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sexta-feira, março 29, 2024

45 anos do massacre de Pacheco: Não nos esqueceremos dos tombados!

Em 29 de maio de 1974, o bando fascista parapolicial  Triple A atacou o Partido Socialista dos Trabalhadores de Pacheco, matando três militantes: Oscar Dalmacio Meza, apelido “Hijitus”, de 26 anos; Mario “el Tano” Zidda, de 22 anos; e Antonio Mosses, “Tony”, operários da metalúrgica Wobron e Astilleros Astarsa. Além disso, outras três companheiras foram sequestradas, espancadas e depois libertadas. Em 7 de maio, outro militante operário do PST, o “Indio” Fernández, subdelegado de Cormasa, já havia sido assassinado.

Por: Nepo

Os companheiros assassinados em Pacheco pertenciam a uma geração de lutadores que vinham lutando duramente contra o imperialismo e seus agentes, os militares e a liderança burocrática dos sindicatos. Uma geração forjada em duras lutas como o Cordobazo, contra a ditadura antioperária imposta em 1966.

Peron contra os lutadores operários

Essas lutas deixaram os militares politicamente esgotados, então os patrões e o imperialismo recorreram a um último recurso para frear a classe operária: o retorno de Perón. O velho caudilho propunha um “pacto social”, tentando fazer com que os trabalhadores parassem de lutar. Mas o novo ativismo sindical não se deixava enganar tão facilmente. Então Perón, os chefes sindicais, as Forças Armadas e a ala direita recorreram a uma medida mais drástica: atacar esses lutadores com os métodos criminosos dos bandos fascistas. Assim nasceu a triple A, que realizou o Massacre de Pacheco, que queria varrer todos os novos lutadores operários, estudantis e populares.

Por essa razão, o PST estava no centro das atenções: era um partido formado por alguns dos melhores lutadores, cujo programa – de ruptura aberta com o capitalismo – estava em absoluta oposição aos planos do imperialismo e seus agentes locais. De fato, no momento em que foi o ataque às instalações de Pacheco, o PST já havia sofrido vários atentados, ameaças e agressões.

Lições para o presente

Longe de ser um fato do passado, o Massacre de Pacheco faz parte das lutas do presente. E não apenas porque os assassinos dos companheiros e os instigadores da triple A continuam impunes ou porque o aparato repressivo estatal e paraestatal continua sendo igualmente criminoso. Mas porque esses companheiros foram mortos por quererem conquistar o melhor da classe operária para construir um partido operário para guiar as massas na luta contra o imperialismo e seus agentes, na luta revolucionária por uma Argentina e um mundo socialista.

Por essa razão, para além de prender seus assassinos, a melhor maneira de fazer justiça a esses companheiros, para mantê-los vivos, é continuar com essa tarefa, a tarefa de dar à classe operária a ferramenta política necessária para sua libertação. Aqueles de nós que fazem parte do PSTU e da LIT-QI, nos consideramos continuadores da tradição do PST e seguimos lutando para ver essa tarefa cumprida.

Hijitus, Toni, el Tano.

Até o socialismo sempre!

Tradução: Lena souza

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