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sexta-feira, abril 19, 2024

Declaração da Reunião Internacional em apoio à luta do povo egípcio

Todo apoio à luta do povo egípcio

Entidades representadas na Reunião Internacional aprovaram uma declaração em apoio à luta do povo egípcio e de cobrança da liberdade imediata aos 8 manifestantes processados, bem como dos 5 trabalhadores da Sumid e Petrojet, e todos os demais presos políticos.

 
Declaração sobre o Egito
 
Ontem no Egito dezenas de manifestantes foram mortos e feridos. Manifestantes feridos foram assassinados até mesmo dentro dos hospitais. Houve o caso em que um manifestante foi cortado por agressores dentro do hospital e veio a falecer.
 
Hospitais como Ain Shams e Dimer Desh se recusavam a receber os feridos. O hospital Daar Alshefah foi o único a recebê-los e está cercado pelos agressores, além de faltar medicamentos e materiais. As forças policiais e do exército deram carta branca para os agressores atacarem os manifestantes.
 
É uma prova do que a Junta Militar é capaz para permanecer no poder.
 
A mensagem que a Junta Militar quer dar a toda a população é que este será o destino de quem ousar enfrentar os militares. Nós queremos dizer que eles não vão conseguir parar nossa revolução.
 
Continuaremos a gritar: Derrotar, Derrotar a Junta Militar! E lutaremos de todas as formas para derrubá-la.
 
Hoje soubemos dos ataques que estão ocorrendo contra os trabalhadores da Receita Federal e a tentativa de acabar com sua greve. Um grevista, Walid Labib, foi ferido, está inconsciente e perdeu uma perna. Esta violência se deu após os manifestantes tornarem públicos os casos de corrupção dentro da Receita Federal, onde trabalha a esposa do Sami Annan, o segundo membro mais influente da Junta Militar. Na primeira greve dos trabalhadores, vários grevistas foram demitidos ou tiveram seus salários cortados, ou ainda enfrentam um inquérito administrativo, entre os quais está o presidente do sindicato independente. A repressão contra a organização sindical ocorre há vários meses.
 
Em outras áreas também há repressão contra a organização sindical livre, com demissão de novos líderes como na empresa Suzuki, transferências de local de trabalho e processo judicial contra os lutadores que defendem os direitos trabalhistas e a liberdade sindical.
 
Há 8 companheiros que estão sofrendo processo judicial por participarem em uma manifestação contra o ataque ocorrido na igreja dos santos em Alexandria.
 
Pedimos para este Encontro Internacional que se manifeste contra os crimes da Junta Militar, contra a repressão ao sindicato dos trabalhadores da Receita Federal, pela reintegração de todos os demitidos por lutarem por direitos, pelo direito de organização e manifestação, através de cartas, moções e protestos nas representações diplomáticas do Egito.
 
Pedimos também que este Encontro aprove uma carta de apoio aos trabalhadores da saúde que estão em greve, aos trabalhadores do Hospital Daar Ashefah que receberam os manifestantes feridos apesar das pressões, e também repudie a administração dos hospitais de Ain Shams e Dimer Desh por se recusarem a atender os manifestantes feridos.
 
Por fim, pedimos um posicionamento deste Encontro pela liberdade imediata aos 8 manifestantes processados acima mencionados, bem como dos 5 trabalhadores da Sumid e Petrojet, e todos os demais presos políticos.
 
A Revolução continuará! Viva a luta da classe trabalhadora! Viva a luta contra o imperialismo!
 
São Paulo, 3 de maio de 2012.
 

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