qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Como continuar a luta contra a crise ambiental?

O dia 27de setembro passado, 27S,  foi um grande dia de luta em nível internacional. No Estado Espanhol, as manifestações mobilizaram centenas de milhares de norte a sul do território. A greve estudantil teve uma forte adesão de secundaristas.

Por Lucía –  Corriente Roja

A luta em defesa do planeta reflete a indignação e a frustração de milhares de jovens diante da situação de crise ambiental, provocada pelo descontrolado sistema de produção capitalista, com a permanente colaboração dos governos subservientes. Esta luta se faz cada vez mais imprescindível: escrevemos isto no meio de uma onda de calor em pleno outubro, com a seca se aproximando.

Nós da Corriente Roja celebramos o salto dado pelas mobilizações sobre este problema e estamos convencidos de que devemos continuar a luta. Para continuar com sucesso, é imprescindível a construção de um movimento que, respaldado na maioria dos estudantes, incorpore uma série de reivindicações exigindo de todos os governos, sejam da ideologia que sejam, medidas reais e imediatas para frear a crise ambiental.

1- A juventude e estudantes devem lutar junto aos/as trabalhadores/as e o movimento operário. Se o problema está na forma de produção e são os/as trabalhadores/as que produzem, são eles os únicos que podem tomar o controle da produção. Somente planificando a economia e produzindo em base às necessidades da maioria será possível frear o desastre ambiental.

2- É necessário abrir um debate sobre que medidas concretas são necessárias, não só econômicas e políticas, como também sociais, para que essa mudança de modelo produtivo não só não afete a juventude e a classe trabalhadora, mas que suponha uma melhora em nossas condições de vida, ao mesmo tempo em que evitamos nossa própria extinção. Por isso, temos que exigir que a chamada “transição ecológica” não signifique nenhuma perda de postos de trabalho. As/os trabalhadoras/es não vão pagar pela crise dos capitalistas!

3- A construção deste movimento deve ser nas salas de aula e locais de estudo, de forma que envolva a maioria social mais precarizada e empobrecida. A preparação dos chamados às greves e mobilizações têm que ser democrática e coletiva, decidida e debatida envolvendo a maioria de nossos companheiros e companheiras dos locais de trabalho e estudo.

Somente com um movimento massivo e organizado poderemos enfrentar as grandes empresas e governos cúmplices que só se preocupam pelo seu benefício e espoliam a terra ao mesmo tempo em que precarizam e destroem nossas vidas. .

Fazemos um chamado a todas e todos os ativistas que fizeram parte da jornada de luta do dia 27 de setembro para que sigam construindo a luta em defesa da terra. A pesar do sucesso das manifestações não devemos esquecer que ainda estamos muito longe de resolver um problema que é consequência direta do capitalismo e que vão além das ações individuais.

É importante tomar consciência de que o combate à crise ambiental exige a planificação da economia de forma racional, democrática e  à serviço das necessidades das classes populares. Ete tipo de produção tem para nós um nome: socialismo.

Repudiamos as prisões de ativistas ecologistas após o bloqueio da ponte de Novos Ministérios!

Queremos denunciar as prisões de vários dos ativistas ecologistas que bloquearam a ponte de Novos Ministérios em Madrid, no último dia 7 de outubro. O próprio PSOE que diz que quer revogar a Lei Mordaça e impulsionar a “transição ecológica”, manda a tropa de choque para reprimir e prender em base a acusações fantasiosas contra os que lutam contra as mudanças climáticas.

Nós da Corriente Roja sabemos que sem desobediência não existe solução possível. Este regime atual só nos deixa protestar… se não incomodamos. Por isso defendemos esta ação de bloquear uma grande avenida. Também pensamos que nenhum grupo de ativistas, por mais espetacular ou simpática que seja a sua ação direta, pode reverter essa situação por si só.

Precisamos de uma verdadeira rebelião social! O grande desafio é levantar “em pé de guerra” a uma maioria social, especialmente a classe trabalhadora. Sabemos que é difícil, mas essa é a única vía realista. Devemos nos voltar para incorporar as lutas aos comitês de empresa, sindicatos, aos bairros operários, etc…

Tradução: Vitor Jambo

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