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quinta-feira, março 28, 2024

Golpe de estado e a democracia burguesa em “Conacri”

No dia 5 de setembro, do ano corrente, a classe trabalhadora e o povo Guineense de Conacri, foram obrigados a se confinar em casa, ouvindo tiroteios dos interesses da burguesia (Governo) e das forças das elites (Militares).

Por: UPRG CASSACÁ-64

Esses tiroteios aconteceram no palácio da república, no qual estava o presidente Alpha Condé, reeleito pela terceira vez, dentro da democracia Burguesa, que a mesma força militar confiava como  solução de tirar o povo numa extrema pobreza e alcançar um desenvolvimento em Conacri.

A alteração da constituição da república que permitiu Condé, o terceiro mandato, a brutalidade militar contra o povo nas manifestações que visam não o terceiro mandato do Alpha Condé, gerou tensões sociais e reivindicações

Diante destas reivindicações de contraditação da democracia burguesa, das eleições de fachadas burguesas, da alteração constitucional, o povo entendeu que tinha de derrubar o presidente, a nova constituição e o regime do Condé. Com tantas mortes, mas o povo trabalhador e mulheres trabalhadoras, jovens estudantes cada vez estiveram a ganhar a consciência de luta de classe.

Por este motivo, dizemos que o golpe veio dar um “stop” no processo revolucionário das massas, consequentemente, na sua elevação da consciência política e instabilidade, já que a estabilidade é fundamental para a exploração burguesa.

Uma pergunta aos golpistas (Força especial), será que dissolver a constituição, o governo, é dissolver a burguesia nacional e politicas imperalistas? -Não, porque na fala do Coronel, Mamady doumbouya , mostrou que só irão trocar de administradores dos negócios da burguesia, através de CNRD Comitê Nacional de União para o Desenvolvimento, mas não a destruição da burguesia.

Com a destituição do Condé pelas forças especiais irá produzir uma série de factos que são:

  1. a) Instauração de um governo Militar
  2. b) Continuação das politicas capitalistas (Imperalismo)
  3. c) Ditadura Militar

A instauração do governo militar não irá permitir um centralismo democrático, mas sim a decisão de um grupinho de generais e comandantes, na manutenção da exploração da classe trabalhadora Guineense de Conacri. No entanto, o passado histórico de golpes de estado liderado pelo Lassana Conté em 3 de abril de 1984 e do Moussa Dadis Câmara, 24 de dezembro de 2008, mostraram-nos de maneira explícita de que a classe trabalhadora não se deve apoiar e sentir representado neste golpe, porque possam ser afogados nos seus próprios sangues, com falsas falas nacionalistas do coronel Mamady Doumbouya, que esteve na detenção do presidente Alpha Condé e no video a justificar golpe de estado.

As massas saíram às ruas num ato de júbilo, de uma vitória efémera, da queda do regime “Condeismo”, porque não têm consciência política de classe e, das futuras consequências, devido estado da sua debilidade que o próprio sistema as colocou.

As falas que, neste momento, ecoam viva golpe, “Fora Condé”é necessário. Mas, também é preciso dizer que não será nas políticas dos golpistas, muito menos do capitalismo, que os guineenses poderão garantir seus direitos socio-culturais, e econômicos.

É preciso dizermos com viva voz essas palavras de ordem:

  1. Fora os golpistas!
  2. Exigimos um governo dos trabalhadores e do povo pobre Guineense de Conacri!
  3. Expropriação das propriedades privadas da burguesia nacional e internacional!

 

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