qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Gaza e eleições confirmam a natureza racista e genocida de Israel

Fica cada vez mais difícil negar o verdadeiro caráter do Estado de Israel. Depois do massacre na Faixa de Gaza em dezembro e as recentes eleições que deram a vitória às forças mais direitistas, já não resta muita dúvida de que esse é um Estado a serviço do imperialismo no Oriente Médio, construído e assentado sobre a força das armas e do apartheid.
 
Os que advogam um caráter democrático para Israel, ou mesmo um caráter “socialista”; os que usam termos como “lar” e “terra santa” para referir-se a esse Estado, têm a obrigação de explicar os atos cometidos pelos sucessivos governos israelenses.
 
O mundo terminou o ano de 2008 vendo pela TV imagens de crianças mutiladas, ruas cobertas de sangue, famílias destruídas, casas e prédios transformados em escombros em Gaza. Em dezembro, durante 22 dias, as forças armadas sionistas, com os aviões despejando bombas de alto poder destrutivo e lançando mísseis de artilharia, além do emprego de armas proibidas pelas convenções de Genebra, como as bombas com fósforo branco, arrasaram a Faixa de Gaza. Contaram-se 1285 habitantes mortos. Desses, 111 eram mulheres e 280 crianças. Assassinaram pessoas que apenas andavam pela rua e usaram civis como escudos humanos de suas tropas.  Bombardearam ambulâncias, escolas, hospitais, mesquitas, prédios da ONU. Não foram imagens inéditas. Já perdemos a conta de quantas vezes vimos esse filme onde os protagonistas são os soldados israelenses e as vítimas as populações palestinas, quase sempre desarmadas e indefesas.
 
A intenção do governo sionista da época, Olmert/Livni/Barak, foi derrotar a resistência palestina. Mas foi o que menos conseguiram. O que esse novo massacre, agora em Gaza, conseguiu foi deixar o mundo indignado e estarrecido diante de tamanha brutalidade, selvageria e sangue frio com que Israel comete os seus crimes. Mas a barbárie israelense não foi suficiente para derrotar o povo palestino, que luta por sua terra.
 
Enganam-se aqueles que pensam que esse genocídio foi fruto de uma conjuntura adversa de medo ao terror por parte de um governo específico, mais à direita, como o Kadima, que teria usado o “perigo dos mísseis de Gaza” para demonizar os palestinos. E que, ao perceber a verdadeira realidade, o israelense médio iria reagir e votar em setores mais dispostos à negociação.  Na verdade, havia uma pressão “popular” para ir mais fundo na eliminação do “perigo” representado por Gaza. Tanto que a invasão teve amplo apoio popular em Israel, e a falta de reação aos massacres aliado ao crescente ódio aos palestinos refletiram-se nas eleições e deixaram claro que existe um acordo geral entre os judeus israelenses, com exceção de poucos indivíduos ou grupos, de livrar-se dos palestinos, expulsando-os ou eliminando-os. A situação interna é tão contrária a qualquer convivência pacífica com seus vizinhos e com os palestinos, que quem se expressa contra a limpeza étnica é ameaçado de punição ou eliminação, o que faz com que alguns deles tenham preferido viver no autoexílio, como o professor Ilan Pappé, autor do livro A limpeza étnica da Palestina. [1]
 
As eleições como expressão desse sentimento
 
Isso ficou expresso nas recentes eleições. Elas representaram um duro golpe à ideologia dos “dois estados” [2]. Ao invés de alguma força moderada que pudesse salvar as propostas de “paz” e dos dois estados, o resultado das urnas mostrou a dimensão da adesão da população israelense ao racismo e o desprezo aos palestinos.
 
