qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Nas eleições os trabalhadores têm uma alternativa

 
A revolta cresce por baixo. Enquanto muitos, a partir da mídia, nos bombardeiam permanentemente com noticias dos diferentes candidatos, seus discursos e disputas.

 

 Sejam oficialistas ou opositores, montam um show, fazem de conta que lutam entre si, pulam de um partido para outro sem escrúpulos, tudo para defender seus cargos e ver se conseguem uma localização melhor nas listas dos candidatos. Todo um circo para não falar dos verdadeiros problemas que nós temos, nós que precisamos trabalhar todos os dias.

Há uma alternativa: fortaleçamos a FIT

Mas na resistência ao ajuste se constrói a alternativa que os trabalhadores necessitam. Essa alternativa se expressou nas eleições de 2013, quando a Frente de Esquerda dos Trabalhadores (FIT) obteve um milhão e meio de votos. E se expressa nas ações das quais os integrantes da FIT são parte da luta que importantes setores dos trabalhadores fazem contra as demissões, para romper os tetos salariais, na defesa de delegados democráticos e combativos, etc.

Tanto é assim que no dia 31 de março nos encontraram impulsionando a greve nacional contra o imposto sobre o salário e exigindo às centrais sindicais que se unifiquem em um plano de luta até derrotar o ajuste. Esse crescimento da FIT se vê refletido também na incorporação às listas de candidatos de setores como “El Perro” Santillán e outras referências sociais e correntes como a Frente Popular Darío Santillán.

Por isso, é necessário levantar bem alto as bandeiras da FIT e seu programa para dizer a muitos companheiros que hoje se sentem desiludidos com o governo e que vêm que a oposição patronal é parte do mesmo circo, que a saída de fundo para os trabalhadores passa por fortalecer uma alternativa independente de qualquer candidato patronal e dos grandes grupos econômicos.
 
Por isso, companheiro, o convidamos não apenas para votar na FIT, mas a se somar a nossas fileiras, para fortalecer esta alternativa de independência de classe que, frente aos candidatos patronais do oficialismo e da oposição, propõe um plano e um modelo operário para enfrentar a crise econômica mundial.

É necessário lançar uma campanha unitária da FIT

Frente à polarização que ocorre no cenário eleitoral entre o governo e a oposição patronal, os integrantes oficiais da FIT devem dar um passo à frente para que a FIT possa dar uma resposta e chegar a todo um setor de massas da classe trabalhadora que busca uma alternativa aos candidatos do regime. Foram poucas as vezes que a FIT, como tal, deu uma declaração comum frente a acontecimentos importantes da realidade ou convocou de maneira unificada a manifestações e/ou reuniões de coordenação de lutadores.

Isso debilita as possibilidades de dar uma resposta a setores que vêm com desconfiança o governo e a oposição, mas tão pouco vêm nos integrantes da FIT atuando de maneira unificada contra o governo e o ajuste. Por isso, em primeiro lugar, é necessário defender o programa de independência de classe da FIT e levantar bem alto um plano que ofereça uma saída operária para a crise econômica e o ajuste, que defenda as medidas que são necessárias tomar para que os trabalhadores e setores populares não paguem pela crise capitalista.

A FIT não pode se limitar apenas a “plataformas reivindicativas” ou “pontos em comum” com o objetivo de incorporar setores. A partir do PSTU, sempre tivemos defendido que a FIT deveria abrir suas portas, mas sobre a base de ganhar setores para um programa classista.

Logo, é urgente que, assim como marchamos em uma coluna única no dia 24 de março, a FIT lance uma campanha política unificada de todos os seus integrantes e organizações que apoiamos. É necessário superar a dispersão e evitar qualquer sectarismo, no sentido de que cada partido realiza sua própria campanha com seu candidato, como vem acontecendo. As experiências sindicais demonstraram claramente que se a esquerda privilegia suas posições sobre as do conjunto e vá separada, quem se beneficia é o governo e a burocracia. No plano político e eleitoral, a FIT deve evitar cometer esses mesmos erros que facilitariam ao kirchnerismo se recompor ou o crescimento da oposição patronal.

Para ser a alternativa que aproveite esse espaço político que se abriu à esquerda, é necessário aparecer frente aos trabalhadores e às massas com uma campanha única, longe de mesquinharias e sectarismos, defendendo e levantando bem alto nosso programa e nossas propostas para que governem os trabalhadores.

Tradução: Nívia Leão.

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