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sexta-feira, março 29, 2024

Construir o Plano de Luta para derrubar Macri e o FMI

Estamos às vésperas de uma nova Greve Geral. Os traidores do triunvirato da CGT foram forçados a chamar, sob pressão das lutas, principalmente as regionais como Estaleiros Rio Santiago, Fabricações Militares etc …

Por: PSTU Argentina

Após a grande greve de junho, quando colocamos o governo contra a parede, os dirigentes deram a ele um respiro, que Macri e os patrões aproveitaram para aprofundar seus ataques.

Não podemos continuar assim

A situação econômica está fora de controle. Nós não podemos respirar, entre a inflação galopante, as demissões, os ataques ao nosso nível de vida. O governo continua nos atacando, mas mesmo assim não é capaz de deter a fuga de capitais – acaba favorecendo-a com cada medida. O dólar continua disparando. E tudo promete piorar para as famílias operárias.

A isso se junta, agora, a descarada crise dos “cadernos”, crise entre gangues de criminosos patronais que mostra descaradamente a corrupção entre os diferentes governos – tanto o anterior, como este – e os grandes patrões que enchem os bolsos com todos.

É um grito de toda a população, que este governo tem que sair o mais rápido possível, que temos que forçá-los a renunciar, como a única maneira de frear os golpes que estamos recebendo.

A luta cresce

Dada a inércia dos dirigentes sindicais e a cumplicidade da oposição de todos os setores peronistas, mais preocupados em salvar-se da prisão ou com as eleições do próximo ano do que com esse desastre, a luta cresce por baixo. Enquanto governo e oposição discutem como aprovar um Orçamento de prestação de contas diante do FMI, o povo argentino quer repudiá-lo.

O chamado para a greve geral, de todos os sindicatos, em 24 e 25 de Setembro, nos coloca uma oportunidade para começar a construir um grande movimento de greve, devemos fazer assembleias, ir para outras fábricas e escolas, somar a disposição, organizar a mobilização e os piquetes. Devemos levar a lista de reivindicações em todos os lugares, nas entradas dos depósitos de mineração, petroleiros, centros industriais, bairros e grandes centros urbanos.

Professores e funcionários públicos da província de Buenos Aires lutam contra Vidal . As universidades estão em pé de guerra. A energia de milhões de jovens que lutaram pelo aborto e se sentiram traídas/os – como não poderia ser diferente – por causa do podre Parlamento, que virou as costas para a reivindicação geral, não vai ficar assim. Esta nova geração entrou na luta. Enquanto organiza as armas para continuar pelo direito ao aborto, não perde tempo e sai em defesa da educação pública.

A história do movimento operário conhece de luta e determinação, há dirigentes que se recusam a encabeçar. E endurecer seus métodos. O exemplo de 18 de dezembro, na batalha contra a reforma da previdência, se multiplica. Os operários dos estaleiros não perdoaram o ataque a um companheiro por parte de um policial. O policial quase virou sucata..

É hora de dar um passo à frente e endurecer os métodos.

Coordenação nacional: por um plano de luta até vencer

Além da greve de 24 e 25, no dia 12 será um dia nacional de protestos com paralisação da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) e bloqueios de estradas em todo o país, temos de reforçar as ações, unificar e especialmente levantar de uma vez que chega de governo Macri e seu Plano.

Organizar entre as empresas próximas, com as organizações de desempregados, com os professores e estudantes nas escolas. Fazer uma greve ativa, com bloqueios e mobilizações em todos os lugares. Ir organizando em todas as partes do país, chamar plenárias unificadas de diferentes sindicatos e de diferentes empresas como fazem em Encenada os companheiros dos estaleiros. Construir congressos de delegados eleitos na base, para impor um plano de luta.

Até conseguir convocar uma Assembleia Nacional de trabalhadores, onde estejam representados todos aqueles que lutam para organizar uma lista conjunta de reivindicações, que inicie com o repúdio ao FMI e à dívida externa, para dar uma solução para todos os problemas da população que sofre.

Ao mesmo tempo, aqueles que dizem que são contra os traidores do Triunvirato, que os convoquem para esta Assembleia. Moyano, as CTA`s, a Corrientes Federal, devem passar das palavras, declarações e apelos para “votar em outra coisa em 2019,” à prática imediata.

E, como fizemos em dezembro e agora fizeram os trabalhadores dos Estaleiros, preparar-nos para que a repressão não nos faça correr, respondendo firmemente, defendendo nossas mobilizações, até a vitória.

Tradução: Lena Souza

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