Os vencedores da eleição são uma variante de correntes de ultradireita, algumas abertamente fascistas e racistas. Tanto que Uri Avneri, veterano pacifista israelense defensor da tese dos dois estados e fiel à solução pacífica por dentro do sionismo, pergunta se não está na hora de encarar a realidade de uma irrupção do fascismo em Israel:
 
Aproxima-se o Estado de Israel de uma crise existencial-moral, política, econômica que o converteria em uma nação em perigo? É possível que Lieberman, ou alguém que tome seu lugar, seja uma personalidade demoníaca como Hitler ou Mussolini? Em nossa situação atual, há alguns indícios perigosos. A última guerra mostrou uma decadência maior de nossos padrões morais. O ódio à minoria árabe de Israel aumenta bem como o ódio ao povo palestino ocupado, que sofre um lento estrangulamento”. [3]
 
Ainda que Avneri tente encerrar o artigo com otimismo, o fato de que ele seja obrigado a colocar-se essa pergunta é a maior demonstração da situação em Israel. A composição do governo israelense hoje mostra que sua preocupação é justa. Publicamos abaixo um quadro, extraído do jornal israelense Haaretz (17/2/09):
 
Fazem parte da coligação de governo os já descritos Likud (15 ministérios), Israel Beitenu (5), Trabalhistas (5). Além deles, estão nela: o Shas, partido religioso de extrema-direita, que detém o Ministério do Interior, o Judaísmo Unido da Torá e o Lar Judaico (racistas ainda mais fanáticos que o Likud). Esses partidos têm em comum sua base nos colonos que vivem nos territórios da Cisjordânia, a defesa da expansão contínua dos assentamentos judeus nessa região e a ''judaização'' de Jerusalém.
 
Em última instância, o significado dessa eleição é que as idéias de Zev Jabotinsky, fundador do “sionismo revisionista”, estão totalmente em voga. Defensor declarado do fascismo nos anos 20 e 30, Jabotinsky defendia a necessidade de exercer uma estratégia de terror – a tal “muralha de ferro” – para impor a colonização aos palestinos:
 
Não cabe pensar em uma reconciliação voluntária entre nós e os árabes, nem agora nem em um futuro previsível. Todas as pessoas bem-intencionadas, salvo os cegos de nascimento, compreenderam há muito a completa impossibilidade de se chegar a um acordo voluntário com os árabes da Palestina para transformar a Palestina de país árabe em um país de maioria judia. (…) Portanto, a colonização somente pode desenvolver-se sob um escudo que inclua uma muralha de ferro que jamais possa ser penetrada pela população local. Essa é a nossa política árabe, formulá-la de qualquer outro modo seria hipocrisia.” [4]
 
Nessas últimas eleições, o eleitorado escolheu um novo parlamento cujos membros em sua ampla maioria são fascistas como o Likud, cujo dirigente, Aryeh Eldad, propôs que a Jordânia se “transformasse” num Estado palestino e que concedesse a cidadania jordaniana aos palestinos da Cisjordânia. A proposta imporia a soberania israelense em “toda a Palestina do Mandato”, do rio Jordão até o Mediterrâneo, e prepararia o terreno legal e psicológico para a deportação final de cerca de 5,1 milhões de palestinos de sua terra ancestral. Essa era exatamente a proposta discutida nos congressos sionistas antes de 1948.
 
Somando-se as diferentes coalizões, 80% dos eleitos representam a continuidade da proposta de Jabotinsky. O primeiro-ministro Netanyahu é um herdeiro direto de Jabotinsky e dos terroristas do Irgun e da gangue Stern, responsáveis diretos pelo massacre de Deir Yassin em 1948. Ele foi apadrinhado pelos líderes paramilitares Beguin e Shamir, que comandaram os massacres de mulheres e crianças palestinas em 1948 e formaram o partido Herut, que depois se tornou o Likud. Tanto Begin como Shamir foram primeiros-ministros pelo Likud. Netanyahu defende a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia e em torno de Jerusalém, iniciada pelos governos Sharon e Olmert, para dividir de vez os territórios palestinos e isolá-los uns dos outros.
 
