financeiros

O governo e as multinacionais querem que acreditemos que o aumento das tarifas vem para “compensar as empresas” por anos de perdas e baixas taxas. “As tarifas baratas” foram amplamente compensadas com os subsídios que o governo anterior pagou “religiosamente” a todas as empresas de serviços. Nenhuma empresa ficou no país dando gás, eletricidade ou transporte. As empresas quando não ganham, demitem ou saem do país. Não foi o que aconteceu. Eles ganharam muito e não investiram nada, é por isso que há falta de energia e serviços ruins.

O que acontece é que agora eles querem que os subsídios sejam pagos pelos trabalhadores e aposentados, com altas tarifas e serviços ruins. Eles querem que a Chevron de Vaca Muerta continue cobrando o barril de petróleo acima do preço internacional. Macri reduz as despesas do estado às nossas custas.

E o dinheiro que não vai para os subsídios é para pagar a dívida impagável que Macri se comprometeu com o Fundo Monetário e para financiar o negócio dos amigos do poder. Negócios redondos para multinacionais e banqueiros: todos cobram e o povo paga.

Muita “reunião” e pouca luta

A raiva explode em toda lugar: na fábrica, no transporte, no mercado … muitos companheiros estão esperando o que “dizem esses” em referência aos dirigentes sindicais e políticos. Mas “esses” dirigentes estão muito longe da raiva e da vontade de lutar do povo trabalhador. Hugo Yasky, Secretário Geral da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) e deputado nacional da Frente para a Vitória (FPV), disse dias atrás que neste ano eleitoral “não era conveniente fazer greve”. Os líderes da Central Gerla dos trabalhadores (CGT) são apagados diante de tal ataque. É evidente que o que move esses dirigentes são seus próprios interesses e sua campanha eleitoral, e não as necessidades dos trabalhadores que crescem dia após dia.

É por isso que o que a Frente Sindical para o Modelo Nacional anuncia “com grande alarde”, como plano de luta, marcha de tochas em 4 cidades do país e ações judiciais, parece uma cortina de fumaça para os milhões indignados com o aumento das tarifas que não sabemos como vamos fazer para viajar e pagar pelos serviços.

Embora seja importante aproveitar qualquer mobilização para organizar a luta, ela não chega aos pés do que precisamos. E menos ainda levantar expectativas que esta justiça patronal decida em favor dos trabalhadores. As mobilizações e todas as formas de manifestação, se não fizerem parte de um plano de luta que chame uma greve nacional para unificar todos os protestos, certamente não poderão derrotar ao aumento de tarifas e os ajustes do governo.

Vamos derrotar todos juntos os aumentos de tarifas e o ajuste

Nossa proposta é que, em cada local de trabalho, as organizações sociais, nos bairros, a juventude e todos os setores que sofrem com o ajuste devemos organizar, fazer assembleias, panelaços, marchas e manifestações contra o aumento das tarifas e o ajuste para derrotá-lo.

Os coletes amarelos na França mostraram o caminho para reverter as medidas dos governos. Devemos endurecer as lutas e não fazer ações apenas para a postulação eleitoral dos dirigentes.

Temos de exigir das centrais sindicais, organizações sociais e estudantis, um verdadeiro plano de luta para unificar a luta em todo o país.

Derrotar o ajuste e o aumento de tarifas, em nossa opinião, deve incluir: a exigência de abertura dos livros contábeis das empresas, conhecer seus custos e lucros, a nacionalização de todas as empresas de serviços que estão em mãos privadas e colocá-las sob o controle de trabalhadores e usuários. Reajuste imediato dos salários de acordo com a inflação; reincorporação dos demitidos. Chega de demissões. Nacionalização de qualquer empresa que demita.

Uma saída de fundo

Macri tem que sair já. Lutemos por uma Assembleia Nacional de Trabalhadores para governar com um plano econômico que rompe com o FMI e os abutres financeiros, que suspenda o pagamento da dívida pública aos agiotas, e recuperar uma indústria para o serviço do desenvolvimento do povo trabalhador, entre outras medidas para que a crise seja paga pelos capitalistas, não pelos trabalhadores.

tradução: Lena Souza

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