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sexta-feira, abril 19, 2024

Leia a Revista Correio Internacional nº 6

Apresentação
 
Como expressamos em vários artigos deste número do Correio Internacional, é evidente que 2011 não está sendo um ano “tranquilo”. Fatos e processos de impacto mundial se sucedem com muita velocidade.

 Por exemplo, iniciam-se e expandem-se as revoluções no mundo árabe quando já surgem as crises de pagamento das dívidas e as lutas de resistência em vários países europeus e, sem solução de continuidade, a crise entre democratas e republicanos nos EUA, que levou este país à beira de um default. E ainda não tinha sido totalmente “assimilado” o impacto deste acontecimento central quando a revolução árabe volta ao centro da cena com a derrubada do regime de Muammar Kadafi, na Líbia, após vários meses de guerra civil.
 
A caracterização deste fato aprofundou ainda mais o debate que já vinha se desenvolvendo entre a esquerda mundial. A partir de um fato inegável, o papel cumprido pelas forças aéreas da OTAN nessa derrubada, as correntes castro-chavistas e, ainda que com uma definição oposta de Kadafi, um setor do trotskismo caracteriza-o como um triunfo contrarrevolucionário do imperialismo. Ou seja, como um fato que terá, inevitavelmente, consequências negativas sobre o processo da revolução árabe.
 
Para a LIT-QI, pelo contrário, o essencial é o triunfo da revolução que destruiu o Estado burguês e as Forças Armadas construídas por Kadafi. Um triunfo que, de fato, está condicionado ao papel cumprido pelas forças da OTAN e por sua ameaça atual à soberania do país, e pelo caráter abertamente pró-imperialista do CNT. Mas que se expressa na existência de milhares de lutadores rebeldes armados no país. Abordamos essa polêmica nos artigos de nossa seção principal, nos quais expressamos que agora está colocada a luta para expulsar a OTAN e o imperialismo do país, combatendo a linha do CNT.
 
Também analisamos a situação mundial em seu conjunto, definida precisamente pela combinação entre a continuidade da crise econômica aberta em 2007 e as lutas e revoluções protagonizadas pelos trabalhadores e as massas em diversos lugares do mundo. Aprofundando os processos econômicos e políticos que se dão nesse contexto, abordamos especificamente a crise das dívidas soberanas e do sistema do euro, na Europa, e os problemas estruturais e políticos expressados pelo choque entre democratas e republicanos nos EUA.
 
Dedicamos também um artigo especial à China e ao debate sobre se este país pode ser ou não a próxima potência mundial. A análise dos países se completa com o Chile, onde as mobilizações estudantis e as paralisações de 24 e 25 de agosto não só encurralam o governo de Sebastián Piñera como também questionam toda a herança neoliberal da ditadura de Pinochet.
 
A seção Polêmicas está dedicada ao debate aberto com a recente greve dos bombeiros do Rio de Janeiro sobre um tema central: qual deve ser a política dos revolucionários para as Forças Armadas e de segurança?
 
Finalmente, dedicamos um extenso artigo ao X Congresso da LIT-QI, que será realizado no próximo mês de outubro. Os principais temas que serão discutidos no congresso estão refletidos nos diferentes artigos deste número do Correio Internacional. Por isso, aproveitamos para apresentar às novas gerações de militantes e leitores um breve resumo da história de nossa organização pouco antes de completarem-se 30 anos de sua fundação.
 
O EDITOR

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