No importante Ministério de Relações Exteriores está o partido Israel Beitenu (Israel Nossa Casa), dirigido por Avigdor Lieberman, que teve 15% dos votos e chegou a propor o lançamento de bombas nucleares sobre Gaza. Hoje propõe a transferência forçada dos árabes israelenses, os palestinos que vivem no território tomado em 1948 e a perda de qualquer direito aos que não reconhecem o “caráter judaico do Estado de Israel” [5]. O Beitenu descreve-se como “um partido nacional com a meta de seguir o corajoso caminho de Zev Jabotinsky”.
 
Para a mídia ocidental, essa direitização seria compensada pela entrada dos trabalhistas no governo. Ainda vistos como de “esquerda” ou “centro-esquerda”, os trabalhistas são os mesmos que comandaram o massacre de Gaza via Ehud Barak, novamente Ministro da Defesa. Vários parlamentares do partido Trabalhista no governo dirigido pelo Likud votaram a favor do envio da proposta de Eldad ao Knesset, citada acima, para discuti-la mais adiante. Depois de servir para disfarçar a natureza do Estado de Israel, dirigido por ele nos seus primeiros 40 anos, passados 60 anos de sua criação o sionismo “de esquerda” é uma fraude tão descarada que não tem mais espaço para postular-se aos olhos do mundo como alternativa negociadora e “pacifista”. Sua derrota patética e a perda até mesmo do 3º lugar para o Beitenu demonstram que para o eleitorado israelense, se é necessário defender o caráter racista do Estado, melhor escolher quem fala claro e quer ir ainda mais fundo na limpeza étnica.
 
Apesar de ter sido o partido mais bem votado, o Kadima não pôde formar o governo por não contar com uma coalizão suficiente. Esse partido foi criado por Sharon, o genocida de Sabra e Chatila, e Ehud Olmert. Sharon também foi membro do Likud e defensor das idéias de Jabotinsky, Begin e Shamir, além de responsável direto pela unidade 101 do exército, que praticou o massacre de Kybia em 1953. O governo do Kadima, com Olmert e Tzipi Livni à frente, foi o responsável pelo bloqueio genocida de Gaza e pelo recente massacre.
 
Os partidos de base judaica que seriam mais “democráticos”, tidos pela imprensa ocidental como de centro-esquerda (Meretz, por exemplo) e que têm um discurso que fala de paz, não têm praticamente eleitores. Os únicos partidos que questionam até certo ponto o status racista têm sua base entre os árabes israelenses, cerca de 20% da população. São eles o Hadash, Balad e Lista Árabe Unida, cuja votação é concentrada nos eleitores árabes. Nesta eleição, esses partidos só foram autorizados a concorrer na última hora, devido a uma sentença da Corte Suprema. Por isso, quase a metade dos eleitores árabes israelenses não votaram. Agora, para demonstrar o caráter da “democracia israelense”, estão sob a ameaça da nova lei, que exige a aceitação do Estado de Israel como de uma “raça”, e a proibição de comemorar a Nakba (NdR: catástrofe, termo utilizado para o êxodo palestino).
 
Uma crise mais profunda
 
Netanyahu introduz uma mudança em relação ao governo de Olmert/Livni: um discurso direto contra qualquer tipo de Estado ou Autoridade palestina; diferente do que gostariam os EUA e a União Européia, ele afirma abertamente que nem sequer se deve pensar em uma entidade palestina que leve o nome de “estado”. Seriam aceitáveis apenas “áreas econômicas” sem continuidade e estranguladas pela expansão dos assentamentos de colonos, do Muro da Vergonha e das estradas exclusivas a judeus construídas na Cisjordânia. Continua com a política de bloqueio a Gaza, que deve ser condenada a um cerco até que se renda ou seus habitantes saiam do território palestino. Netanyahu tenta diluir o problema para sair do isolamento, apontando suas baterias para o perigo do Irã e de sua política nuclear, como já faziam Olmert e Livni.
 
Ao contrário do que poderia parecer à primeira vista, essa posição não é de um país em processo de fortalecimento. Israel vem sendo derrotado militar e politicamente. Tenta se contrapor a uma possível negociação de Obama com o Irã, que poderia dar mais peso à negociação e ameaçar sua hegemonia militar absoluta. A preocupação de Obama e dos governos imperialistas da Europa é que tal posição seja fatal para o próprio Israel, que este una os povos árabes cada vez mais contra si até sua situação ficar insustentável.
 
Por isso, Obama identificou esse como um dos problemas mais graves para o novo governo dos EUA. Afinal, ele tem que governar os EUA depois da derrota da política mundial de “guerra ao terror”, simbolizada pela débâcle de Bush frente à resistência dos povos e frente ao crescimento do repúdio ao imperialismo norte-americano. Por isso, tem que apelar muito mais à retórica dos planos de paz, da solidariedade, falar em um novo “diálogo” entre os povos. Sobretudo no Oriente Médio. O resultado são os choques com o governo israelense, encabeçado por forças que não têm a mesma preocupação tática dos trabalhistas de outrora. Estes faziam toda uma encenação para aparecer como “pombas”, enquanto massacravam os palestinos, expandiam os assentamentos de colonos, torturavam e deixavam apodrecer os lutadores palestinos nas prisões.
 
Obama quer convencer Netanyahu que, frente ao isolamento de Israel, seria melhor voltar à prática tradicional desses governos trabalhistas da década de 90 e mesmo do Kadima: falar em processo de paz e em Estado palestino, enquanto continuam a praticar o roubo das terras palestinas e a limpeza étnica. A posição de Netanyahu, aceitando um Estado palestino desde que não tenha qualquer instituição própria, renuncie a Jerusalém e ao direito de retorno dos refugiados, deixa até mesmo o colaboracionista Mahmoud Abbas balbuciando que a defesa de tal proposta é insustentável. 
 
Obama sustenta Israel, com uma cara mais negociadora
 
Qual a lógica dessa mudança tática? A política para o Oriente Médio tem que ser modificada para garantir a supremacia imperialista. Trata-se de conseguir via negociação e chantagens, elogios e ameaças, o que a invasão militar não arrancou. 
 
O discurso de Obama na Universidade do Cairo em junho foi a expressão dessa nova cara do imperialismo, preparado habilidosamente para criar esperanças na população árabe e muçulmana, aproveitando-se da nova imagem do presidente recém-empossado. Só que o limite para essa mudança está dado pelo vínculo entre EUA e Israel, que faz com que seu limite máximo seja a retomada da política dos dois estados, que levou aos acordos de Oslo. Tal política levou Arafat a trair a causa palestina e a criar no lado palestino um simulacro de governo completamente servil a Washington e ao sionismo, do qual seu sucessor, Mahmoud Abbas, é a expressão mais ultrajante.
 
Como disse Ali Abunimah, da Electronic Intifada, referindo-se ao discurso de Obama no Cairo, é como “Bush em pele de cordeiro”. Sem deixar nenhuma das apostas estratégicas do imperialismo, Obama precisa mostrar um rosto amigável, aproveitando sua origem étnica e as relações familiares que teve com a cultura muçulmana. Por isso, pressionou seus parceiros sionistas para que os trabalhistas encabeçados por Barak fizessem parte do governo com os fascistas do Likud para dar-lhe uma faceta mais “humana”. O convite de Netanyahu, com a pronta aceitação dos trabalhistas, foi patrocinado pelo novo governo dos EUA, ansioso para que os assassinos sionistas apresentem ao mundo uma cara mais palatável para melhor passar a proposta de impor aos árabes o reconhecimento de Israel.
 
Afinal, tanto Hillary Clinton, em visita a Israel, reafirmou o “leal compromisso” dos EUA com a segurança de Israel quanto Obama, dirigindo-se aos muçulmanos, enfatizou seu compromisso de “lealdade” aos sionistas. O novo governo norte-americano continua sustentando a todo custo o regime nazi de apartheid, que detém centenas de ogivas nucleares e um dos exércitos mais fortes do mundo, com a desculpa de que a segurança de sua população civil está ameaçada pelos foguetes caseiros de Gaza. Obama aconselhou os palestinos a agir pacificamente depois de comparar sua condição aos escravos negros. E então se dedicou a condenar os atentados palestinos contra os transportes e a lamentar-se pelas crianças israelenses feridas. Nem uma palavra sobre o massacre dos palestinos por Israel em Gaza. Disse que vai trabalhar com qualquer governo que o povo de Israel escolher, ou seja, mesmo com esses nazistas declarados, que propõem e votam leis racistas e até a expulsão dos palestinos, mas impõe como condições para conversar com o governo eleito pelos palestinos, encabeçado pelo Hamas, o “reconhecimento de Israel”.
 
Aí está o núcleo central da política de Obama para a Palestina: aconselha o povo palestino a desistir da resistência armada, reconhecendo Israel, resignar-se a conviver com o estado racista, o que significa o mesmo que abandonar a luta por seu direito à autodeterminação, como já fizeram a Al Fatah e os que apóiam a Autoridade Nacional Palestina de Abbas. E essa política pode ter impacto: segundo o jornal The Independent, o primeiro-ministro e dirigente do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, declarou, após se entrevistar com o ex-presidente Jimmy Carter, que aceitaria um Estado palestino baseado em suas fronteiras de 1976 e que o movimento havia “escutado atentamente” Obama no Cairo, cujo discurso reconhecia o apoio do Hamas pelos palestinos, mas também a necessidade de assumir responsabilidades. “Encontramos una nova língua, uma nova linguagem, um novo espírito”, teria declarado Haniyeh.
 
O discurso de Obama mantém a estratégia de defender Israel e seu “direito à segurança”, o que significa colonizar e massacrar os palestinos, e limita-se a dar alguns conselhos a seu governo. Mas, mais que pelas palavras, devemos julgar um governo por seus atos. O governo Obama já mostrou a que veio, ao colocar em seu orçamento para 2010 a soma de US$ 2,775 bilhões em ajuda militar a Israel, que serão convertidos em mísseis, aviões ultramodernos e farta munição para manter a prática do terror de Estado contra os palestinos.
 
(*) Editor da Revista Marxismo Vivo
 
Fonte: Artigo publicado na revista Marxismo Vivo no. 21, Julho de 2009
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Notas:
[1] Pappé recebeu ameaças de morte, obrigando-o a renunciar ao cargo de catedrático de ciência política na Universidade de Haifa e deixar o país.
[2] A criação de um Estado palestino ao lado do Estado de Israel e uma paz baseada em uma reforma interna em Israel, tornando-o mais favorável à convivência com os palestinos.
[3] www.rebelion.org, abril de 2009
[4] Citado em Brenner, The iron wall, 1984
[5] Nota publicada em Gara, 28/5/09: “A Knesset (Parlamento israelense) aprovou ontem em primeira leitura uma proposição de lei que estabelece um ano de prisão para quem peça o fim de Israel como Estado judeu. O texto propõe ainda a toda declaração contra Israel como Estado judeu que «possa levar a atos de ódio, desprezo, ou falta de lealdade em relação ao Estado, suas autoridades governamentais ou sistemas legais». (…) Esta votação ocorreu apenas quatro dias após a aprovação, pelo Governo israelense, de outra proposta destinada a castigar com até três anos de prisão aqueles que participarem de atos comemorativos da Nakba, a catástrofe que para os palestinos supôs a criação do Estado de Israel em 1948”. Uma das formas mais importantes com que os palestinos residentes no território de 1948 contestam o que significa o racismo é justamente a comemoração da Nakba, que vem tendo manifestações cada vez mais importantes nesses últimos anos.

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